Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassama, a ser recebido a 26 de Setembro de 2018 em Paris por Richard Ferrand, presidente da Assembleia Nacional da França.
Cortesia blog Ditadura de consenso
O presidente da Assembleia Nacional popular da Guiné-Bissau, Cipriano Cassama, deixa esta sexta-feira Paris após uma visita de Estado. A deslocação teve lugar a convite do presidente da Assembleia nacional francesa, Richard Ferrand que recebeu o seu homólogo no hemiciclo em Paris nesta quarta-feira.
A cooperação entre os dois parlamentos, o guineense e o francês, foram o prato forte desta deslocação de vários dias, incluindo a participação de Cipriano Cassama na sessão plenária da Assembleia nacional gaulesa desta quarta-feira.
A segunda figura do Estado guineense regozijou-se com esse momento que incluiu a ovação à delegação da Guiné-Bissau na câmara baixa do parlamento francês.
Cipriano Cassama avistou-se também com o Secretário geral do parlamento da Francofonia.
Nesta quinta-feira o dirigente guineense manteve encontros no Ministério dos negócios estrangeiros em Paris, bem como no MEDEF, Movimento dos empresários de França.
Cassama fez um balanço "muito positivo" desta deslocação a Paris onde pode aprofundar com os seus interlocutores franceses o momento actual do seu país.
O líder da ANP apelou a mais investimentos e ao reforço da cooperação já existente, enfatizando a estabilidade reencontrada da Guiné-Bissau.
Por RFI
O vice-presidente do Partido de Renovação Social, Orlando Viegas, admitiu hoje a possibilidade de a campanha eleitoral para as legislativas na Guiné-Bissau ser mais curta, para que a data de 18 de novembro, das eleições, seja cumprida.
A Guiné-Bissau tem eleições legislativas marcadas para 18 de novembro, mas atrasos relacionados com o financiamento e chegadas dos `kits` para o registo biométrico dos eleitores obrigaram a Comissão Nacional de Eleições a apresentar um novo cronograma, encurtando os prazos previstos na Lei Eleitoral, para que as eleições se realizem na data fixada pelo chefe de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, em abril.
"Há necessidade de alguns encurtamentos para ajustar e naturalmente a campanha eleitoral também terá que ser mexida para tentar ajustar", afirmou Orlando Viegas, no final de um encontro no Ministério das Finanças, em Bissau.
No encontro, participaram o primeiro-ministro, representantes da comunidade internacional, Comissão Nacional de Eleições (CNE), Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), e os representantes do partidos políticos com assento parlamentar.
A Lei Eleitoral prevê que a campanha para as eleições decorra durante 21 dias. Com eleições marcadas para 18 de novembro, a campanha deveria começar a 28 de outubro.
"Tudo indica que vamos ter de mexer na data da campanha eleitoral", disse Orlando Viegas, salientando que o primeiro-ministro vai voltar a reunir-se com todas as partes envolvidas no processo eleitoral na terça-feira.
O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse, no final do encontro, que tanto a CNE e a GTAPE apresentaram um cronograma que permite respeitar a data de 18 de novembro.
"Há uma decisão política e tecnicamente há condições de se fazer respeitar", disse.
rtp.pt
A Guiné-Bissau passou segunda-feira a dispor de um consulado honorário em Macau cujas instalações foram inauguradas em cerimónia que contou com a presença do Chefe do Executivo Chui Sai On, noticiou a imprensa local.
A cerimónia contou igualmente com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, João Ribeiro Butiam Có, do embaixador da Guiné-Bissau na China, Malam Sambu e do cônsul-honorário em Macau, Chan Meng Kam.
O novo cônsul honorário destacou que as relações entre a China e a Guiné-Bissau têm-se vindo a aprofundar nos últimos anos de uma forma consistente, tendo, além disso, “crescido a confiança mútua.”
Chan Meng Kam prometeu dedicar-se activamente à comunicação e colaboração bilateral e ao intercâmbio de pessoas nos domínios económico, comercial e cultural, frisando o papel de Macau como plataforma.
0 ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, João Ribeiro Butiam Có, disse esperar que o novo cônsul-honorário desenvolva esforços para reforçar os contactos entre a Guiné-Bissau e a China, procurando novos mercados e oportunidades para o futuro.
