sexta-feira, 2 de junho de 2023

GUERRA NA UCRÂNIA: Líder do Grupo Wagner acusa Moscovo de tentar explodir mercenários

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Notícias ao Minuto   02/06/23 

Líder do Grupo Wagner revelou que os mercenários encontraram uma série de locais com engenhos explosivos, colocados pelas forças tradicionais russas.

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, acusou, esta sexta-feira, as tropas do Exército da Rússia de terem tentado explodir os seus mercenários. As acusações surgem numa altura de tensão entre Prigozhin e Moscovo.

Na plataforma Telegram, o empresário russo revelou que quando os paramilitares se retiraram da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, e entregaram as suas posições às forças tradicionais russas, descobriram uma série de locais nas zonas de retaguarda onde as forças russas colocaram vários engenhos explosivos.

Questionadas sobre o porquê dos engenhos explosivos, que incluíam centenas de minas antiataque, terem sido ali colocados, as forças russas indicaram tratar-se de uma ordem de superiores. 

"Não era necessário colocar estas cargas para dissuadir o inimigo, uma vez que a [zona em questão] se situa na retaguarda. Por conseguinte, podemos presumir que estas cargas se destinavam a ir ao encontro das unidades avançadas do Grupo Wagner", afirmou Prigozhin no Telegram, citado pela agência de notícias Reuters. 

O responsável acrescentou que nenhum dos engenhos explodiu e ninguém ficou ferido, mas "presumiu” que "se tratou de uma tentativa de flagelação pública".

Sublinhe-se que o líder do Grupo Wagner tem estado em guerra aberta com o Ministério da Defesa da Rússia, acusando-o de não fornecer munições suficientes para lutar na Ucrânia, sobretudo quando os combates se centravam em Bakhmut. Moscovo negou as acusações.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


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