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POR LUSA 27/04/23
A junta do Mali recebeu hoje um raro lote de equipamento militar da China, "adquirido exclusivamente a partir do orçamento militar" do país, disse o ministro da Defesa, Sadio Camara, numa cerimónia oficial no campo de Kati.
O Mali vive uma grande instabilidade desde 2012 com a propagação do terrorismo e uma grave crise de segurança, política e humanitária. Os coronéis que tomaram o poder pela força em 2020 romperam a aliança militar com a França e os seus parceiros em 2022 e voltaram-se para a Rússia.
As entregas de equipamento militar russo aconteceram em março e agosto de 2022 e em janeiro de 2023. Em março, o exército do Mali recebeu vários aviões da Rússia e 'drones' da Turquia. As entregas de armas da China são mais raras.
"Peço-lhe que transmita às mais altas autoridades do seu país os sinceros agradecimentos do povo maliano", disse o ministro Sadio Camara ao encarregado de negócios chinês, na presença do líder da junta militar no poder no Mali, coronel Assimi Goita.
"A qualidade do vosso equipamento e as competências dos instrutores que colocam à nossa disposição para nos formar, aceleram a ascensão e a capacitação das forças armadas do Mali", acrescentou.
A entrega de hoje é constituída por veículos blindados e táticos, camiões logísticos, ambulâncias médicas, armas individuais e coletivas, e equipamento individual para combatentes, especificou Sadio Camara.
A junta afirma ter tomado a iniciativa contra os terroristas, mas especialistas contestam as suas decisões militares.
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