(Macauhub)
Depois de ter passado por uma subida no crescimento médio de 1,7% para 3% entre 2016 e 2017, os países em desenvolvimento no continente africano devem crescer 3,5% em 2018.
A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) considera que o crescimento de 3,5% na África subsariana é alicerçado na subida do preço do petróleo e dos investimentos e infraestruturas, mas aumenta a dívida.
“Depois de ter passado por uma subida no crescimento médio de 1,7% para 3% entre 2016 e 2017, os países em desenvolvimento no continente africano devem crescer 3,5% em 2018, com a recuperação dos preços do petróleo a ser crucial para vários países dada a sua dependência do petróleo”, escrevem os peritos da UNCTAD no relatório deste ano sobre o Comércio e Desenvolvimento.
“Os fatores que levaram ao crescimento incluem, para além dos preços das matérias primas, o aumento dos investimentos em infraestruturas, mas muito dessa despesa foi financiada com recurso ao estrangeiro, resultando num problema de alto endividamento”, lê-se no documento divulgado em Genebra.
No final dos anos 2000, lê-se no relatório, “os programas de perdão de dívida reduziram substancialmente o fardo da dívida nos países africanos, mas desde então os países têm acumulado nova dívida e várias nações africanas estão atualmente identificados como tendo dívida problemática [debt distress, no original em inglês]”.
Com a perspetiva de os bancos centrais começarem a abrandar os programas de estímulos à economia, fazendo as taxas de referência subir para os níveis antes da crise financeira de 2008, “a saúde destas economias pode deteriorar-se rapidamente”, alerta a UNCTAD.
interlusofona.info
O investigador e linguista Icanha Itunga, da Guiné-Bissau, vai ser o próximo diretor-executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), anunciou a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O nome do guineense foi aprovado por unanimidade num encontro de representantes da CPLP na terça-feira, num hotel em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, e anunciado pelo Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, na qualidade de presidente em exercício da comunidade lusófona.
A Guiné-Bissau, representada na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Butiam Có, que apresentou em Nova Iorque o nome de Icanha Itunga para a direção do IILP.
O nome devia ter sido indicado em julho, na cimeira da CPLP, na ilha do Sal, em Cabo Verde, mas na altura o Governo guineense pediu mais tempo para o fazer e comprometeu-se a apresentar o candidato em setembro.
O linguista guineense sucede no cargo à moçambicana Marisa Mendonça.
O IILP tem um orçamento de 300 mil euros, mas a sua ação tem sido limitada devido à falta de financiamento, tendo em conta os atrasos no pagamento das quotas por parte de alguns Estado-membros da CPLP. Antes da cimeira do Sal, o instituto tinha dívidas de quotas que ascendiam a 800 mil euros.
Outra questão discutida na reunião foi a data da posse do próximo secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, de Portugal, mas ficou definida apenas entre dezembro e janeiro, sendo que a atual secretária, a são-tomense Maria do Carmo Silveira, vai cessar funções em dezembro deste ano.
No encontro em Nova Iorque, em que participaram três chefes de Estado – Marcelo Rebelo de Sousa(Portugal), Jorge Carlos Fonseca (Cabo Verde) e Teodoro Obiang (Guiné Equatorial) — foram ainda discutidos os processos eleitorais futuros no espaço da lusofonia: presidenciais no Brasil, autárquicas em Moçambique, legislativas, autárquicas e regional em São Tomé e Príncipe e legislativas na Guiné-Bissau.
Os vários países da CPLP disponibilizaram equipas de observadores para acompanharem todos os processos eleitorais.
A presença do Presidente angolano, João Lourenço, também era esperada na reunião, o que não aconteceu, não tendo sido dada nenhuma explicação para a ausência.
interlusofona.info
O Presidente da República, José Mário Vaz, participa, esta quarta-feira, 26 de Setembro, na 73ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas e numa reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em Nova Iorque.
O chefe de Estado guineense deverá discursar, esta quinta-feira, 27 de Setembro, no debate da Assembleia geral da ONU, na qual José Mário Vaz irá informar os seus pares sobre o desenrolar do processo eleitoral na Guiné-Bissau e a situação política no país.
