domingo, 12 de janeiro de 2020
Presidente eleito da Guiné-Bissau convida Jorge Carlos Fonseca para cerimónia de posse em Fevereiro
Cidade da Praia, 11 Jan (Inforpress) – O presidente eleito da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, veio hoje à cidade da Praia convidar o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para a cerimónia da sua posse que terá lugar em Fevereiro.
Da parte do chefe de Estado cabo-verdiano disse ter recebido a resposta de que “Cabo Verde terá das delegações mais bem representadas na cerimónia”.
“Guiné e Cabo Verde, temos uma história, somos irmãos e por isso que eu passei aqui para testemunhar a minha eleição ao cargo de Presidente da República da Guiné e testemunhar ao povo cabo-verdiano de que Guiné-Bissau e Cabo Verde vão fortalecer ainda mais as suas relações e convidar o presidente para a cerimónia de posse em Fevereiro”, disse.
Adiantou que depois de empossado, Cabo Verde será o primeiro país a receber a sua visita na qualidade de Chefe de Estado.
Umaro Sissoco Embaló foi instado a comentar o pedido do candidato derrotado Domingos Simões Pereira para que a comunidade internacional se pronuncie em relação às provas de alegada fraude eleitoral que apresentou à justiça do país.
O recém-eleito presidente da Guiné-Bissau disse que ele é um candidato da oposição, e que enquanto tal é lhe impossível fazer fraude eleitoral.
“É a primeira vez que estou a ouvir que um candidato da oposição faz fraude eleitoral. Quem geriu as eleições foi o Governo dele. Sou um homem de bem. O candidato derrotado já me tinha felicitado e agora está a reconsiderar a posição dele”, disse.
Sobre o pedido de impugnação das eleições sustentou que esse é um discurso de perdedor e avisou que desde 29 de Dezembro a Guiné-Bissau deixou de ser uma “república de banana”.
“Domingos Simões Pereira pensa que a Guiné-Bissau continua a ser a república de banana, mas a Guiné-Bissau já mudou. Mudou desde o dia 29 de Dezembro. Isso já é segunda república, não será nunca mais aquele país em que cada um faz aquilo que quer”, disse.
Sissoco Embaló garante que será presidente de todos os guineenses e perspectiva “boas relações” com o Governo, mesmo sendo ele um candidato apoiado pela oposição.
“Na Guiné-Bissau existe a separação de poderes. Eu sou Presidente da República e não tenho nada contra o Governo. Vou exigir maior celeridade. Eu sou um homem da concórdia nacional e não vou lá para comprar problemas porque a Guiné-Bissau já tem problemas que cheguem”, disse, adiantado que o seu desejo é ver a Guiné-Bissau melhor que Cabo Verde, Senegal e outros países.
“Eu sou de uma geração de concretas e por isso tenho de fazer história” anotou o candidato vencedor da segunda volta das eleições presidenciais realizadas no dia 29 de Dezembro.
De acordo com os resultados provisórios, o general Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira conseguiu 46,45%.
MJB/ZS
Inforpress/fim
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