domingo, 23 de abril de 2023

Concluída evacuação da embaixada dos EUA no Sudão

© Lusa

POR LUSA  23/04/23 

O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse no sábado que está concluída a retirada dos funcionários da embaixada norte-americana no Sudão, de acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca.

"Tenho orgulho no extraordinário compromisso da nossa equipa da embaixada, que desempenhou as suas funções com coragem e profissionalismo e personificou a amizade e a ligação da América com o povo do Sudão", referiu Biden na nota.

"Estou grato pela capacidade incomparável dos nossos militares que os trouxeram com sucesso para um local seguro".

Os funcionários foram levados de avião para um local não identificado, na Etiópia, revelaram à agência de notícias Associated Press (AP) dois responsáveis que conhecem a operação.

Washington também encerrou a representação diplomática por tempo indeterminado, notou a AP.

No comunicado, Biden deixou um agradecimento ao Djibuti, à Etiópia e à Arábia Saudita, que foram "fundamentais para o sucesso" da operação.

Os planos de retirada começaram na segunda-feira, depois de veículos da embaixada dos Estados Unidos, que estavam em deslocação, terem sido atacados em Cartum.

Num comunicado divulgado na quinta-feira, o Pentágono revelou o envio de "capacidades adicionais" para a região, para potencialmente ajudar a facilitar uma retirada do pessoal da embaixada do Sudão, se necessário.

O aeroporto de Cartum continua a não funcionar e as rotas terrestres da capital para fora do país são longas e perigosas, mesmo sem as hostilidades atuais, o que coloca dificuldades e riscos de segurança adicionais.

Segundo a mais recente contagem da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 413 civis morreram e 3.551 ficaram feridos desde o início do conflito no Sudão.

Os confrontos começaram há uma semana entre as forças armadas, comandadas pelo líder de facto do país desde o golpe de Estado de outubro de 2021, o general Abdel Fattah al-Burhan, e os paramilitares do das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), chefiados pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como "Hemedti".


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LU SHAYE: Embaixador chinês questiona soberanias pós-soviéticas e abre conflito

© MARTIN BUREAU/AFP via Getty Images

POR LUSA  23/04/23 

O embaixador da China em França, Lu Shaye, provocou protestos da Ucrânia e dos Estados bálticos por defender que os países pós-soviéticos não têm "estatuto efetivo" ao abrigo do Direito Internacional, numa entrevista divulgada no sábado.

Numa entrevista à cadeia TF1, o diplomata chinês defendeu que "não há nenhum acordo internacional que materialize o seu estatuto de países soberanos" e não conseguiu dar uma resposta concreta quando questionado se "a Crimeia [península anexada pela Rússia em 2014] faz parte da Ucrânia".

Através da rede social Twitter, o embaixador da Ucrânia em França, Vadim Omelchenko, reagiu e destacou as diferenças entre as declarações de Lu Shaye e a postura oficial de Pequim sobre o conflito em curso no território ucraniano.

"Ou este homem tem problemas óbvios com a geografia", respondeu o embaixador ucraniano, prosseguindo: "Ou as suas declarações contradizem a posição de Pequim 'sobre os esforços para restaurar a paz na Ucrânia com base no direito internacional e nos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas'".

O ministro dos Negócios Estrangeiros letão, Edgars Rinkevics, considerou, por sua vez, que estas são "declarações completamente inaceitáveis" e que a Letónia espera "uma explicação do lado chinês e a retratação completa desta declaração".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Lituânia seguiu a mesma linha de protesto e adiantou que vai chamar na segunda-feira o encarregado de negócios da China no país para "dar explicações", numa ação concertada com a Letónia e a Estónia.

O chefe da diplomacia estónio, Margus Tsahkna, também protestou, afirmando que "é triste que um representante da República Popular da China tenha essas opiniões" e que se trata de uma "posição incompreensível".


Leia Também: O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês reagiu sábado à noite "com consternação" às declarações do embaixador da China em França, que negou a soberania dos países pós-soviéticos.

Fala África: Cantor PW promete várias surpresas em show de apresentação do álbum "African Spirit" em Bissau, 28 de Abril

No Fala África VOA deste domingo, Dani Stescki conversa com o cantor guineense PW. PW está a preparar um show no dia 28 de Abril em Bissau para apresentar ao público o álbum "African Spirit”, lançado no ano passado com 10 faixas musicais. O cantor promete várias surpresas durante o show.

Voaportugues.com  abril 23, 2023

MYKHAILO PODOLYAK: Solução pacífica? "Ucrânia só ouve render-se e cumprir o ultimato russo"

© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto   22/04/23 

Para o conselheiro de Zelensky, "após 423 dias de guerra sangrenta, é impossível" pensar numa "solução pacífica".

O conselheiro do presidente ucraniano Mykhailo Podolyak afirmou, este sábado, que, para a Ucrânia, uma “solução pacífica” é vista como uma rendição e uma submissão ao “ultimato russo” devido aos 423 dias de uma “guerra sangrenta”.

“Quando alguém fala de uma ‘solução pacífica’, a Ucrânia só ouve ‘render-se, capitular, cumprir o ultimato russo. Após 423 dias de guerra sangrenta, é impossível”, começou por referir o conselheiro de Volodymyr Zelensky, na rede social Twitter.

Na publicação, Podolyak disse que a invasão russa da Ucrânia se trata de “uma guerra de extermínio planeada pela Federação Russa e não de um ‘conflito’ mítico”.

E garantiu: “Não há lugar para um ‘acordo’”.

A necessidade de encontrar uma “solução pacífica” tem vindo a ser defendida por vários países com posições ambíguas em relação à invasão russa, entre as quais a China e, mais recentemente, o Brasil.

Ainda este sábado, o presidente brasileiro, Lula da Silva, voltou a apelar à criação de “um conjunto de países” dedicados à “construção da paz”. Se toda a gente se envolve diretamente na guerra, quem é que vai conversar sobre paz? Quem é que vai conversar com os governos que estão em guerra?”, questionou, em entrevista à RTP.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


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sábado, 22 de abril de 2023

Ataque suicida com carro-bomba faz 9 mortos e 60 feridos no Mali

© Lusa

POR LUSA   22/04/23 

Um ataque suicida com um veículo-bomba matou hoje nove civis e feriu pelo menos 60 pessoas, à entrada do aeroporto de Sevaré, no Mali, provocando ainda a morte a 16 terroristas e ferimentos graves em dois militares.