“Vamos falar sobre a situação do nosso país e das eleições. Explicar em que fase é que nós estamos neste momento, as dificuldades que estamos a ter, porque os 150 kits não dão para resolver, na totalidade, o recenseamento. De acordo com o primeiro-ministro está para chegar um número significante de kits para avançarmos com o processo de recenseamento eleitoral para que tenhamos umas eleições livres e transparentes” explicou Mário Vaz, momentos antes de deixar o país.
Tiago Seide
© e-Global Notícias em Português
O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse hoje que quando as legislativas foram marcadas já se sabia que os prazos do processo tinham de ser encurtados.
"Em Lomé, quando demos o nosso aval, para a fixação de 18 de novembro, já tínhamos consciência da necessidade de encurtar determinados prazos e para nós não faz nenhum sentido que agora estejamos a escudar-nos na lei eleitoral pondo em causa algo que já sabíamos quando fixámos a data de 18 de novembro (para as eleições legislativas)", afirmou Domingos Simões Pereira.
O presidente do PAIGC falava aos jornalistas no final de uma reunião no Ministério das Finanças, em Bissau, onde participaram o primeiro-ministro Aristides Gomes, a ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes, o ministro do Interior, Mutaro Djaló, representantes da comunidade internacional, Comissão Nacional de Eleições (CNE), Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) e partidos com representação parlamentar.
"Esta foi mais uma reunião de coordenação, que se limitou a constatar que há uma decisão política, a data de 18 de novembro, que foi fixada corresponde a uma decisão política patrocinada ao mais alto nível por parte da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental)", salientou.
Portanto, continuou Domingos Simões Pereira, a CNE e o GTAPE "têm de trabalhar com essa referência do dia 18 de novembro e têm de esgotar todas as possibilidades de viabilização dessa data".
"Se o Governo chegar à conclusão de que não há condições de cumprir essa data tem de reportar às instâncias competentes para a reavaliação da situação", sublinhou.
Domingos Simões Pereira disse também que amanhã (quinta-feira) vai haver uma nova reunião e espera que possam ser conhecidas as "cedências e os entendimentos" que possam acontecer.
Já o Partido de Renovação Social (PRS) salientou que compete à CNE e ao GTAPE "fazer uma nova proposta" de cronograma eleitoral que coincida com o dia 18 de novembro, data marcada para as eleições legislativas.
"Não temos objeção nenhuma em relação à data. Compete ao Governo pronunciar-se sobre a data. Não é o PRS que organiza eleições", afirmou Orlando Viegas, da direção do PRS.
A Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), que instituiu o atual Governo de consenso entre partidos representados no parlamento, exigiu a realização de eleições legislativas no dia 18 de novembro, conforme marcadas pelo presidente guineense, José Mário Vaz, em abril.
O processo eleitoral tem, no entanto, estado a ser criticado por vários partidos por considerarem que não está a ser cumprida a lei eleitoral e por estar a ser politizado.
O recenseamento eleitoral para as eleições de 18 de novembro deveria ter começado a 23 de agosto e terminado a 23 de setembro, mas atrasos na receção dos 'kits' para registo biométrico dos eleitores obrigou o Governo a iniciar o recenseamento a 20 de setembro.
MSE //
Lusa/Fim
O Partido da Renovação Social (PRS) disse estar a espera de uma proposta que possa conduzir o país às eleições no próximo dia 18 de Novembro.
A posiçao do PRS foi tornado ao público pelo Orlando Mendes Viegas, um dos vice-Presidente do mesmo partido, ao sair do encontro entre o Governo, Partidos Políticos, CNE, GTAPE e P5, com finalidade de marcar a nova data das eleições legislativas, visto que os atrasos no processo de recenseamento eleitoral estão a comprometer a data de 18 de Novembro anteriormente estabelecida.
O PRS faz integra o Governo, mas continua a reclamar um cronograma eleitoral e, inclusive já solicitou a intervenção do Presidente da Republica.
//Video: Aliu Cande-RDN
Bissau On-line
O lider do Partido Africano da Independencia da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereirra disse que, a data de 18 de Novembro é uma decisão política patrocinada pela CEDEAO, que em caso de dificuldades de cumprimento, o Governo deve reportar as instituições competentes para a reavaliação da situação.
Essas declarações foram proferidas ao sair da reunião que tinha por objectivo de descutir e fixar uma nova data de eleicões legislativas entre o mês de Dezembro deste ano ou Janeiro de 2019.
