quinta-feira, 27 de julho de 2023

Kim Jong-un apresenta novos 'drones' e mísseis a ministro da Defesa russo

© Reuters

POR LUSA    27/07/23 

O líder da Coreia do Norte apresentou hoje ao ministro da Defesa russo as armas mais avançadas do país, como mísseis balísticos intercontinentais e novos 'drones' militares, noticiaram os meios de comunicação social estatais locais.

Em várias imagens publicadas, Kim Jong-un acompanha Serguei Shoigou através de uma vasta exposição de defesa, na qual se contam os mísseis nucleares de Pyongyang e que o site especializado NK News, baseado em Seul, identificou como novos aparelhos aéreos sem piloto (UAV, na sigla em inglês).

Chegadas na quarta-feira, as delegações russa e chinesa, liderada pelo membro do Politburo Li Hongzhong, são os primeiros visitantes estrangeiros conhecidos em Pyongyang, desde o encerramento das fronteiras em 2020, devido à pandemia da covid-19, indicou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

A Coreia do Norte celebra, neste dia, o 70.º aniversário da assinatura do armistício da Guerra da Coreia, a 27 de julho de 1953, que pôs fim aos combates, iniciados em 1950, comemorado no Norte como o Dia da Vitória.

Kim e Shoigou visitaram a "Exposição de Armas e Equipamentos 2023", de acordo com a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, que publicou fotografias, nas quais é possível ver os mísseis Hwasong-17 e o Hwasong-18, um ICBM (míssil balístico intercontinental) de combustível sólido.

A Rússia, aliada histórica da Coreia do Norte, é um dos poucos países com os quais Pyongyang mantém relações amistosas.

Kim e Shoigu "discutiram questões de interesse comum no domínio da defesa e segurança nacionais e do ambiente de segurança regional e internacional", ao mesmo tempo que lembraram a "histórica amizade" entre os dois países, disse a KCNA, acrescentando que o responsável russo entregou ao líder norte-coreano "uma carta" do Presidente russo, Vladimir Putin.

O encontro "representa uma oportunidade importante para desenvolver as relações estratégicas e tradicionais, tal como exigido pelo novo século" entre os dois aliados, assegurou a KCNA.

O líder norte-coreano apoiou a invasão da Ucrânia por Moscovo, nomeadamente através do fornecimento de mísseis e foguetes, de acordo com Washington.

Durante a sua visita, Kim falou com Shoigou sobre "as armas e o equipamento inventados e produzidos", no âmbito do plano de defesa da Coreia do Norte, indicou a KCNA.

Especialistas disseram à AFP que os ministros da Defesa russos não visitam Pyongyang com regularidade desde o colapso da antiga União Soviética.

Para Vladimir Tikhonov, professor de estudos coreanos na Universidade de Oslo, na Noruega, "a Rússia poderá precisar do potencial da indústria militar norte-coreana no domínio das armas convencionais, enquanto a Coreia do Norte poderá estar interessada em transferências de tecnologia de mísseis da Rússia".

Já Park Won-gon, professor da Universidade de Ewha, na Coreia do Sul, afirmou que, apesar da cobertura mediática da visita de Shoigou, a Coreia do Norte devia ter "muito cuidado" antes de fornecer a Moscovo armas para a guerra na Ucrânia.

"Se isso for confirmado publicamente, os países europeus também se tornarão adversários", disse Park, acrescentando que a Coreia do Norte devia preferir não enfrentar sanções adicionais.

"Por conseguinte, será prudente, mas é possível que a Rússia procure obter mais ajuda em segredo", observou o investigador.

Kim Jong-un encontrou-se igualmente com uma delegação chinesa chefiada por Li Hongzhong, membro do Politburo. Pequim é o principal aliado da Coreia do Norte.

Imagens de satélite indicam que a Coreia do Norte está a preparar um desfile militar em grande escala para as celebrações do aniversário, possivelmente com um desfile na praça Kim Il-sung, na capital norte-coreana, ao fim do dia, indicou a Yonhap.

Desde a guerra de 1950-53, que terminou com um armistício, sem que até à data tenha sido assinado um tratado de paz, as duas Coreias continuam tecnicamente em guerra.



Leia Também: Kim Jong-un presta homenagem a soldados mortos na Guerra da Coreia

Cimeira Rússia-África: Embaló diz ser contra este tipo de reuniões, mas participa

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, chega ao aeroporto de Pulkovo, para a Cimeira Rússia-África em São Petersburgo. 26 julho 2023

Por Lassana Cassamá  voaportugues.com   julho 27, 2023

Especialista em política internacional aponta possíveis benefícios e riscos para Bissau.

BISSAU — O Presidente da Guiné-Bissau é um dos dois Chefes de Estado de países africanos de língua portuguesa que vão participar na Cimeira Rússia–África, que começa nesta quinta-feira, 27, em São Petersburgo.

Moçambique também estará representado ao mais alto nível.

Umaro Sissoco Embaló não deu detalhes da sua participação no evento organizado pelo Governo russo que denunciou o que chamou de pressões sem precedentes dos países ocidentais sobre os líderes africanos para não participarem no evento.

Citado pelo jornal O Democrata, no dia 21, ele lembrou, no entanto, que participou na reunião da União Europeia e África, bem como dos Estados Unidos e África.

Entretanto, Sissoco Embaló afirmou ser do "grupo que se posiciona contra este tipo da reuniões. Serão 54 chefes de Estado da África a reunirem-se com apenas um chefe de Estado".

