Bissau, 09 Mai 19(ANG) - O Director-geral da Imprensa Nacional-Empresa Pública (INACEP), afirmou hoje que a falta de pagamento, pelo actual governo, de serviços prestados pela gráfica ao Estado guineense, dentre os quais a publicação de boletins oficiais, é um dos factores da crise financeira com que se depara a empresa.
Vladimir Djolme, em entrevista exclusiva à ANG sobre as diligências para a liquidação de três meses de salários dividos aos funcionários da INACEP, que hoje observam uma greve, disse que o governo devia pagar mensalmente um montante de 20 milhões de francos CFA pelos serviços prestados ao Estado pela gráfica, mas que não tem estado a pagar.
“Esse montante permitiria à INACEP pagar os seus funcionários e fazer face à outras despesas”, disse.
Aquele responsável sustenta que é de conhecimento de todos que o país está em crise profunda, razão pela qual as duas centrais sindicais do país decretaram greve na função pública para exigir o governo o pagamento de salários.
“As dificuldades financeiras com que se depara o país acaba por afectar todas as empresas públicas sobretudo a INACEP, que depende em 90 por cento da subvenção financeira do governo, através do Ministério das Finanças”, disse.
Vladimir Djolme sublinhou que é desumano estar a testa de uma instituição que depara com enormes problemas e não dispor de formas de superá-los.
Afirmou, contudo, ter a esperança de que, nos próximos dias, a situação de salários em atraso na INACEP será atenuada porque algumas facturas já foram liquidadas no Tesouro público faltando apenas o seu pagamento.
Declarou que, outro problema com que enfrenta a INACEP tem a ver com os equipamentos obsoletos e que já não correspondem com a actual era moderna.
Segundo Djolme estão em curso diligências para a aquisição de equipamentos para a renovação da parte gráfica bem como a resolução de um conjunto de problemas relacionados a matérias primas que não existem no país e que são adquiridos no Senegal ou Gâmbia em valores avultados.
ANG/ÂC//SG
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