O Tribunal Regional de Bissau pede a intervenção da polícia para efetivação da ordem judicial, que suspende o décimo congresso do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde.
Na missiva a posse da Rádio Bantaba, hoje (18.03), enviada ao Ministro do Estado, Interior e da Ordem Pública, o Tribunal Regional de Bissau determinou.
“Vimos pela presente solicitar os bons ofícios da V.exa no sentido de instruir serviços competentes da instituição que dirige para destacar agentes da Polícia da Ordem Pública, para assegurarem e efetivação da decisão judicial”.
A carta assinada pelo Juiz Lassana Camara Camara, o Tribunal disse que o pedido se enquadra “no âmbito da ação às margem referenciada, que correm nos termos legais nesta instância judicial, instaurada pelo Bolom Conte contra o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde “.
O décimo congresso do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde deve começar neste sábado em Bissau, e que conta com cinco pretendentes a liderança dos libertadores.
RTB/ 18.03.2022/ 19h:08/ Bissau
Por LUSA 18/03/22
A Polícia de Intervenção Rápida (PIR) invadiu a sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em Bissau, disseram fontes do partido que se encontrava reunido no seu Comité Central.
"A Polícia chegou aqui e tentou impedir a entrada na sede de alguns delegados ao décimo congresso", indicou uma fonte, a partir do salão onde decorre a reunião do partido.
Militantes do partido responderam à ação da polícia com empurrões de parte a parte.
"A polícia tentava impedir o acesso de delegados ao salão do congresso, os nossos militantes empurraram a polícia para que não entrassem", precisou a mesma fonte.
Fonte do Ministério do Interior informou à Lusa que a polícia está na sede do PAIGC "para fazer cumprir a lei" na sequência de uma solicitação do juiz Lassana Camará, que produziu um despacho no qual, basicamente, manda suspender a realização do congresso do partido.
Um militante do PAIGC está na justiça com o partido alegando ter sido impedido de tomar parte no congresso.
O partido considera o caso como estratégia dos adversários políticos para impedir a realização do congresso que foi marcado e adiado por duas vezes.
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