Ele acrescentou que "estamos a analisar a possibilidade de no futuro, apenas o presidente em exercício da União Africana e os presidentes em exercício das nossas organizações sub-regionais, a CEDEAO SADC, CEAC, entre outros passarem a participar nestas reuniões”.

Riscos e benefícios

Em conversa com a Voz da América, Fernando da Fonseca, especialista em política internacional, considera que a participação da Guiné-Bissau na Cimeira não vai ter qualquer implicação.

"No âmbito do sistema internacional, a Guiné-Bissau é um actor insignificante. Quando se é um actor insignificante, a posição, a voz ou o seu discurso não têm impacto significativo para alterar ou gerar algum tipo de implicações no sistema internacional", diz Fonseca.

Aquele analista, entretanto, afirma que Bissau pode ter o "beneficio de que a Rússia passará a ter a Guiné-Bissau como um amigo que esteve presente no momento mais conturbado da existência do Estado russo".

"Os benefícios também podem ampliar o fortalecimento da cooperação existente entre a Rússia e a Guiné-Bissau, nomeadamente no domínio da formação de quadros e de reforço de capacidade das nossas forças armadas", sustenta Fonseca.

No que tange a eventuais riscos, aquele especialista aponta que Bissau pode ser criticada pelos "países da União Europeia e dos Estados Unidos, que hoje são uma oposição a essa guerra e pode ser visto por estes países do Ocidente como um traidor – neste caso – que não se junta aos países democráticos para lutar contra Vladimir Putin".

O Governo russo anunciou que 47 dos 54 países africanos estarão presentes, mas apenas 17 Presidentes confirmaram a sua presença, ao contrário dos 40 que estiveram na primeira Cimeira, em Sochi, em 2019.

Militares do Níger detêm o Presidente e anunciam golpe

Amadou Abdramane, ao centro, falou ao país na quarta-feira à noite REUTERS/ORTN

Por  PÚBLICO   27 de Julho de 2023

Revoltosos justificam deposição de Bazoum com a “deterioração da situação de segurança” no país africano. Presidente deposto diz que as conquistas democráticas serão “salvaguardadas”.

Um grupo de militares do Níger deteve o Presidente Mohamed Bazoum e anunciou através da televisão nacional, na noite de quarta para quinta-feira, a suspensão da aplicação da Constituição e de todas as instituições do Estado, o encerramento das fronteiras do país e a imposição de recolher obrigatório em todo o território.

O anúncio televisivo teve lugar poucas horas depois de o chefe de Estado ter denunciado uma tentativa de golpe, que parece estar agora a ser consumada.

“Nós, as forças de segurança e defesa, decidimos pôr termo ao regime que conhecem devido segue-se à continuada deterioração das condições de segurança e à má gestão económica e social”, proclamou o major-coronel Amadou Abdramane, ladeado por outras figuras militares. “Pedimos a todos os parceiros externos para não interferirem”, acrescentou.

Depois de várias horas em silêncio, o Presidente Bazoum publicou esta quinta-feira uma mensagem no Twitter a dar conta de que todas as “conquistas” alcançadas pela antiga colónia francesa – que o elegeu em 2021, no culminar de um longo processo de transição democrática – serão “salvaguardadas” e que todos aqueles que “amam a democracia e a liberdade” se “encarregarão disso”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Hassoumi Massoudou, também recorreu à mesma rede social para apelar a “todos os democratas e patriotas” para ajudarem a pôr fim a esta “perigosa aventura”.

Segundo o Guardian, o golpe terá sido liderado pelo chefe de um grupo político e securitário regional, que terá tido o apoio de alguns membros da guarda de Bazoum. Os revoltosos, acrescenta a Reuters, bloquearam a entrada principal do palácio presidencial, em Niamei, com veículos militares, e também limitaram o acesso a vários ministérios próximos do local.

O golpe mereceu a condenação de grande parte da comunidade internacional, nomeadamente dos países ocidentais que têm no Níger um aliado-chave na luta contra o terrorismo islâmico na África Ocidental.

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, apelou à libertação imediata do Presidente Bazoum, e António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, disse ter falado com Bazoum durante o dia e que lhe reiterou o apoio da ONU. Também a União Africana condenou o que, horas antes do anúncio do golpe, qualificou como tentativas de “minar a estabilidade das instituições democráticas” do país.

O Níger, independente desde 1960, é uma nação multiétnica de maioria muçulmana e de língua oficial francesa. O país, que faz fronteira com a Nigéria, Burkina Faso, Benim, Mali, Argélia, Líbia e Chade, ocupa uma parte estratégica do deserto do Sara, sendo um importante exportador de urânio. É, contudo, um dos países mais pobres do mundo, dependendo em grande medida de assistência financeira internacional.

A ser consumado, este será o sétimo golpe militar na África Central e Ocidental desde 2020. A queda de Bazoum e a instabilidade política pode ter repercussões imprevisíveis no combate ao terrorismo.

“Bazoum tem sido a única esperança do Ocidente na região do Sahel”, sublinha Ulf Laessing, director do programa Sahel no think tank alemão Konrad-Adenauer-Stiftung, citado pela Reuters. “França, EUA e UE têm gasto muitos dos seus recursos na região para desenvolver o Níger e as suas forças de segurança.”