O ataque ocorreu por volta das cinco horas da madrugada, quando um veículo de dez toneladas explodiu com uma ou mais pessoas no interior, à entrada do aeroporto, perto de um posto de polícia, informaram fontes locais à agência EFE.

A explosão da viatura destruiu parte dos edifícios circundantes, segundo as mesmas fontes, que afirmaram que durante o ataque foram ouvidas três fortes detonações seguidas de intensos disparos.

No ataque, pelo menos, nove civis morreram e outros 60 ficaram feridos, além de dois militares com ferimentos graves, que foram transferidos para o hospital Somine Dolo de Sevaré, segundo fontes consultadas pela EFE.

As autoridades da região deslocaram-se ao hospital, que está lotado, e ao local do ataque, apelando à doação de sangue.

O aeroporto que os terroristas se preparavam para atacar é utilizado por forças civis e militares, e também pela missão da ONU no Mali, a Minusma.

As autoridades da junta militar do Mali no poder ainda não se pronunciaram sobre o número de mortos e feridos, mas confirmaram o atentado.

As Forças Armadas do Mali classificam, numa nota, o ataque como "complexo" e explicam que foram registadas "fortes explosões e disparos" nas imediações do aeroporto de Sevaré.

"A situação está sob controle desde os primeiros minutos. As incursões continuam. O Estado-Maior do Exército agradece à população de Sevaré e seus arredores pela assistência prestada aos civis vítimas das explosões", refere o comunicado, citado pela EFE.

As Forças Armadas recomendam que a população evite sair de casa e de se reunir na via pública para não prejudicar as operações militares na área afetada.

O ataque coincide com as férias do final do Ramadão, em que os militares e polícias costumam tirar férias para estar com as suas famílias.

O Mali, com a presença de grupos jihadistas leais ao Estado Islâmico e à Al Qaeda, sofre de grande insegurança, com ataques terroristas semanais contra militares e civis.

É governado por uma junta militar no poder após dois golpes de Estado, que não controla algumas zonas do leste e norte do país, onde operam estes grupos jihadistas e também milícias tuaregues.


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Rússia anuncia expulsão de "mais de 20" diplomatas alemães

© Lusa

POR LUSA   22/04/23 

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou hoje a expulsão de "mais de vinte" diplomatas alemães, em resposta a uma medida semelhante alegadamente tomada por Berlim, mas não confirmada pela Alemanha.

"Mais de 20" diplomatas alemães foram expulsos da Rússia, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, à televisão Zvezda.

Questionado pela agência France-Presse, Berlim não confirmou a expulsão de diplomatas russos, indicando apenas ter estado "em contacto" com Moscovo "nas últimas semanas sobre questões de pessoal".

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu um comunicado anunciando "medidas retaliatórias" após "a nova expulsão em massa" de diplomatas russos na Alemanha.

"Condenamos veementemente estas ações de Berlim, que continuam a destruir (...) todo o leque das relações russo-alemãs, incluindo a sua dimensão diplomática", criticou a diplomacia russa.

À AFP, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha disse "ter lido as declarações" da senhora Zakharova.

"O governo federal e o lado russo estiveram em contacto nas últimas semanas sobre questões de pessoal nas suas respetivas representações no exterior", acrescentou, sem maiores detalhes.

No comunicado de imprensa, Moscovo especifica que a 05 de abril "notificou oficialmente" o embaixador alemão, Geza Andreas von Geyr, da decisão de "limitar consideravelmente o número máximo de funcionários das missões diplomáticas alemãs" na Rússia.

Parceiro económico próximo da Rússia antes da ofensiva militar na Ucrânia, a Alemanha afastou-se de Moscovo, apoiando Kiev financeira e militarmente no conflito.

No final de janeiro, Berlim concordou em enviar um número substancial de tanques Leopard, um ponto de virada no apoio militar ocidental.


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Exclusivo. Há provas de que o Grupo Wagner está a influenciar o conflito no Sudão

A movimentação do avião de transporte Ilyushin-76 começou dois dias antes do início do conflito no Sudão. Tecnologias Maxar

Por Cnnportugal.iol.pt   22/04/23

O grupo mercenário russo Wagner está a fornecer mísseis às Forças de Apoio Rápido (RSF) do Sudão para ajudar na sua luta contra o exército do país, disseram à CNN fontes diplomáticas sudanesas e regionais.

Segundo as fontes, mísseis terra-ar têm reforçado significativamente os combatentes paramilitares da RSF e o seu líder Mohamed Hamdan Dagalo na luta pelo poder com o general Abdel Fattah al-Burhan, governante militar do Sudão e chefe das Forças Armadas.

Na fronteira com a Líbia, onde um general desonesto apoiado por Wagner, Khalifa Haftar, controla extensões de terra, imagens de satélite suportam estas reivindicações, mostrando um aumento invulgar de atividade nas bases da Wagner.

O poderoso grupo mercenário russo tem desempenhado um papel público e central nas campanhas militares estrangeiras de Moscovo, nomeadamente na Ucrânia, e tem sido repetidamente acusado de cometer atrocidades. Em África, tem ajudado a apoiar a crescente influência de Moscovo e na apropriação de recursos.

Dagalo e Burhan disputavam o poder em negociações sobre o restabelecimento da liderança civil no Sudão, quando estas terminaram abruptamente, resultando numa das piores violências que o país conheceu em décadas.

Os combates resultaram já na morte de centenas de pessoas e privaram milhões de eletricidade, água e alimentos.

Mohamed Hamdan Dagalo, antigo chefe adjunto do Conselho Militar Transitório do Sudão e líder paramilitar, na cerimónia de assinatura do acordo de paz e cessar-fogo em Juba, Sudão do Sul, a 21 de outubro de 2019. REUTERS/Samir Bol

Imagens de satélite mostram aumento de atividade

Imagens de satélite analisadas pela CNN e pelo grupo de open source "All Eyes on Wagner" ["Todos os olhos na Wagner", na tradução para português] mostram um avião de transporte russo a voar entre duas bases aéreas líbias pertencentes a Haftar e usadas pelo grupo paramilitar russo, que é alvo de sanções internacionais.