Recorde-se que a data de 18 de Novembro era a data fixada tando da parte da classe politica guineense, assim como da parte CEDEAO, que tinha que interferir para ajudar a mediar uma longa crise politica que afeta a Guiné-Bissau deste o início desta nona legislatura, sobre tudo, apartir do derrúbio do primeiro Governo eleito nas eleições de 2014. Mas o atraso verificado durante a preparação do processo eleitoral impossibilita o cumprimento dessa data anteriormente fixada.
As partes presentes na reuniao de hoje não chegaram ao entendimento, portanto, a a continuidade da reunião ficou marcada para amanhã dia 27 de Setembro.
//Video: Aliu Candé-RDN
Bissau On-line
O lider do Partido Africano da Independencia da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereirra disse que, a data de 18 de Novembro é uma decisão política patrocinada pela CEDEAO, que em caso de dificuldades de cumprimento, o Governo deve reportar as instituições competentes para a reavaliação da situação.
Essas declarações foram proferidas ao sair da reunião que tinha por objectivo de descutir e fixar uma nova data de eleicões legislativas entre o mês de Dezembro deste ano ou Janeiro de 2019.
Recorde-se que a data de 18 de Novembro era a data fixada tando da parte da classe politica guineense, assim como da parte CEDEAO, que tinha que interferir para ajudar a mediar uma longa crise politica que afeta a Guiné-Bissau deste o início desta nona legislatura, sobre tudo, apartir do derrúbio do primeiro Governo eleito nas eleições de 2014. Mas o atraso verificado durante a preparação do processo eleitoral impossibilita o cumprimento dessa data anteriormente fixada.
As partes presentes na reuniao de hoje não chegaram ao entendimento, portanto, a a continuidade da reunião ficou marcada para amanhã dia 27 de Setembro.
//Video: Aliu Candé-RDN
Bissau On-line
A ministra da Administração Territorial da Guiné-Bissau, Ester Fernandes, recusou hoje avançar uma data para o fim do recenseamento eleitoral para as legislativas de 18 de novembro, salientando que está a trabalhar com 150 'kits' de registo biométrico.
"Estamos a trabalhar em função dos 'kits' que temos. Dentro em breve receberemos mais 'kits' da Nigéria, portanto, estamos em crer que, a seu tempo, o recenseamento terminará, em função do número" de aparelhos disponível, disse Ester Fernandes, quando questionada sobre a data para o final do recenseamento.
O recenseamento eleitoral para as legislativas de 18 de novembro na Guiné-Bissau deveria ter começado a 23 de agosto e terminado a 23 de setembro, mas atrasos na receção dos equipamentos de registo biométrico atrasaram o processo, que só arrancou a 20 de setembro e sem data de conclusão.
Segundo a ministra, o Governo está a trabalhar com "objetividade" e tendo em conta o número de equipamentos disponíveis.
Questionada sobre um novo cronograma eleitoral a apresentar pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), a ministra afirmou que a CNE vai apresentar quinta-feira uma nova proposta de cronograma eleitoral com "encurtamento de prazos" para realizar eleições a 18 de novembro.
"Quem marcou a data das eleições foram os presidentes da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e nós estamos a lutar para cumprir aquela data", concluiu a ministra.
A ministra falava aos jornalistas depois de uma reunião de várias horas no Ministério das Finanças entre o primeiro-ministro, membros do Governo, representantes da comunidade internacional e partidos políticos com assento parlamentar, Comissão Nacional de Eleições e Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).
dn.pt/lusa
Bissau, 26 set 18(ANG) – A ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes afirmou hoje que o processo do recenseamento eleitoral está a decorrer em conformidade com os150 kits disponíveis.
Fernandes falava à imprensa no final de um encontro mantido hoje entre o Primeiro-ministro, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), líderes dos partidos políticos e a Comunidade Internacional (P5), tendo como pano de fundo análise do processo eleitoral.
A governante disse que as eleições serão realizadas no dia 18 de novembro com possibilidades de encurtamento do prazo de recenseamento e com o consenso dos partidos políticos com acento parlamentar em torno da data.