𝗫𝗜 𝗟𝗘𝗚𝗜𝗦𝗟𝗔𝗧𝗨𝗥𝗔 : DEPUTADOS DA NAÇÃO DE XI LEGISLATURA

Por Rádio Jovem Bissau

quarta-feira, 26 de julho de 2023

#PtG: A coligação "PAI TERRA RANKA" continua negociar a possível entrada dos partidos políticos com assento parlamentar no Acordo Político de Incedência Parlamentar e Governativa.

O Coordenador da PAI, Domingos Simões Pereira reuniu-se hoje em Bissau com o líder do PtG, Botche Candé.👇

© Radio Voz Do Povo

Ucrânia. EUA vão partilhar informações sobre crimes de guerra com o TPI

© Reuters

Notícias ao Minuto 26/07/23 

A informação foi confirmada à CNN Internacional por duas autoridades norte-americanas e uma fonte familiarizada com o assunto.

O presidente norte-americano, Joe Biden, decidiu permitir que os Estados Unidos cooperem com a investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI) a eventuais crimes de guerra russos na Ucrânia.

A informação foi confirmada à CNN Internacional por duas autoridades norte-americanas e uma fonte familiarizada com o assunto. "Pode ser profundamente consequente", referiu uma das fontes, acrescentando que o governo dos EUA agora tem "luz verde" para partilhar informações e evidências com o TPI.

A partilha dessa informação vai depender, em última análise, daquilo que forem os pedidos dos investigadores e do procurador do TPI.

Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional não quis comentar diretamente a decisão, mas disse, em comunicado, que Biden "foi claro". "É preciso haver responsabilização pelos perpetradores e facilitadores de crimes de guerra e outras atrocidades na Ucrânia", afirmou.

A decisão vem após meses de debate interno e marca uma mudança histórica, já que será a primeira vez que os EUA concordam em compartilhar provas com o TPI.

Ao longo da guerra, funcionários do governo de Biden obtiveram evidências de supostos crimes de guerra russos na Ucrânia, por meio de mecanismos de recolhe de informações, revelaram as autoridades aquele canal.

No entanto, o governo debateu internamente durante meses se deveria compartilhar essas evidências com o tribunal, uma vez que receavam que isso pudesse abrir um precedente que poderia ser usado contra os Estados Unidos.


Níger. Secretário-geral da ONU fala com presidente e transmite apoio

© Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   26/07/23 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, conversou hoje com o Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, e transmitiu o seu apoio e solidariedade face à tentativa de golpe de Estado no país.

O anúncio foi feito pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, numa mensagem no Twitter.

O diplomata português tinha anteriormente condenado "nos termos mais fortes" a tentativa de golpe de Estado no Níger e apelado à proteção da ordem constitucional no país africano.

Numa declaração emitida ao meio-dia, Guterres disse condenar "qualquer tentativa de tomar o poder pela força e de minar o sistema democrático, a paz e a estabilidade no Níger".

A conversa com Bazoum, segundo o porta-voz, teve lugar após a publicação desta nota.

A situação em Niamey está confusa desde o início da manhã, quando a Guarda Presidencial tomou o edifício do Palácio Presidencial, com Bazoum e a sua família no interior.

Trata-se da guarda dedicada à defesa do presidente do país, comandada por Omar Tchiani, que o governo se preparava para demitir hoje.

Por volta das 13:00 locais (12:00 TMG), soldados do Exército maliano, provenientes de bases fora da capital, estabeleceram um perímetro em torno do palácio presidencial.

O perímetro inclui também o gabinete do primeiro-ministro e vários ministérios, incluindo o ministério do Interior, cujos funcionários foram mandados para casa esta manhã. Os militares estão também a guardar a sede da estação pública de televisão ORTN.

Até ao momento, nenhuma autoridade comentou a tentativa de golpe de Estado, que é a segunda contra Bazoum desde a sua chegada ao poder em 2021.

No noticiário noturno, a televisão pública nigerina ORTN garantiu que o Presidente e a sua família "estão em segurança", embora tenha reconhecido que "a situação ainda é confusa".


Cabo Verde ausente da Cimeira Rússia/África em "protesto" contra guerra

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

POR LUSA    26/07/23 

O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, sublinhou hoje que o país é de paz e defende a soberania dos Estados e explicou que não vai participar na Cimeira Rússia/África em "sinal de protesto" contra a guerra na Ucrânia.

"Cabo Verde não participou, digamos, em sinal de protesto por esta situação difícil por que passa a humanidade, sobretudo por causa desta guerra na Ucrânia", respondeu o chefe de Estado, ao ser questionado por jornalistas à margem de um evento em Santa Catarina, na ilha de Santiago.

A cimeira Rússia/África tem confirmada a presença apenas de dois chefes de estado lusófonos (Moçambique e Guiné-Bissau) e Cabo Verde não envia representação à cimeira que junta a Rússia e os países africanos.

"É um sinal que Cabo Verde dá, porque Cabo Verde é um país de paz, que quer que os conflitos sejam resolvidos de forma pacífica, de forma negociada, e respeitamos a integridade territorial dos países e achamos que esta guerra não faz sentido [...], e que devemos criar todas as condições para que haja diálogo entre as partes e que haja uma solução negociada deste conflito", afirmou.

José Maria Neves lembrou que, desde o primeiro momento, o país condenou de forma veemente a invasão da Ucrânia pela Rússia, reforçando que Cabo Verde defende a soberania dos Estados e a integridade territorial de todos os Estados e condena qualquer intervenção.

