Com LUSA 02/06/23
Campanha eleitoral para as legislativas na Guiné-Bissau termina hoje
A campanha eleitoral para as eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau termina hoje, com os principais partidos a realizarem os comícios finais na capital, Bissau.
Estas são as sétimas eleições legislativas desde a abertura ao multipartidarismo a que concorrem 20 partidos e duas coligações.
Os principais concorrentes são o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), atualmente no Governo, e a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, que inclui o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, na oposição), e que inclui ainda a União para a Mudança (UM), o Partido da Convergência Democrática (PCD), o Movimento Democrático Guineense (MDG) e o Partido Social-Democrata (PSD).
Entre as principais forças políticas estão ainda o Partido de Renovação Social (PRS), que integra o atual Governo de iniciativa presidencial, mas que tem criticado a ação do executivo durante a campanha eleitoral, e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), de Botché Candé, atual ministro da Agricultura, e que se tem igualmente distanciado dos partidos que integram o Governo.
A Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, tem tido uma presença mais discreta na campanha eleitoral e o chefe do Governo perspetivou já que nenhum partido vai conseguir a maioria, sendo necessário um consenso para formar o executivo.
Para estas eleições estão registados 893.618 eleitores, dos quais 17.922 na diáspora em África e 17.894 na Europa, incluindo 7.789 em Portugal.
Segundo a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), as urnas abrem às 07:00 locais (08:00 em Lisboa) e encerram às 17:00 (18:00 em Lisboa) e haverá 3.524 mesas de voto, das quais 55 em Áfricae 57 na Europa.
Ao todo estão no país cerca de 200 observadores, ainda de acordo com a CNE, nomeadamente 60 da missão de curta duração da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), liderada pelo ex-presidente cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca, além dos 15 que já estão no terreno, 29 da União Africana, chefiados pelo ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano, enquanto a missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), composta por 27 elementos, é chefiada pelo ex-vice-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense Alberto Carlos.
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