O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, defendeu que as estruturas técnicas tanto do governo como do GTAPE assim como da CNE têm que trabalhar com a referência do dia 18 de novembro, esgotando assim todas as possibilidades de viabilização dessa data.
Disse que a data que foi fixada e corresponde uma decisão política patrocinada ao mais alto nível por parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Domingos Simões Pereira disse ainda que, se o governo chegar à conclusão de que não há condições para cumprir com a data de 18 de Novembro, tem que reportar as instâncias competentes da CEDEAO para reavaliação da situação.
“Quando demos o nosso aval em Lomé para a fixação da data de 18 de novembro, já tínhamos a necessidade de encurtar determinados prazos. Para nós, não faz nenhum sentido sejamos nós a ficar atrás da lei eleitoral pondo em causa algo que sabíamos quando fixamos a data ”, sustentou Simões Pereira.
Por sua vez, o vice-presidente do Partido da Renovação Social(PRS), Orlando Mendes Veigas disse que o seu partido está à espera da nova proposta de cronograma da parte do GTAPE e CNE, proposta essa que irá coincidir com a data marcada para eleições.
Perguntado sobre a organização do processo eleitoral, Veigas respondeu que em qualquer processo há prós e contra, defendendo que o PRS está a acompanhar a evolução da situação com atenção.
A CNE apresenta, entretanto, um novo cronograma eleitoral que aponta a realização de eleições para Janeiro próximo.
ANG/DMG/ÂC//SG
Ala fila de pedras ku garrafas bás😂...
Lince Li
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SIMAMP) ameaça intentar uma acção judicial contra o Procurador-Geral da República, Bacar Biai, na Câmara Administrativa e Social do Supremo Tribunal de Justiça.
Em causa está o despacho nº 31/ 2018 do Procurador-Geral da República que exonerou os membros do Gabinete de Luta contra Corrupção e Delitos Económicos e a movimentação de alguns membros da Direcção do SIMAMP, uma decisão tomada sem o “consentimento” do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público que, entretanto, cujo mandato “expirou” desde 7 de Janeiro de 2018.
Em comunicado, o SIMAMP informou que vai criar ainda uma comissão, com vista a fazer diligências junto do Procurador-Geral da República, alertando-o da “violação das normas” da Lei da Liberdade Sindical, e exortando a “reposição da legalidade”, estando atendo ao prazo para o exercício do direito.
O SIMAMP instou também os Magistrados abrangidos por despacho nº 31/ 2018 a recorrerem ao sindicato, sublinhando que esses magistrados estão a ser vítimas de retaliação, perseguição e de humilhação, por parte do Procurador-Geral da República, Bacar Biai.
Tiago Seide
© e-Global Notícias em Português
A Associação Guineense Anti-Corrupção vai lançar, esta quinta-feira, uma campanha de sensibilização denominada “KE KU NTEN KU CORUPÇON” para consciencializar o cidadão sobre perigo e o mal da corrupção na sociedade guineense.
A Associação Guineense Anti-Corrupção quer ainda que a sociedade guineense abandone o estado da “cidadania passiva” para uma cidadania ativa, participando no seu combate, através do “repúdio e denúncias de comportamentos corruptos”.
A campanha que vai ter a duração de seis meses terá três eixos nomeadamente, Cidadão consciente e participativo, Celebração do Dia Internacional da Corrupção e a Marcha contra a Corrupção.
Para esta quinta-feira, 27 de setembro, a Associação Guineense Anti-Corrupção vai ainda organizar um seminário, sob lema “Corrupção Eleitoral”, com objetivo de sensibilizar os atores políticos sobre a necessidade da utilização de “fundo lícitos” nas campanhas eleitorais e cultura de prestação de contas.
Tiago Seide
© e-Global Notícias em Português
Segundo ele, tem que satisfazer sua esposa sexualmente pelo menos de sete a dez vezes por dia.
Casos o de violência sexual e violência doméstica são noticiados todos os dias em vários meios de comunicações. Sempre as principais vítimas são crianças, adolescentes e mulheres. Mas neste caso, a vítima não é do sexo feminino, mas, sim, do masculino. Muitas vezes ouvimos falar de violência doméstica em casa, onde o marido abusa da esposa, mas raramente ouvimos falar que o marido sofre violência sexual em casa.