De manhã, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, justificou a ausência do país da cimeira, que decorre esta semana em São Petersburgo, para não ter nenhuma ação que possa ser interpretada como apoio à invasão da Rússia à Ucrânia.

"Nós somos e fomos coerentes desde o primeiro momento, nós condenamos a invasão da Rússia à Ucrânia nos fóruns próprios a nível das resoluções da Nações Unidas e continuamos com a mesma opção de até esta guerra terminar não termos nenhuma ação que possa ser interpretada como apoio a esta invasão", explicou.

De acordo com a recolha feita pela agência Lusa junto dos países lusófonos, a Guiné-Bissau e Moçambique estarão representados ao mais alto nível, com os Presidentes Umaro Sissoco Embaló e Filipe Nyusi, respetivamente, enquanto Angola enviou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Téte António, e São Tomé e Príncipe estará representado pelo embaixador em Lisboa, que está também acreditado em Moscovo.

O evento deverá ser marcado não só pela invasão da Ucrânia, mas também pela questão do acesso aos cereais russos e ucranianos (cujas vendas a África foram dificultadas ou mesmo suspensas devido à guerra), a presença do grupo paramilitar Wagner em vários países africanos, e a venda de armamento.

Na semana passada, o Presidente da Guiné-Bissau afirmou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está preocupada com a presença de mercenários do grupo russo Wagner na região, nomeadamente no Mali.

Para além dos presidentes de Moçambique e da Guiné-Bissau, estarão também presentes na cimeira os presidentes da África do Sul e do Egito; o vice-presidente da Nigéria, Kashim Shettima, e os primeiros-ministros de Marrocos, Aziz Ajanuch, e da Argélia, Aimen Benabderrahmane.

De acordo com a agência russa de notícias, a TASS, Putin terá reuniões individuais com os presidentes das Comoros, Moçambique, Burundi, Zimbabué, Uganda e Eritreia.

O Presidente russo receberá entre quinta e sexta-feira os representantes de 49 dos 54 países africanos, incluindo 17 chefes de Estado, depois de criticar aquilo que chamou de "pressões sem precedentes" por parte dos Estados Unidos e da França para os países africanos não participaram.


Leia Também: Força Aérea ucraniana diz ter intercetado 36 mísseis de cruzeiro russos

ASSINATURA DO ACORDO DE INCIDÊNCIA PARLAMENTAR


Rádio Jovem Bissau 







Kyiv anuncia reforço da contraofensiva com 1.700 'drones'

© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images

POR LUSA    26/07/23 

O ministro ucraniano da Transformação Digital, Mikhailo Fedorov, anunciou hoje que a aquisição de 'drones' com doações privadas permitirá entregar 1.700 destes aparelhos ao Exército, reforçando a contraofensiva.

"Apoiamos a contraofensiva enviando 1.700 'drones' para a frente de combate", explicou Fedorov, no anúncio por ocasião do primeiro aniversário do projeto Exército de 'Drones', uma iniciativa para equipar as Forças Armadas Ucranianas com o maior número possível de aeronaves não tripuladas.

Entre os novos 'drones' adquiridos ou fabricados incluem-se equipamentos de reconhecimento e de ataque, alguns deles com recurso a inteligência artificial para identificar e destruir alvos inimigos, informou Fedorov.

O ministro da Transformação Digital lembrou que, desde a sua apresentação em julho do ano passado, a iniciativa possibilitou o treino de mais de 10.000 operadores de 'drones' e criou 11 unidades militares de assalto compostas por dispositivos não tripulados.

"Estamos a formar a primeira frota naval de 'drones' do mundo", disse Fedorov, lembrando que os primeiros resultados deste projeto já são visíveis em operações miliares, incluindo o ataque à ponte Kerch, que liga a Rússia à península ocupada da Crimeia, em 17 de julho.

Até abril, o projeto liderado por Fedorov tinha fornecido ao Exército mais de 3.300 'drones', permitindo o aumento da produção nacional através de um plano de colaboração entre os setores público e privado.


Leia Também: Ucrânia diz ter abatido mísseis de cruzeiro russos vindos do Mar Negro

𝗦𝗨𝗥𝗣𝗥𝗘𝗦𝗔‼️: O líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), chegou a instante no local onde estão a reunir as Direções Superiores do PRS e PAI-TERRA RANKA para assinatura do acordo.

Botche Candé está acompanhado de uma das vice-presidentes da sua formação política, Fatumata Djau Baldé.

 Rádio Jovem Bissau

"PRS esta pronto para apoiar PAI_TERRA_RANKA e desposta para incedência Parlamentar" disse o Presidente em exercício de PRS Fernando Dias.

O Presidente Interino do PRS Fernando Dias convocou esta quarta-feira (26.07) os membros da comissão Politica dos Renovadores.


©  Radio Voz Do Povo

𝗡𝗢𝗧Í𝗖𝗜𝗔 𝗗𝗘 Ú𝗟𝗧𝗜𝗠𝗔‼️: PAI-TERRA RANKA E PRS ASSINAM ESTA TARDE ACORDO DE INCIDÊNCIA PARLAMENTAR

Por Rádio Jovem Bissau

Fontes partidárias e bem seguras avançaram à Rádio Jovem que hoje, 26-07-2023, o Plataforma Aliança Inclusiva, vencedora das legislativas de 04 de junho passado, vai assinar no final da tarde, um acordo de incidência parlamentar com Partido da Renovação Social, terceiro mais votado.

