© Contributor/Getty Images
POR LUSA 02/06/23
O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu hoje a necessidade de garantir a segurança política interna na Rússia, face à intensificação de esforços para a pôr em causa.
Ao intervir na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da Federação Russa, Putin propôs que se discutisse "a garantia da segurança da Rússia, neste caso, a segurança política interna", segundo relato das agências russas TASS e Ria Novosti.
Putin alegou os esforços que os que desejam o mal da Rússia estão a fazer e a intensificar "para agitar a situação na Federação Russa".
"Devemos fazer tudo para os impedir de o fazer em qualquer circunstância", afirmou, sem que as duas agências especificassem a quem se referia.
Disse ainda que o debate incidiria sobre relações interétnicas, que considerou extremamente importantes num país com 190 grupos étnicos, acrescentou a Ria Novosti.
O diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), Alexander Bortnikov, e o ministro do Interior, Vladimir Kolokoltsev, farão apresentações na reunião, segundo a mesma agência noticiosa russa.
A Rússia está em guerra com a Ucrânia desde que invadiu o país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
Após mais de 15 meses de combates, desconhece-se o número de baixas para os dois lados.
O conflito parece longe de acabar e têm surgido críticas internas ao Ministério da Defesa, incluindo por parte de um aliado de Putin, o chefe do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin.
Nos últimos dias, dois grupos armados denominados Corpo de Voluntários Russos e Legião da Liberdade para a Rússia realizaram incursões em território russo a partir da Ucrânia.
Os respetivos líderes dizem que os dois grupos são formados por russos que querem derrubar o regime de Putin, mas Moscovo afirma que são ucranianos.
Numa mensagem divulgada na quinta-feira, a Legião da Liberdade para a Rússia disse que pretende "libertar toda a Rússia, de Belgorod a Vladivostoque".
Belgorod é uma região russa junto à fronteira com a Ucrânia e Vladivostoque situa-se no extremo oriental do vasto país, na fronteira com a China e com a Coreia do Norte.
Os dois grupos têm lutado há meses ao lado do exército ucraniano contra as forças russas.
O Governo de Kyiv afirma não ter nada a ver com as ações destes grupos em território russo, mas tolera as suas operações em solo ucraniano.
Sem comentários:
Enviar um comentário