Haftar tem apoiado a RSF, dizem fontes, embora negue tomar partido. E o aumento de atividade da Wagner nas bases de Haftar, combinado com observações de fontes diplomáticas sudanesas e regionais, sugere que tanto a Rússia como o general líbio estavam a preparar-se para apoiar a RSF, mesmo antes da erupção dos confrontos.


A movimentação do avião de transporte Ilyushin-76, de fabrico soviético, começou dois dias antes do início do conflito no Sudão, no sábado, e continuou pelo menos até quarta-feira, de acordo com imagens de satélite e com o analista de imagens Gerjon, sediado nos Países Baixos.

O Ilyushin-76 voou da base aérea de Khadim, na Líbia, para a cidade costeira síria de Latakia - onde a Rússia tem uma importante base aérea - na quinta-feira, 13 de abril. No dia seguinte, voou de volta para Khadim. No dia seguinte, voou novamente para outra base aérea de Haftar na Líbia, agora em Jufra. Estacionou numa área isolada, algo que o rastreador de voo Gerjon considerou altamente invulgar. Este foi o dia em que o conflito eclodiu.

O avião de transporte regressou a Latakia na terça-feira antes de voar de volta para a base aérea da milícia líbia de Khadim e depois para Jufra, de acordo com a pesquisa de Gerjon. Nesse dia, a Rússia lançou mísseis terra-ar para as posições da milícia de Dagalo no noroeste do Sudão, de acordo com fontes regionais e sudanesas.

Durante anos, Dagalo foi um dos principais beneficiários do envolvimento russo no Sudão, como o maior destinatário das armas e treino de Moscovo.

Imagem de satélite mostra o Ilyushin-76, de fabrico soviético, na base aérea al-Khadim da Líbia, utilizada pela Wagner, em 18 de abril de 2023. Maxar Technologies

Uma investigação da CNN de julho de 2022 expôs o aprofundamento dos laços entre Moscovo e a liderança militar do Sudão, que concedeu à Rússia acesso às riquezas de ouro do país da África Oriental em troca de apoio militar e político. A relação séria começou após a invasão da Crimeia em 2014, quando a Rússia começou a ver as riquezas de ouro africanas como uma forma de contornar uma série de sanções ocidentais.

A invasão da Ucrânia em 2022 e a onda de sanções que se seguiu aceleraram a pilhagem de ouro da Rússia no Sudão e reforçaram ainda mais o domínio militar, aumentando a atividade da Wagner no país.

Na véspera da Rússia lançar a sua invasão em grande escala da Ucrânia em 2022, Dagalo chefiou uma delegação sudanesa em Moscovo para "fazer avançar as relações" entre os dois países.

A movimentação do avião de transporte Ilyushin-76 começou dois dias antes do início do conflito no Sudão. Tecnologias Maxar

Burhan e o exército sudanês também receberam anteriormente o apoio da Rússia. Burhan e Dagalo eram aliados antes do início dos combates. Juntos, lideraram golpes de Estado em 2019 e 2021. Ambos os líderes foram também anteriormente apoiados pelos Emirados Árabes Unidos e pela Arábia Saudita.

As duas potências do Médio Oriente apelaram à calma no Sudão, com receios de repercussões regionais mais amplas.

No entanto, os atores estrangeiros já estão a começar a intervir no conflito. O Egito tem uma relação de longa data com Burhan e tem-o apoiado privadamente na luta pelo poder, segundo fontes diplomáticas sudanesas e regionais. Um grupo de soldados egípcios foi capturado pela RSF num aeroporto militar no norte do Sudão, no primeiro dia da violência, e libertado dias depois.

Numa declaração à CNN, a RSF negou ter recebido ajuda da Rússia e da Líbia. Reiterou a sua negação na sexta-feira e alegou que o seu rival, as Forças Armadas do Sudão (SAF) de al-Burhan, é que se tinha alinhado "com estas forças estrangeiras, não a RSF".

A CNN contactou a SAF para obter um esclarecimento.

O chefe russo do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou qualquer envolvimento no conflito.

"Deixem-me reiterar mais uma vez: o Grupo Wagner não está de forma alguma envolvido no conflito sudanês", disse Prigozhin no canal de Telegram oficial. "As perguntas dos meios de comunicação sobre qualquer assistência ao general Daglo, ou a Al-Burhan, ou quaisquer outros indivíduos no Sudão não são mais do que uma tentativa de provocação."

Haftar ainda não respondeu ao pedido de esclarecimentos da CNN.

*Niamh Kennedy contribuiu para este artigo


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Guerra? Lula não quer "agradar a ninguém" e defende "3.ª via" para a paz

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

POR LUSA   22/04/23 

O Presidente do Brasil disse hoje, após o encontro com o seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém, que "não quer agradar a ninguém", sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas sim encontrar "uma terceira via" para a paz.

"Estamos numa situação em que a guerra entre a Rússia e Ucrânia está a afetar a humanidade (...) e é por isso que temos de encontrar um grupo de pessoas que esteja disposto a falar em paz e não em guerra", afirmou Luiz Inácio Lula da Silva.

Por isso, acrescentou: "eu não quero agradar a ninguém, eu quero é construir uma forma de colocar os dois à mesa", lembrando que o que parecia impossível aconteceu na II Guerra Mundial.

Agora, defendeu, Lula da Silva, "o facto está criado, a guerra (...) e eu quero é escolher uma terceira via que é da construção da paz", salientou, assegurando que não vai visitar nenhum dos dois países até que a situação esteja estabilizada.

Por isso, avançou: "Vou falar com mais países (...) e quem sabe um dia, que deve estar perto, a gente vai encontrar um jeito de sentar à mesa para conversar".