O acordo, segundo as mesmas fontes, vai abranger a governação. 

Se consumar, o PAI TERRA RANKA contará com apoio de os 12 deputados de PRS no parlamento, o que lhe permitirá se sentir ainda mais a vontade no parlamento.

Em atualizado...

Mali critica sanções dos EUA relacionadas com o grupo Wagner

© Getty

POR  LUSA    26/07/23 

O primeiro-ministro de transição do Mali, Choguel Maiga, criticou hoje as sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra dirigentes do seu país por terem permitido a implantação do grupo paramilitar russo Wagner no país.

Os três dirigentes malianos sancionados são o ministro da Defesa do Mali, coronel Sadio Camara, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, coronel Alou Boi Diarra, e o vice-chefe do Estado-Maior, tenente-coronel Adama Bagayoko.

Numa mensagem na rede social X (antigo Twitter), Maiga criticou as medidas anunciadas segunda-feira pelo Departamento de Estado contra os que classificou como "corajosos oficiais".

"Não tem outro objetivo senão o de distrair o povo maliano", escreveu Maiga, que assegura que "nada distrairá as autoridades do trabalho de reconstrução do Mali".

As sanções foram anunciadas pelo Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos por "facilitar a implantação e a expansão das atividades" da Wagner, sublinhando que as medidas "não são dirigidas contra o povo maliano".

"Estes funcionários tornaram o seu povo vulnerável às atividades desestabilizadoras do Grupo Wagner e às violações dos direitos humanos, ao mesmo tempo que abriram caminho à exploração dos recursos soberanos do seu país em benefício das operações do Grupo Wagner na Ucrânia", justificou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Informações Financeiras, Brian Nelson.

A atual junta militar que governa o Mali desde o golpe de Estado de agosto de 2020, cortou as ligações com a França, antiga potência colonial, em 2022 e virou-se para a Rússia, abrindo a porta aos mercenários do Grupo Wagner, frequentemente acusado de cometer abusos de direitos humanos.

Esta opção conduziu ainda ao fim do destacamento da Missão Multidimensional Integrada de Estabilização das Nações Unidas no Mali (Minusma).

O Mali e os restantes países do Sahel registaram um recrudescimento da violência nos últimos anos, tanto por parte de organizações ligadas aos ramos da Al-Qaida e do grupo extremista Estado Islâmico que operam na região, como por parte da violência intercomunitária.

Além disso, os abusos cometidos pelas forças de segurança contribuíram para que estes grupos engrossassem as suas fileiras.


Leia Também: HUMANS RIGHT WATCH denuncia mais atrocidades pelo exército e grupo Wagner no Mali

Presidente do Níger confirma tentativa de golpe e ameaça com retaliação

© Lusa

POR LUSA   26/07/23 

O Presidente do Níger denunciou uma tentativa de golpe de Estado hoje por parte de elementos da guarda presidencial e garantiu que o exército ripostará se não recuarem.

Na sua conta na rede social X (ex-Twitter), o Presidente Mohamed Bazoum escreveu que alguns elementos da guarda presidencial se envolveram numa "manifestação antirrepublicana" e tentaram em vão obter o apoio das outras forças de segurança.

Na mesma mensagem, Bazoum assegura que ele e a sua família estão bem, mas o exército e a guarda nacional estavam prontos para atacar se os envolvidos não mudassem de ideias.

Desconhece-se ainda o que desencadeou este movimento, mas as ruas em redor do palácio presidencial na capital, Niamey, foram bloqueadas, bem como alguns ministérios.

Bazoum foi eleito Presidente há dois anos, na primeira transferência pacífica e democrática de poder desde a independência do país de França, em 1960.

A ex-colónia francesa foi palco de quatro tentativas de golpe de estado, com o primeiro em abril de 1974, contra o Presidente Diori Hamani, e o último em fevereiro de 2010, que derrubou o Presidente Mamadou Tandja.

Bazoum frustrou uma tentativa de golpe de Estado dias antes de tomar posse.

O Níger é um país parceiro privilegiado da França no Sahel assolado pela violência fundamentalista islâmica em várias partes do seu território.

A história deste país vasto, pobre e desértico, tem sido pontuada por golpes de estado.


Leia Também: CEDEAO condena tentativa de golpe de Estado no Níger


Leia Também: União Africana condena tentativa de golpe de estado no Níger


Leia Também: UE condena "tentativa de desestabilização" da democracia no Níger

Saúde - Director Geral do HNSM afirma que serviços da Maternidade assistiu 4.023 partos neste primeiro semestre de 2023

Bissau, 26 Jul 23 (ANG) – O director geral do Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM) afirmou hoje que o serviço da maternidade daquela maior centro hospitalar do país, assistiu neste primeiro semestre do ano em curso, quatro mil e novecentos e vinte e três partos, na qual o número de nados vivos é de 4.880 e mortos é de 198.

Sílvio Caetano Coelho que fazia balanço dos seis meses de trabalhos feitos em todos os serviços do HNSM, onde o considerou de positivo,  disse que, em comparação com o ano 2022, que era 216 nados mortos e contra 132 em 2021.

Informou que, no ano 2021 os nados vivos eram 2.780, em 2022 é de 4.371 e este ano é 4.880.

