segunda-feira, 19 de setembro de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA: Joe Biden alerta Pequim sobre violação das sanções à Rússia

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Por LUSA  19/09/22 

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, disse ter prevenido o seu homólogo chinês, Xi Jinping, para o risco de fuga de investidores se Pequim violar as sanções impostas à Rússia, devido à invasão da Ucrânia.

Num excerto de uma entrevista à cadeia de televisão CBS Joe Biden disse que explicou a Xi Jinping, por telefone, que violar as sanções seria "um enorme erro", notando que não tinha nenhuma indicação até agora de que a China tivesse apoiado ativamente o esforço de guerra russo através do fornecimento de armas.

"Apelei ao Presidente Xi - não para ameaçar, apenas para dizer (...) - que se pensa que os americanos e outros vão continuar a investir na China enquanto vocês violam as sanções contra a Rússia, penso que estão a cometer um erro gigantesco", disse Joe Biden.

"Neste momento, não há qualquer indicação de que eles [os chineses] tenham oferecido armas ou outras coisas de que a Rússia necessita", disse o Presidente dos Estados Unidos.

Biden também rejeitou a ideia de que a aliança entre a China e a Rússia implica que os Estados Unidos estão a travar um novo tipo de guerra fria.

"Não creio que seja uma guerra fria nova ou mais complicada", disse.

A Rússia invadiu a sua vizinha pró-ocidental Ucrânia em 24 de fevereiro, devastando inúmeras cidades e aldeias do país onde os combates continuam.


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Por LUSA  19/09/22 

O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse numa entrevista transmitida no domingo que as tropas norte-americanas defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa.

Questionado no programa "60 Minutos" da CBS se "os americanos defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa", o líder dos EUA respondeu: "Sim, se de facto ocorresse um ataque sem precedentes".

O Presidente dos EUA fez questão de sublinhar que não estava a "encorajar" a ilha a declarar a independência. "A decisão é deles", afirmou.

A China considera Taiwan, com uma população de cerca de 23 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa (1949).

Em sete décadas, o exército comunista nunca conseguiu conquistar a ilha, que permaneceu sob o controlo da República da China - o regime que em tempos governou a China continental e agora apenas governa Taiwan.

Joe Biden já tinha irritado Pequim ao dizer no final de maio que os EUA iriam intervir militarmente em apoio a Taiwan no caso de uma invasão da China comunista.

Depois voltou atrás, afirmando o seu compromisso com a "ambiguidade estratégica", um conceito deliberadamente vago que tem governado a política dos EUA em Taiwan durante décadas.

A "ambiguidade estratégica", que consiste em Washington se abster de dizer se os Estados Unidos interviriam ou não militarmente para defender Taiwan em caso de invasão, tem ajudado até agora a manter uma certa estabilidade na região.

A pressão sobre Taiwan tem aumentado desde que Xi Jinping chegou ao poder em Pequim há uma década.

As tensões atingiram o nível mais alto em décadas no mês passado. A China conduziu exercícios militares em grande escala em torno de Taiwan, uma demonstração de força sem precedentes em retaliação a uma visita a Taipé da líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi.


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