Lula da Silva frisou ainda, respondendo às questões dos jornalistas, que, desde o início que a posição do Brasil "é muito clara", de condenação à Rússia pela invasão da Ucrânia, mas de procurar reunir um conjunto de países que possam convencer as duas partes a sentarem-se à mesa para uma negociação.

O ministro de Estado brasileiro, Márcio Macedo, disse esta sexta-feira, após um encontro com a Associação de Ucranianos em Portugal, que o Presidente Lula da Silva determinou que o seu assessor para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, visite a Ucrânia, o que Lula confirmou hoje.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou na sexta-feira a Lisboa para uma visita oficial a Portugal, com uma agenda intensa, que inclui a cimeira luso-brasileira que decorre hoje no Centro Cutlural de Belém.

"A viagem faz parte do relançamento das relações diplomáticas do Brasil com seus principais parceiros, como já foi o caso da visita à China, há 10 dias, e aos Estados Unidos, Argentina e Uruguai nesse início de governo", indicou a presidência brasileira, em comunicado.

"Cerca de 252 mil brasileiros residem legalmente em Portugal, de acordo com dados. Isso não contabiliza os brasileiros com nacionalidade portuguesa ou outra nacionalidade europeia. Segundo estimativas das repartições consulares do Brasil em Portugal, a comunidade brasileira poderia estar entre 275 mil e 300 mil pessoas", recordou o Governo brasileiro, de forma a enfatizar a importância desta viagem, a primeira à Europa desde que Lula tomou posse em 1 de Janeiro.

Hoje, Lula da Silva iniciou o dia com uma cerimónia de boas vindas com honras militares na Praça do Império, em Lisboa, seguida de uma outra breve cerimónia no interior do Mosteiro dos Jerónimos, com deposição de coroa de flores no túmulo de Luís de Camões, acompanhado do Presidente Português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Algumas dezenas de pessoas acompanham desde o início da manhã as várias etapas da visita em Belém, numa manifestação de apoio a Lula da Silva, mas onde apareceram também alguns manifestantes críticos do Presidente brasileiro.

Depois, reuniu-se com o homólogo português no Palácio de Belém, a que se seguiu um encontro ampliado de delegações.

Agora, seguiu para um almoço com o primeiro-ministro português António Costa, após o qual ocorrerá um dos pontos altos do programa, a 13.ª cimeira luso-brasileira.

Depois do encontro deverão ser assinados mais do dobro dos acordos que na última que existiu entre os dois países em 2016.

O Governo brasileiro frisou que "a preparação para o encontro começou no fim do ano passado, após as eleições presidenciais", em outubro de 2022, nas quais Lula da Silva saiu vencedor contra Jair Bolsonaro.

Na quarta-feira passada, em conferência de imprensa no Palácio Itamaraty, em Brasília, a secretária de Europa e América do Norte, Embaixadora Maria Luisa Escorel de Moraes, detalhou que serão ainda assinados, no Centro Cultural de Belém, memorandos de entendimento da área da energia, geologia e mineração, o "reconhecimento mútuo dos títulos de condução" entre os dois países, direitos de pessoas com deficiências, um memorando de área do turismo, entre outros.

O dia de hoje termina com um jantar de Estado oferecido pelo Presidente português no Palácio da Ajuda.

Domingo, a agenda de Lula da Silva, para já, "está livre", disse a diplomata brasileira.



Bombardeados 13 hospitais desde o início do conflito no Sudão

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POR LUSA   22/04/23 

Pelo menos 13 hospitais foram bombardeados desde o início do conflito, há uma semana, entre o exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR), indicou hoje o Sindicato dos Médicos do Sudão.

No relatório diário que tem estado a efetuar sobre a situação sanitária no conflito, o sindicato adiantou que mais de 70% dos centros de saúde existentes nas zonas de combate foram desativados por causa dos confrontos.

"[Sexta-feira] quatro hospitais da cidade de al-Obeid [centro] foram bombardeados, o que aumenta para 13 o total de hospitais atingidos. Os funcionários e pacientes de outros 19 centros de saúde foram obrigados a abandoná-los" devido à perigosidade dos combates, acrescentou.

Segundo o sindicato, dos 79 hospitais básicos da capital e das regiões onde ocorrem os confrontos, há 56 fora de serviço, o que representa 70,8% dos postos de saúde localizados nas zonas de combate.

Os demais hospitais funcionam total ou parcialmente -- alguns deles prestam apenas serviços de primeiros socorros -- e também correm o risco de encerrar devido à falta de pessoal médico, de medicamentos, de água e de eletricidade, observa-se no relatório do sindicato.

O documento assinala ainda que pelo menos seis ambulâncias foram atacadas por ambas as forças, enquanto outras não foram autorizadas a passar pelos controlos para transportar pacientes e prestar o devido socorro.

Desde sexta-feira que vigora uma trégua de três dias para o Eid el Fitr, festa que marca o fim do mês sagrado do Ramadão, embora haja indicações de que não tem sido totalmente observada.

Esta é a quinta pausa humanitária tentada numa semana, com ambos os lados a acusarem-se mutuamente de a violar.

Segundo a mais recente contagem da Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 413 pessoas morreram e 3.551 ficaram feridas desde o início do conflito no Sudão.

Os combates iniciados a 15 deste mês entre o Exército sudanês e as FAR surgiram após semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição.

Ambas as forças arquitetaram o golpe de Estado conjunto que derrubou o governo de transição do Sudão, em outubro de 2021.


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Rússia a "lutar" para manter narrativa usada para justificar guerra... Análise é dos serviços de inteligência britânicos.

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Notícias ao Minuto    22/04/23 

A Rússia está "a lutar" para manter a "consistência" da narrativa usada para justificar a guerra, numa altura em que o líder do grupo de mercenários Wagner questionou se existem realmente "nazis" na Ucrânia, segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, que divulgou o mais recente relatório dos seus serviços de inteligência.

"O estado russo está a lutar para manter a consistência numa narrativa central que usa para justificar a guerra na Ucrânia: que a invasão é análoga à experiência soviética na Segunda Guerra Mundial", começa por referir o relatório divulgado este sábado. 