Em relação a Consulta Externa foram registados um total de 19.467 pacientes, respectivamente  nos serviços de Cardiologia 395, Cirúrgia Pediátrica 52, Cirúrgia Geral 1.288, Dermatologia 756, Diabetologia 392, Medicina Geral 3.030, Medicina Interna 846, Nefrologia 41, Ortopedia 863, Urologia 237, Anestesiolofia 293, Ginecologia1.348, Consulta Externa de Pediatia 9.896, Estomastologia 30,  Oftalmologia 1.264 e Asma 342 .

Coelho informou ainda que o laboratório do HNSM realizou exames de  transfusões sanguineas num total de 2.974 numa média mensal de 496 de janeiro à junho deste ano, além doutras.

Em termos de constrangimentos, Silvio Coelho disse que, o Hospital Nacional Simão Mendes debate com número insuficiente de recursos humanos, principalmente dos profissionais especializados, falta de pagamento regular de salários aos funcionários contratados,  de fundo de maneio insuficiente, falta de redefinição e atualização do comité de gestão e capacidade de resposta institucional insuficiente face as demandas dos utentes.

Pediu ao Governo para fazer maior  disponibilização dos recursos humanos, efetivação e contração de acordo com as necessidades do Hospital, redefinição da política de gratituidade, para não limitar só para as urgências e emergências, atualização no preçário dos serviços prestados pelo Hospital,  melhorar a linha orçamental e o estado dos edifícios desde eletrificação, cobertura e canalização.

Garantiu que ainda vão continuar com os desafios na área de  formação contínua dos técnicos através de seminários, estágios de especializações.

Prometeu elevar io nível da satisfação dos utentes, apropriação e consolidação do uso da letemedicina, conclusão de informatização do sistema de atendimento e gestão hospitalar  e redefinir a política de atendimento e custo de acordo com as normas de sub-região.

Sílvio Coelho pediu a todos para contribuirem no saneamento do hospital e na diminuição de aglomeraçao dos familiares dos pacientes nos diferentes serviços do hospital a fim de dar mais tranquilidade aos pacientes internados.  

ANG/JD/ÂC

O Jornalista Abdurahamane Turé regressou á Rádio África fm News

Migração - Director Geral considera de “falsas” as informações da detenção no aeroporto de Lisboa de uma mulher com 11 crianças provenientes de Bissau

Conferência de imprensa de Direcção Geral de Migração e Fronteiras 👇

Bissau, 26 jul 23(ANG) – O diretor geral de Migração e Fronteiras considera de “falsas e infundadas”, as informações veiculadas pela Agência de Notícias portuguesa (Lusa), sobre a detenção no sábado no aeroporto de Lisboa de uma mulher acampanhada de 11 crianças provenientes de Bissau.

Lino Leal da Silva em conferência de imprensa realizada hoje, disse que as referidas crianças saíram de Bissau de forma legal, munidas de manifesto de voo bem como de autorização prévia da Procuradoria de Vara Familia e Menores do Tribunal Regional de Bissau e assinaturas dos seus respectivos pais.

De acordo com um despacho da Lusa, citando Serviços de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal (SEF), uma mulher estrangeira, que viajou de Bissau acompanhada de 11 crianças, foi detida no sábado no aeroporto de Lisboa por suspeitas do crime de tráfico de pessoas.

Informou que, a detenção ocorreu na noite de sábado por “fortes indícios” da prática do crime de tráfico de seres humanos, auxílio à migração ilegal e uso de documento de viagem alheio, diz o SEF.

O director geral de Migração e Fronteiras guineense salientou que as referidas crianças, algumas dispõe de nacionalidade portuguesa e outras espanholas, frisando que nenhuma delas foi presa no aeroporto de Lisboa.

“Quando chegaram ao aeroporto de Lisboa foram recebidas pelos seus respectivos familiares e encarregados, é muito normal serem acompanhadas por uma pessoa”, disse.

Lino Leal da Silva sublinhou que, não é possível viajar em qualquer voo tanto da TAP como Euroatlantic, sem dispor de documentos lagais, porque o Inspector do Serviço de Estrangeiro e Fronteiras de Portugal (SEF), colocado no aeroporto de Bissau, passa a “pente fino”, todos os documentos dos passageiros antes de partida do voo, mesmo dentro da aeronave.

“Isso está muito longe de tráfico de crianças, ou seja as pessoas podem vir para a Guiné-Bissau e os guineenses não podem deslocar igualmente para estrangeiro”, questionou.



Leia Também: Autoridades portuguesas detêm mulher proveniente da Guiné-Bissau com 11 crianças



Leia Também: Mulher que viajava com 11 crianças e foi detida por suspeita de tráfico humano fica em liberdade

SENEGAL: Pelo menos 22 pessoas morreram e 52 ficaram feridas quando um autocarro que transportava passageiros capotou na manhã de hoje no norte do Senegal, disseram os bombeiros.

© Getty Images

POR LUSA   26/07/23 

Capotamento de autocarro no Senegal faz 22 mortos e 52 feridos

Pelo menos 22 pessoas morreram e 52 ficaram feridas quando um autocarro que transportava passageiros capotou na manhã de hoje no norte do Senegal, disseram os bombeiros.

"O acidente ocorreu na aldeia de Ngeune Sarr, na região de Louga, e provocou 74 vítimas", entre as quais 22 mortos e 52 feridos, disse um responsável nacional dos bombeiros.

"Não terminámos de contar" as vítimas, disse à agência AFP um socorrista mobilizado no terreno.