No entanto, acontece com mais frequência do que você pensa, como comprovado por este caso recente de um marido abusado sexualmente por sua esposa porque não conseguiu satisfazer o apetite sexual dela. Conforme informações, o homem tem 32 anos e trabalha em uma fábrica na cidade de sertãozinho-SP.
Segundo ele, tem que satisfazer sua esposa sexualmente pelo menos de sete a dez vezes por dia. Ainda de acordo com a vítima, mesmo relatando que chega muito cansado do trabalho, é obrigado a manter relações sexuais com a esposa do mesmo jeito.
Se ele recusasse os pedidos, teria que se ajoelhar e receber uma punição. A Mulher usa uma vara de bambu para agredir repetidamente várias partes do corpo do marido. Aparentemente, a vítima suportou os maus-tratos da esposa por vários anos antes de finalmente procurar ajuda.
O homem abusado procurou a Delegacia, para lhe ajudar, pois, não estava mais aguentando ser vítima da violência doméstica praticada pela esposa. De acordo com o Delegado Genivaldo, Rogério passava o dia no trabalhado, em uma fábrica, enquanto esposa, de 31 anos, é dona de casa e passava o dia no Whatsapp vendo pornografia e quando ele chegava em casa ela queria varias vezes.
O casal tem vários filhos. Quando o marido o procurou, acrescentou ele tinha várias marcas de agressão que cobriam seu corpo e nádegas. A vítima também disse que não queria fazer uma denúncia porque estava com vergonha e queria manter sua família preservada.
Genivaldo aconselhou o homem a ter uma conversa com a esposa e fazê-la buscar ajuda médica e aconselhamento. O DELEGADO disse que este ano recebeu uma média de sete a oito relatos de maridos abusados, mas pode haver muitos outros casos que não são relatados, já que o marido geralmente tem vergonha de fazer a denúncia.
amazoniaqui.com.br
Fonte: ONU na Guiné-Bissau
O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral – GTAPE através da sua estrutural regional, iniciou no passado dia 22 de do mês em curso em Bafatá, o recenseamento eleitoral com uma equipa recenseadora que dispõe de um kit. Os trabalhos de recenseamento decorrem no centro da cidade de Bafatá através duma comissão recenseadora localizada no distrito 75 do círculo eleitoral numero 12. Até hoje, 26 de setembro, foram registados 220 eleitores. Segundo o Presidente da Comissão Regional da Eleição para região de Bafatá, Nelson Meneses D’Alva, “a região só recebeu 1 kit até nesta altura e ao mesmo tempo decorre a formação dos agentes recenseadoras, que deve terminar ainda hoje. Tudo indica que a partir de amanha se vão reforçar os trabalhos”.
A região de Bafatá – composta por seis sectores administrativos - está dividida em 3 círculos eleitorais, nomeadamente os círculos 12,13 e 14. A Guiné-Bissau tem 29 círculos eleitorais
Bissau 26 Set. 18 (ANG) – Alguns cidadãos da capital Bissau consideraram hoje o acto de recenseamento eleitoral em curso de muito moroso e quase inexistente por falta de presença das brigadas recenseadoras nos bairros.
De acordo com uma auscultação feita pela ANG, os conterrâneos entrevistados foram unânimes em considerar que o recenseamento deste ano é diferente de todas as outras que já assistiram.
Eugénio Té Correia, estudante e pequeno comerciante morador no bairro de Bór, arredores de Bissau disse que ainda não viram a mesa de recenseamento naquela zona.
“Eu vou recensear com certeza, mas não vou estar a correr atrás das mesas para o fazer deixando o meu ganha-pão de dia a dia e ao fim ao cabo votamos para nada, porque os políticos, depois de serem eleitos, ignoram completamente o povo, vivendo na corrupção e impunidade”, disse.
Domingos Horácio da Silva, agente de segurança da empresa Masa Segurança, morador no bairro Cuntum Madina, afirmou que ainda não se recenseou por não dispor de tempo e também porque não viu nenhuma mesa de recenseamento na sua área.
Sublinhou que, como cidadão que pensa vir a exercer o seu direito de voto, pensa recensear, salientando que acredita na realização das eleições legislativas ainda este ano, mesmo não sendo na data prevista, 18 de Novembro.