Lembrando que, no passado dia 18 de abril, a imprensa estatal russa anunciou o cancelamento das marchas de lembrança da 'Grande Guerra Patriótica' (II Guerra Mundial) por "motivos de segurança", a Defesa britânica diz que, "na realidade, as autoridades provavelmente estavam preocupadas" com a possibilidade de os participantes colocarem o foco nas perdas russas.

Além disso, nota a tutela, estes factos ocorrem depois de "o proprietário do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, questionar publicamente se há realmente algum 'nazi' na Ucrânia, indo contra a justificação da Rússia para a guerra".

"As autoridades continuaram a tentar unificar o público russo em torno de mitos polarizadores sobre a década de 1940. Em 12 de abril de 2023, a agência de notícias estatal RIA Novosti relatou documentos 'únicos' dos arquivos do FSB, implicando os nazis no assassinato de 22.000 cidadãos polacos no Massacre de Katyn em 1940. Na realidade, a agência predecessora do FSB, a NKVD, foi a responsável. A Duma da Rússia condenou oficialmente Joseph Stalin por ordenar os assassinatos em 2010", lê-se no relatório.

Recorde-se que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, justifica o conflito com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. 



O especialista Doowan Lee alerta que a desinformação promovida por China e Rússia é uma ameaça que mata pessoas, como na pandemia de covid-19, e que o ocidente está a preparar-se, enquanto África e América Latina permanecem expostos.

© REUTERS/Stephane Mahe

POR LUSA   22/04/23 

 Desinformação promovida pela China e Rússia "mata" e Covid-19 foi exemplo

O especialista Doowan Lee alerta que a desinformação promovida por China e Rússia é uma ameaça que mata pessoas, como na pandemia de covid-19, e que o ocidente está a preparar-se, enquanto África e América Latina permanecem expostos.

O professor de Segurança Internacional na Universidade de São Francisco considerou, em entrevista à Lusa, que os efeitos da desinformação e manipulação são difíceis de avaliar, mas mensuráveis por exemplo na recente pandemia de covid-19, sustentados num estudo que apontava que 6% dos norte-americanos estavam convencidos de que não precisavam de vacinas.

Nos Estados Unidos, a covid-19 provocou mais de um milhão de vítimas, o que significa, segundo Doowan Lee, que "cerca de 75 mil pessoas morreram de porque foram expostas a desinformação:

"É como, literalmente, a vida e a morte. E a desinformação mata pessoas", afirmou.

A título de comparação, aquele número, referiu, é 25 vezes superior às mortes provocadas pelos atentados do 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington.

De visita a Portugal para participar a convite Universidade do Minho e também para proferir uma palestra na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, em Lisboa, sobre "Soberania e Democracia em Risco: Estratégias de Soluções Cibernéticas e de Informação Contra o Extremismo e a Autocracia", Doowan Lee disse que a cadeia de desinformação é liderada pela China e pela Rússia, com um objetivo.

"Uma das suas principais mensagens tem sido minar a capacidade, a confiança das democracias ocidentais para que eles possam justificar a razão por que têm de se permanecer [estados] autocráticos e, essencialmente, tão opressivos quanto puderem", observou.

Já "provas mais do que suficientes", adiantou, de que muita da desinformação, em concreto sobre a covid-19 e a vacinação, é proveniente de meios de comunicação, contas de redes sociais e 'blogs' e outros sítios "intimamente associados ao Partido Comunista Chinês e ao Kremlin" e que depois são amplamente partilhados.

O especialista sustentou, porém que o mundo já acordou para esta realidade e que cada vez mais pessoas estão preocupadas com o que o Partido Comunista Chinês está a fazer no ambiente de informação, seja ataques cibernéticos, roubo de endereços IP ou propaganda ou desinformação, como sucedeu nas eleições nos Estados Unidos em 2016 e atualmente na guerra na Ucrânia.

Os Estados Unidos e a Europa "têm sido mais ativos para detetar e combater a desinformação russa", mas ações muito ativas do Partido Comunista Chinês têm ajudado o Kremlin a promover a sua narrativa.

Ao mesmo tempo, a Ucrânia é, por sua vez, "um grande exemplo", porque as autoridades perceberam, após a anexação russa da Crimeia e da crise no Donbass (leste do país), em 2014, que enfrentavam uma ameaça de desinformação, ataques cibernéticos e propaganda tão grandes, promovida pelo Kremlin", que não conseguiam resolvê-la sozinhos.

Desde 2014, o Governo de Kiev começou a trabalhar com empresas de tecnologia, sociedade civil, 'think tanks' e jornalistas ucranianos, mas também europeus e norte-americanos, num "enorme consórcio de verificadores de factos", em que Doowan Lee esteve envolvido, o que levou a que Ucrânia esteja hoje muito mais preparada para ameaça russa e chinesa do que no passado.

Os Estados Unidos e a Europa têm, por sua vez, trabalhado muito bem, opinou, para serem capazes de detetar e essencialmente repelir a desinformação estrangeira ou extremista", criando o que chama mais inoculação ou imunização, por via de centros de excelência e envolvendo entidades como a União Europeia ou a NATO.

No entanto, advertiu, não existe a mesma capacidade quando se trata de segurança da informação em regiões como África, Sudeste Asiático ou América Latina, que não foram preparados para detetar, defender-se, denunciar e desmascarar as campanhas estrangeira e extremistas e "esses são os ambientes onde as narrativas russas sobre a guerra na Ucrânia ganham mais atração", tal como no passado recente sucedeu com a pandemia, atacando os mais vulneráveis.


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"Para nós ucranianos, as declarações de Lula não fazem sentido nenhum"

Pavlo Sadoka, presidente da Associação dos Ucranianos, participou na manifestação e foi um dos representantes da Associação recebido pelo ministro da Secretaria-Geral do Brasil em Lisboa, a quem entregou uma carta a expressar indignação por Lula da Silva ter responsabilizado também a Ucrânia pela guerra, e sugerido que a Crimeira fosse cedida à Rússia.