O horário e as circunstâncias do acidente não foram referidos pelos bombeiros.

Dezenove pessoas morreram e 24 ficaram feridas em 16 de janeiro, no seguimento de uma colisão entre um autocarro e um camião na área ao redor de Louga, onde ocorreu o acidente de hoje.

Anteriormente, uma colisão entre dois autocarros tinha causado a morte de cerca de 40 pessoas, no dia 08 de janeiro, no centro do país.

A tragédia de 08 de janeiro, atribuída ao rebentamento de um pneu, tinha suscitado uma onda de críticas às autoridades pela incapacidade de fazer cumprir as regras de condução, mas também os regulamentos sobre o estado das viaturas, apesar da multiplicação de acidentes.

O Governo senegalês anunciou imediatamente cerca de 20 medidas, incluindo a proibição de viagens noturnas de autocarros e os pneus usados, mas os profissionais do ramo dos transportes consideram que estas eram inaplicáveis.

Esses acidentes no início do ano revelaram os problemas das estradas no Senegal, como em muitos países africanos, como a degradação dos veículos, uma condução imprudente ou mesmo a corrupção generalizada de agentes responsáveis pelo cumprimento das leis e a emissão da carta de condução.


Leia Também: Sobe para 16 o número de mortos no naufrágio ao largo de Dacar

NÍGER: Golpe de Estado? Bloqueado acesso a Palácio Presidencial no Níger

© Shutterstock

POR LUSA   26/07/23 

Um grupo de soldados nigerinos terá bloqueado as ruas de acesso ao Palácio Presidencial da capital, Niamey, num momento em que se apontam suspeitas sobre uma possível tentativa de golpe.

Fontes citadas pelo portal noticioso nigerino ActuNiger dão conta de "uma situação confusa e ainda complicada", não adiantando mais pormenores, entre informações que apontam para uma tentativa de disputa no seio da Guarda Presidencial, sem que as autoridades se tenham pronunciado sobre o sucedido.

No entanto, este mesmo meio destacou que existe uma situação calma nas imediações do Palácio Presidencial e que não há circulação de pessoas armadas, tendo o tráfego sido retomado, após os bloqueios registados na madrugada.

Por seu lado, fontes citadas pelo canal de televisão britânico BBC indicaram que o Presidente, Mohamed Bazoum, teria mantido conversações com os militares responsáveis ??pelos bloqueios.

À agência AFP, fonte próxima da presidência referiu que existem "conversações" em curso e que "o Presidente está bem, está são e salvo".

"Ele e sua família estão na residência", acrescentou a mesma fonte, na condição de anonimato.

Por seu lado, a deputada do Partido Nigerino para Democracia e Socialismo (PNDS, no poder), Kalla Moutari, afirmou: "Falei com o Presidente e amigos do ministro, eles estão bem".

Na manhã de hoje foi proibido o acesso à residência do Presidente nigerino e aos gabinetes da Presidência que se encontram no mesmo perímetro.

Nenhum dispositivo militar em particular foi visível no distrito onde está localizada a presidência, o tráfego estava normal e nenhum tiro foi ouvido, adiantou a AFP.

O Níger, país parceiro privilegiado da França no Sahel assolado pela violência terrorista em várias partes do seu território, é liderado pelo presidente democraticamente eleito Mohamed Bazoum, no poder desde abril de 2021.

A história deste país vasto, pobre e desértico, tem sido pontuada por golpes de estado.

Desde a independência desta ex-colónia francesa, em 1960, foram quatro os golpes de estado, com o primeiro em abril de 1974, contra o Presidente Diori Hamani, e o último em fevereiro de 2010, que derrubou o Presidente Mamadou Tandja. Foram inúmeras as tentativas de golpe.


Leia Também:  Presidente do Níger está detido no palácio em meio a revolta da guarda presidencial


Kyiv destina mais quase 1.000 milhões para produção nacional de 'drones'

© Reuters

POR LUSA    26/07/23 

O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmyhal, anunciou hoje que o Governo de Kyiv vai destinar cerca de 1.000 milhões de euros até ao final do ano para financiar a produção nacional de 'drones' (aparelhos não tripulados).

"Há um ano, graças à iniciativa UNITED24, apresentada pelo Presidente [da Ucrânia] Volodymyr Zelensky, arrecadamos 100 milhões de euros, que investimos em fabricantes de 'drones' ucranianos", disse Shmyhal num evento público, referindo-se à iniciativa presidencial de obter doações.

O primeiro-ministro ucraniano lembrou que, nessa altura, cerca de uma dezena de empresas participou no projeto.

"Hoje há mais de 40 empresas que têm contratos com o Estado, e a produção de 'drones' multiplicou por dez", explicou o chefe do Governo da Ucrânia, cujas autoridades têm como prioridade desenvolver a produção nacional em conjunto com o setor privado para abastecer o exército com milhares de aparelhos não tripulados.

Na intervenção, Shmyhal lembrou que a Ucrânia tem promovido reformas legislativas para tornar mais atraente o investimento privado na produção de 'drones'. 

Uma delas elevou para 25% a margem de lucro das empresas do setor que recebem contratos públicos.

Na terça-feira, num discurso ao país, Zelensky destacou a importância do chamado "Exército 'Drone'" que a Ucrânia está a criar.

