quinta-feira, 16 de julho de 2020

Missão chefiada por ex-presidente nigeriano tenta conciliação na crise maliana

O antigo presidente da Nigéraia, Goodluck Jonathan,chefia a missão da CEDEAO que tenta conciliar os protagonistas da crise política maliana. @Goodluck Jonathan  Texto por: RFI

O  antigo  presidente  da  Nigéria, Jonathan  Goodluck  chefia  uma  nova  missão de  conciliação,  destinada  a  aproximar o executivo do Presidente Ibrahim Boubacar Keita e os dirigentes  do Movimento de 5 Junho. Este  movimento, do qual fazem parte figuras da oposição, dirigentes associativos e religiosos do Mali,  tem pedido a demissão do chefe  de Estado maliano, na  sequência das violentas manifestações ocorridas em Bamako,nos últimos dias.

A missão chefiada pelo  ex-presidente da  Nigéria, Jonathan Goodluck chegou a  capital do Mali  nesta  quarta-feira, num  momento em que os contestários, liderados pelo imã  Mahmoud Dicko, anteriormente apoiante de Ibrahim Boubacar Keita, preparam-se para organizar  nova manifestações,  que os observadores locais consideram  de alto risco,  devido  à forte tensão que prevalece no país.

Efectivamente os líderes  do M-5,  que foram  libertados  pelas autoridades malianas após  os  tumultos  do  fim de semana passado, reiteraram o  pedido de demissão do Presidente  Ibrahim Boubacar keita, bem como  apelaram a manifestar na sexta-feira.

Segundo  Mountagua Tall,  um dos porta-vozes da contestação, a  única palavra  de ordem será a demissão do  presidente. Tall afirmou que  Ibrahim Boubacar keita  não  possui  as  capacidades físicas e  intelecutuais para continuar a liderar o  destino  do Mali.

As  declarações de Mountagua Tall,  efectuadas no decurso  de uma conferência de imprensa,  levaram  a crer  o  pior, mas de acordo com a  agência noticiosa  AFP,  a  calma prevalecia  na  quarta-feira em Bamako.

A delegação da Cedeao, chefiada  por Jonathan Goodluck, inclui também constitucionalistas que vão tentar  ajudar os protagonistas da crise política maliana  a chegar a um consenso.

Paralelamente, diplomatas  de várias organizações africanas, da União Europeia e Onu  prosseguem os   contactos nos bastidores, de forma a procurar um desfecho para a crise, que receia-se, pode atingir contornos imprevisíveis. 

RFI                 

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