Cnnportugal.iol.pt



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MONTEVIDEO MARU: Encontrado navio que afundou na II Guerra Mundial com mil pessoas a bordo

© Australian War Memorial

POR LUSA  22/04/23 

O navio Montevideo Maru, que naufragou em 1942 após ser atacado por um submarino norte-americano, foi encontrado nas profundezas do mar da China Meridional, encerrando as buscas pelos destroços e restos mortais do pior desastre marítimo da Austrália.

Mais de 1.060 pessoas perderam a vida, incluindo 979 australianos, quando o submarino dos EUA atacou o navio de bandeira japonesa sem saber quem seguia lá dentro. Soldados japoneses, prisioneiros de guerra e civis de 14 países encontravam-se na embarcação.

A fundação Silentworld disse hoje, em comunicado, que uma equipa, apoiada pela Fugro, empresa especializada em águas profundas, e pelo Ministério da Defesa australiano, fizeram buscas no fundo do mar ao longo de mais de duas semanas até encontrar os destroços.

"A descoberta do Montevideo Maru fecha um capítulo terrível na história militar e marítima da Austrália", notou o diretor da Silentworld, John Mullen.

Os destroços do navio foram encontrados a uma profundidade de mais de quatro mil metros - superior aos do Titanic - na costa das Filipinas.

"Esperamos que as notícias de hoje tragam algum conforto aos entes queridos que mantiveram uma longa espera", reagiu o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, nas redes sociais, destacando o "esforço extraordinário por trás" da descoberta e "a promessa solene da Austrália de recordar e honrar sempre aqueles que serviram" o país.

Já o ministro da Defesa e vice-primeiro-ministro australiano, Richard Marles, referiu, em comunicado, que "estes australianos nunca foram esquecidos".

"Perdidos nas profundezas dos mares, o seu local de descanso final é agora conhecido".

A Silentworld enfatizou que nem os destroços do navio nem restos humanos ou pertences pessoais serão recuperados "por respeito a todas as famílias daqueles a bordo".

Só neste incidente perderam a vida duas vezes mais soldados australianos e civis do que em toda a Guerra do Vietname, superando o naufrágio do HMAS Sydney, em 1941, com 645 mortes, e do navio-hospital Centaur, em 1943, com 268 mortes.



EUA vão usar inteligência artificial na luta contra tráfico de fentanil

© Reuters

POR LUSA  22/04/23 

Os Estados Unidos (EUA) vão utilizar inteligência artificial (IA) para combater o tráfico de fentanil (analgésico opióide) para o país, disse sexta-feira o Secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, noticiou a EFE.

Mayorkas anunciou hoje a criação de um grupo de trabalho dentro do seu departamento para explorar a forma como esta tecnologia pode ser utilizada para aumentar a segurança nos EUA, controlar o uso da substância e acabar com o tráfico de fentanil.

"Vamos explorar os diferentes usos desta tecnologia para melhor detetar os carregamentos de fentanil, identificar e apreender o fluxo de produtos químicos precursores, e localizar os núcleos de organizações criminosas para os desmantelar", referiu o mesmo responsável, numa conferência no Conselho de Relações Exteriores, com sede em Washington.

O seu departamento está também interessado em explorar a forma como a IA pode ser utilizada para combater ataques de ciber-segurança por atores estrangeiros, incluindo a China e a Rússia.

"Temos de abordar as muitas formas através das quais a inteligência artificial irá alterar dramaticamente o cenário de ameaças e aumentar os instrumentos que possuímos para ter sucesso contra estas ameaças", salientou Mayorkas.

O uso de fentanil nos EUA, uma substância que deixou mais de 100 mil pessoas no país mortas por overdoses no ano passado, levou a administração do Presidente Joe Biden a tomar medidas para refrear a utilização da substância.

Entre elas está uma tentativa de reforçar a cooperação com o vizinho México, que os EUA apontam como um dos principais países através dos quais a droga entra no seu território.

O Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, respondeu que a crise da overdose opióide é uma questão de saúde pública que os EUA devem abordar, tendo mesmo negado que o fentanil seja fabricado no seu país, argumentando que a substância vem da Ásia para a América do Norte.

Na sua proposta de orçamento para 2024, Biden pediu ao Congresso 46,1 mil milhões de dólares (cerca de 41 mil milhões de euros) para a sua estratégia anti-droga.


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Empresa francesa quer levá-lo a jantar ao Espaço... Cada passageiro terá de pagar 120 mil euros.

© Zephalto

Notícias ao Minuto  21/04/23 

Uma ‘startup’ francesa de nome Zephalto anunciou planos para permitir que os casais aficionados pelo Espaço possam ter jantares a dois na estratosfera num balão espacial de nome Celeste. O preço é de 120 mil euros por pessoa.

A viagem dura seis horas e permite aos clientes da Zephalto desfrutarem de “paisagens sem paralelo” da Terra e uma experiência de restauração também de alta qualidade. “Escolhemos uma altitude de 25 quilómetros porque é a altitude em que estás na escuridão do Espaço, com 98% da atmosfera por baixo de ti para que possas desfrutar da curvatura da Terra na linha azul”, contou à Bloomberg o engenheiro aeroespacial e fundador da Zephalto, Vincent Farret d’Astiès.

Notar que, apesar de toda a experiência ocorrer no Espaço, os turistas espaciais não poderão desfrutar de gravidade zero. No entanto, a cápsula de 20 metros permite desfrutar de aperitivos, prova de vinhos, sessões de fotografia e também ligação à Internet via Wi-Fi. A cápsula tem capacidade total para seis passageiros, além dos dois pilotos.

A Zephalto acredita que tem capacidade para realizar 60 voos por ano, com o primeiro a estar previsto para daqui a dois anos.


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sexta-feira, 21 de abril de 2023

Líder do Grupo Wagner quer "ajudar" e "mediar" conflito no Sudão

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto  21/04/23 

A posição de Yevgeny Prigozhin surge após a imprensa internacional ter avançado que o Grupo Wagner fornecia mísseis aos paramilitares das Forças de Apoio Rápido.

O líder do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, ofereceu-se, na quinta-feira, para mediar o conflito no Sudão entre o Exército do país e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF). 