"A nossa defesa precisa desesperadamente de todos os 'drones', desde o relativamente simples 'Mavic' até aos drones marítimos e de ataque que podem operar a longas distâncias", declarou.

A Ucrânia tem atacado repetidamente a península ocupada da Crimeia com 'drones' marítimos e de longa distância. 

Nas últimas semanas, estes últimos 'drones' também foram disparados contra alvos em Moscovo e noutras regiões da Federação Russa.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e com a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas. 

Embaixadores da UE alargam sanções à Bielorrússia pelo apoio à Rússia

© iStock

POR LUSA    26/07/23 

Os embaixadores dos Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram hoje a acordo para alargar as sanções à Bielorrússia pelo apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia e pela repressão em Minsk, abrangendo 38 indivíduos e três entidades.

"Hoje, os embaixadores da UE chegaram a acordo sobre a adoção de medidas restritivas tendo em conta a situação na Bielorrússia e o envolvimento da Bielorrússia na agressão russa contra a Ucrânia", anuncia a presidência rotativa espanhola do Conselho da União Europeia numa mensagem publicada na rede social Twitter.

As medidas incluem o alargamento das listas de sanções e, de acordo com informação dada à agência Lusa por fonte da presidência espanhola, estão em causa mais 38 indivíduos e três entidades.

A UE tem vindo a condenar o envolvimento da Bielorrússia no apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia e, desde 2022, avançou já com sanções individuais e económicas dirigidas a 22 pessoas, restrições ao comércio, proibições no sistema internacional de pagamentos Swift para cinco bancos bielorrussos e em transações com o banco central bielorrusso, para além de limites aos fluxos financeiros bielorrussos para o espaço comunitário.

Paralelamente, na sequência das eleições presidenciais realizadas na Bielorrússia em agosto de 2020, consideradas como fraudulentas pelo bloco europeu, a UE tem vindo a alargar as sanções pela repressão no país.

Desde outubro de 2020, a UE impôs cinco pacotes de sanções relacionadas com a situação na Bielorrússia, num total de 195 pessoas e 34 entidades, respondendo assim à violência das autoridades bielorrussas contra manifestantes e aos ataques híbridos nas fronteiras europeias.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Apenas dois presidentes lusófonos confirmados na cimeira Rússia/África

faladepapagaio

POR LUSA    26/07/23 

A cimeira Rússia/África, que decorre esta semana em São Petersburgo, tem confirmada a presença apenas de dois chefes de estado lusófonos (Moçambique e Guiné-Bissau) e há um, Cabo Verde, que nem sequer envia representação.

De acordo com a recolha feita pela agência Lusa junto dos países lusófonos, a Guiné-Bissau e Moçambique estarão representados ao mais alto nível, com os Presidentes Umaro Sissoco Embaló e Filipe Nyusi, respetivamente, enquanto Angola enviou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Téte António, e São Tomé e Príncipe estará representado pelo embaixador em Lisboa, que está também acreditado em Moscovo.

Pelo contrário, Cabo Verde não enviará qualquer representante à cimeira que junta a Rússia e os países africanos, e que deverá ser marcada não só pela invasão da Ucrânia, mas também pela questão do acesso aos cereais russos e ucranianos (cujas vendas a África foram dificultadas ou mesmo suspensas devido à guerra), a presença do grupo paramilitar Wagner em vários países africanos, e a venda de armamento.

Na semana passada, o Presidente da Guiné-Bissau afirmou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está preocupada com a presença de mercenários do grupo russo Wagner na região, nomeadamente no Mali.

"Sim, estamos preocupados com essa presença e não só", disse Umaro Sissoco Embaló, quando questionado na última quarta-feira sobre se a 'troika' criada na última cimeira de chefes de Estado da CEDEAO para analisar e encontrar soluções para as questões de segurança na região estava preocupada com a presença daquele grupo de mercenários.

Para além de Moçambique e Guiné-Bissau, estarão representados pelos Presidente a África do Sul e o Egito; o vice-presidente da Nigéria, Kashim Shettima, e os primeiros-ministros de Marrocos, Aziz Ajanuch, e da Argélia, Aimen Benabderrahmane.

De acordo com a agência russa de notícias, a TASS, Putin terá reuniões individuais com os presidentes das Comoros, Moçambique, Burundi, Zimbabué, Uganda e Eritreia.

O Presidente russo receberá entre quinta e sexta-feira os representantes de 49 dos 54 países africanos, incluindo 17 chefes de Estado, depois de criticar aquilo que chamou de "pressões sem precedentes" por parte dos Estados Unidos e da França para os países africanos não participaram.

Num artigo publicado na segunda-feira no 'site' do Kremlin, o Presidente russo escreveu que "hoje, a parceria construtiva, confiante e voltada para o futuro entre a Rússia e a África é particularmente significativa e importante".

Espera-se desta segunda cimeira que a Rússia e os países africanos assinem um "plano de ação até 2026" e uma série de documentos bilaterais, como anunciou o Kremlin, tentando que a relação vá além dos acordos na área da defesa e venda de armas, que resumem, na maioria dos casos, até hoje a relação de Moscovo com África.

Contudo, para Moscovo o mais importante, segundo analistas internacionais ouvidos pela Lusa, é mostrar um entendimento com os Estados africanos, apesar do conflito na Ucrânia, que alguns condenaram nas Nações Unidas, e o fim do acordo dos cereais.


Leia Também: Rússia diz que assinou contratos de 10 mil milhões com África desde 2019