“Para ajudar a resolver o conflito existente e para a futura prosperidade do Sudão, estou pronto para mediar as negociações entre o general Abdel Fattah al-Burhan, o chefe das Forças de Apoio Rápido, Mohamed Hamdane Daglo (Hemeti), e outros participantes no conflito”, escreveu Prigozhin, numa carta aberta publicada pelo seu serviço de comunicação na plataforma Telegram.

O fundador do grupo paramilitar russo disse ainda que está pronto a enviar “tudo o que for necessário para as pessoas que estão agora a sofrer”, incluindo aviões com material médico. Na carta, lembrou também que sempre esteve “ligado ao Sudão” e que comunica “com todas as autoridades sudanesas”.  

A posição de Prigozhin surge após a CNN International ter avançado que o Grupo Wagner está envolvido no conflito no Sudão, ao contrário do que o russo tem alegado. Segundo a estação norte-americana, que cita fontes diplomáticas sudanesas, o grupo de mercenários tem fornecido mísseis às Forças de Apoio Rápido.

O total de mortos nos confrontos no Sudão entre o exército e paramilitares subiu para mais de 600, entre os quais um funcionário da Organização Internacional das Migrações (OIM).

Esta sexta-feira, o exército sudanês aceitou uma trégua de três dias proposta pelos paramilitares das Forças de Apoio Rápido, para que os cidadãos possam celebrar o fim do Ramadão e para que sejam prestados serviços humanitários.


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Medvedev ameaça atacar o Reino Unido, o "inimigo eterno" da Rússia

© Getty Images

Notícias ao Minuto    21/04/23 

O ex-presidente russo reagiu às sanções impostas pelo governo britânico contra cinco russos acusados de envolvimento no envenenamento e prisão do opositor Vladimir Kara-Murza.

O ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, reagiu, esta sexta-feira, às sanções impostas pelo governo britânico contra cinco russos acusados de envolvimento no envenenamento e prisão do opositor Vladimir Kara-Murza e descreveu o Reino Unido como “inimigo eterno” da Rússia.

Numa publicação na plataforma Telegram, o político russo afirmou ainda que a monarquia britânica estava “degenerada” e que os últimos governantes britânicos são “criaturas muito bizarras”.

Entre os russos sancionados pela prisão de Vladimir Kara-Murza, condenado a uma pena de 25 anos, estão dois investigadores e uma juíza russa, sendo que dois agentes dos serviços de segurança russos foram sancionados por ligações a envenenamentos ocorridos em 2015 e 2017.

“A composição de um tribunal russo, que julgava casos de crimes graves contra os nossos cidadãos, caiu sob sanções”, considerou Medvedev.

“O Reino Unido foi, é e sempre será o nosso inimigo eterno. Pelo menos, até que a sua ilha imprudente e repugnantemente seja engolida pelas ondas criadas pelo mais recente sistema de armas da Rússia”, ameaçou.

Recorde-se que, após um julgamento à porta fechada, um tribunal de Moscovo considerou Kara-Murza culpado de "alta traição", de espalhar "informações falsas" sobre o exército russo e trabalho ilegal para uma "organização indesejável".

O opositor foi condenado a uma pena cumulativa de 25 anos numa colónia penal, que implica condições de prisão mais rígidas.


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Brasil é o 2º pior país do mundo para dirigir

Por nativanews.com.br

O Brasil é o segundo pior do mundo para dirigir. O país fica atrás somente da Rússia, que está em primeiro no ranking mundial. É o que revela um estudo divulgado pela plataforma de cupons de desconto CupomValido.com.br com dados da OCDE e Compare The Market.

Para a elaboração do ranking, foram considerados 4 fatores: o custo de manutenção do carro em relação a renda, o nível de congestionamento, o índice de qualidade das estradas e o índice de mortalidade no trânsito. 

A seguir, você poderá conferir parte da lista contendo os cinco piores países para se dirigir, todos referentes ao ranking elaborado pelo Compare The Market.

5 piores

  • Rússia
  • Brasil
  • México
  • África do Sul
  • Irlanda

Os piores países para dirigir

A Rússia é o pior país do mundo para se dirigir. O país possui o pior índice de qualidade das estradas (2,9) e o pior nível de congestionamento (37%) dentre todos os países. Além disso, o índice de mortalidade é um dos mais altos (12). Ao combinar estes três fatores, faz com que o país se torne o líder do ranking.

O Brasil segue em segundo da lista, principalmente pela baixa qualidade das estradas (3,1) e pelo alto nível de mortalidade no trânsito (16,0 a cada 100.000 pessoas). Além disso, o alto nível de congestionamento (28%) e alto custo de manutenção em relação à renda (26%), também foram fatores relevantes que levaram o país para a segunda posição da lista.

Em seguida no ranking dos piores países, estão: o México, a África do Sul e a Irlanda, respectivamente.


Os melhores países para dirigir

A Dinamarca é o melhor país para dirigir do mundo.  O país possui um dos menores índices de mortalidade no trânsito, apenas 3,7 a cada 100.000 pessoas. Além de possuir estradas de alta qualidade (5,5) e baixo nível de congestionamento (18%).

Já os Estados Unidos fica em segundo lugar no ranking, principalmente pelo baixo nível de congestionamento (14%) e pelo baixo custo de manutenção (o menor dentre todos os países).

A Holanda, Portugal e França, finalizam o ranking dos 5 melhores países, respectivamente.

Mulher russa multada em 445 euros por considerar Zelensky "atraente"... A idosa também disse que o presidente ucraniano tinha um "bom sentido de humor".

© Reprodução/ Presidência da Ucrânia

Notícias ao Minuto   21/04/23 

O rosto de Volodymyr Zelensky tornou-se reconhecido em todo o mundo após o início da guerra na Ucrânia e, para muitas pessoas, tornou-se também um dos mais elogiados em termos físicos. As revistas de moda concordam e, em julho do ano passado, o presidente ucraniano até surgiu na capa da revista Vogue, juntamente com a sua mulher, Olena Zelenska.

Mas as autoridades russas parecem ter uma posição diferente, pelo menos a nível institucional.

Na passada terça-feira, segundo a organização de direitos humanos russa Memorial Center, uma mulher russa de 70 anos foi multada em 40 mil rublos (cerca de 445 euros) após ser acusada de "descredibilizar" o exército russo e de elogiar a Ucrânia.

Tudo porque, numa conversa com outra mulher num hospital, Olga Slegina disse que Zelensky é "um homem atraente".

Os comentários foram feitos em dezembro do ano passado em Nalchik, uma localidade próxima da fronteira com a Geórgia, e Slegina ainda acrescentou que o líder ucraniano - que, antes de ser presidente, tornara-se conhecido pela sua carreira como comediante - também tinha "um bom sentido de humor".

Três pessoas no estabelecimento denunciaram a idosa às autoridades locais, que a detiveram, no âmbito das fortes leis autoritárias e anti-liberdade de expressão no país.

Slegina foi acusada de "descredibilizar as forças armadas russas e as suas operações", e o agente que a deteve disse que a mulher "não tem o direito" de elogiar Zelensky porque o presidente ucraniano é "o inimigo".

A mulher foi ainda acusada de gritar "Glória à Ucrânia", a frase que se tornou num símbolo de apoio à independência do país, algo que negou.

Após o início da guerra, muitas marcas ucranianas aproveitaram a popularidade mundial de Zelensky como um improvável 'sex symbol', descrito dessa forma pelo New York Post, com uma empresa a estampar o rosto do presidente em almofadas e a esgotar rapidamente o seu stock.

Volodymyr Zelensky é casado desde 2003 com Olena Zelenska, com quem tem dois filhos.


UE garante cumprir compromissos para fornecer munições à Ucrânia

© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images

POR LUSA  21/04/23 

O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros assegurou hoje ao chefe da diplomacia ucraniana que Bruxelas está a cumprir os compromissos para fornecer munições à Ucrânia, apesar do bloqueio financeiro que está a dificultar o processo.

Através de uma mensagem publicada na rede social Twitter, Josep Borrell reafirmou o compromisso da União Europeia (UE), apesar de persistir um bloqueio de 1.000 milhões de euros para financiar pedidos conjuntos à indústria de armamento, incluídos numa segunda fase do apoio de Bruxelas a Kyiv.

"Falei com Dmytro Kuleba para confirmar que a UE está a cumprir os seus compromissos para o fornecimento de munições à Ucrânia", disse Borrell, ao dar conta da conversa telefónica com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

O chefe da diplomacia europeia acrescentou que, desde 09 de fevereiro, "mais de 66% dos primeiros 1.000 milhões de euros" do plano comunitário serviram para fornecer à Ucrânia as munições necessárias para se defender militarmente da Rússia, que invadiu o país a 24 de fevereiro de 2022.

Esses 1.000 milhões de euros provêm do Fundo Europeu de Apoio à Paz (FEAP) e destinam-se a financiar parte das munições que os Estados-membros têm nos seus arsenais.

Os 1.000 milhões de euros que estão bloqueados pertencem à segunda fase do plano, que pretende financiar encomendas conjuntas à indústria militar com dinheiro da FEAP para repor os 'stocks' o mais rapidamente possível, enquanto uma terceira etapa contempla uma proposta da Comissão Europeia para incentivar o desenvolvimento de empresas de defesa na União com orçamento comunitário.

"A urgência é evidente: a UE fará todos os possíveis para cumprir e para cumprir rapidamente", acrescentou.

Kuleba, por sua vez, e também através do Twitter, sublinhou que na conversa com Borrell agradeceu toda a ajuda para o setor da defesa por parte da UE, incluindo já a verba de 1.000 milhões de euros para cobrir as necessidades imediatas de munições.

O chefe da diplomacia ucraniana disse também ter pedido a Borrell para que Bruxelas "contribua para finalizar as conversações da segunda fase" do programa, com vista à aquisição conjunta, o mais rapidamente possível, de mais 1.000 milhões de euros para "garantir a segurança na Europa".

Em declarações feitas na quinta-feira, o ministro ucraniano tinha sido mais duro ao afirmar, na mesma rede social, que "é frustrante a incapacidade de a UE implementar a própria decisão" sobre a aquisição conjunta de munições para a Ucrânia.

"É um teste para saber se a UE tem autonomia estratégica para tomar novas decisões cruciais de segurança. Para a Ucrânia, o custo da inação é medido em vidas humanas", enfatizou.

A 20 de março, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE assinaram um acordo político para a utilização de 2.000 milhões de euros para fornecer munições à Ucrânia, decisão que foi ratificada dias depois pelos líderes comunitários.

Por outro lado, segundo fontes diplomáticas explicaram à agência noticiosa espanhola EFE, os 27 ainda não conseguiram "traduzir" esse acordo político no texto legal necessário para a respetiva aplicação.

A questão passa por determinar o que se entende por "ir à indústria europeia" para cumprir essas encomendas conjuntas.

A França é da opinião que "comprar à indústria europeia" significa que as munições terão de ser "produzidas na Europa" e não as que já estão armazenadas na Europa (fabricadas e compradas noutros países).

Na mesma linha têm-se manifestado outros países, enquanto Estados como os Países Baixos têm uma posição mais pragmática e consideram que "o objetivo é ajudar a Ucrânia" enquanto "tudo o resto é secundário", insistindo assim na necessidade de ter um acordo o mais rápido possível.

Várias fontes diplomáticas esperam fechar os pormenores do acordo sobre o segundo pacote de 1.000 milhões de euros na próxima semana, embora considerem que isso não poderá ser feito a tempo da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros, agendada para segunda-feira no Luxemburgo.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE vão discutir o apoio à Ucrânia durante a reunião com Kuleba, que irá participar através de videoconferência.

Na reunião no Luxemburgo, os chefes da diplomacia dos 27 também têm previsto analisar a forma como continuar com as sanções impostas à Rússia, quando há cada vez menos espaço para impactar novos setores.

Segundo a EFE, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE parecem estar "mais focados em evitar o burburinho das medidas restritivas já aplicadas".

Vários países, como a Lituânia, pediram abertamente para sancionar a empresa estatal russa de energia atómica Rosatom, mas outros mantêm contratos com aquela empresa que não são fáceis de substituir, reconheceram hoje fontes diplomáticas citadas pela EFE.

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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