Salimato Vieira, morador de Chão de Papel Varela, vendedeira de frutas e estudante disse que não vai recensear nem votar, porque já está cansada das promessas dos políticos que só falam, mas na prática não fazem nada para o povo que os votam.
“O nosso voto é a nossa actividade de venda. Aqui é que ganhamos o sustento para as nossas famílias, pagar escola para nossos filhos porque o Estado esqueceu de nós. Não vi mesa nenhuma para recensear. Aqui ao lado é que costumava estar a brigada de recenseamento, mas ainda não encontramos nada e pouco me importa isso”, rematou Vieira.
Por seu turno, Osvaldo Gomes, morador no bairro de Mindará igualmente frisou que ainda não alistou devido ao contra tempo, salientando que no seu bairro ainda não viram as mesas dos agentes recenseadores. Contudo, frisou que vai cumprir com o seu dever cívico como cidadão.
Gomes disse que o acto não está a decorrer de uma forma normal como acontecia nos anos anteriores porque, segundo ele, o país já tem experiência bastante na realização de eleições, tendo pedido o aumento das mesas de recenseamento nos bairros para facilitar o registo de eleitores.
O recenseamento decorre com insuficiência de kits, de agentes de recenseamento(em formação) e de meios financeiros, segundo o governo.
A ANG soube que as partes envolvidas no processo de eleições legislativas devem discutir hoje um novo cronograma eleitoral feita pela Comissão Nacional de Eleições, respeitando os prazos de recenseamento, o que implicará a indicação de uma nova data de realização do acto eleitoral.
ANG/MSC/ÂC//SG
Apesar do Primeiro Ministro da Guiné-Bissau Dr. Aristides Gomes ter anunciado o começo oficial do recenseamento eleitoral desde o passado dia 18 do mês em curso com apenas uma mesa no sector autónomo de Bissau, concretamente na sede da UDIB, foi possível abrir no dia seguinte até a data presente, mais cinco (5) mesas de recentemente o que totaliza 6 quites dos 27 que SAAB tem direito nesse processo.
Para a Vossa informação, desde o dia 18/09 a data presente, apenas foi recenseado aproximadamente 1500 eleitores, facto que põe em causa o cronograma inicialmente previsto para legislativas que se avizinha.
Assim sendo, confirma-se a tese da queda deste Governo, visto que não conseguiu cumprir minimamente com a missão principal da sua agenda.
dokainternacionaldenunciante.blogspot.com
Nesta terça-feira, 25 de setembro, depois de um encontro entre o primeiro-ministro, a CNE, o GTAPE, a Sociedade Civil, o Presidente da CNE, José Pedro Sambú informa que estão a finalizar os trabalhos técnicos do novo cronograma eleitoral que será apresentado aos partidos políticos para efeito da sua validação.
“Informamos o primeiro-ministro de que é fundamental a alteração do cronograma, de forma a garantir realização de um processo que seja justo e transparente e que respeite os prazos legais que a lei determina” disse José Pedro Sambú.
Por sua vez, o director do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, Alain Sanca, nega que os agentes de brigadas de recenseamento estão a recensear os cidadãos menores de 18 anos no Bairro Militar.
“Essa informação não tem cabimento, porque a força de ordem acompanha as brigadas de recenseamento. Uma pessoa chega à brigada de recenseamento, pode ser baixinho ou alto, se apresentar o documento que comprove que tem dezoito anos, tem que ser recenseada. E isso está na lei. Ninguém está a recensear as pessoas nos quartos. A brigada é acompanhada da força de ordem ” disse Alain Sanca, informando que devido a escassez do tempo o recenseamento eleitoral decorre de 8: 00 horas a 21: 00 horas, de forma a viabilizar a data de 18 de novembro.
cfm87.net
Fonte: bambaramdipadida.blogspot.com
Pergunto: como podem estes protagonistas da desgraça política nacional nos últimos três anos ter o desplante de voltar a apresentar-se ao povo para a liderança política deste país?
1 – Podemos considerar que a atual crise política que graça o nosso país há mais de 3 anos teve a sua origem – penso que todos se recordam - quando o Presidente da ANP, senhor Engenheiro Cipriano Cassamá, em visita à uma esquadra da polícia em Bissau, lançou ameaças de exoneração conta o então Ministro das Finanças, Geraldo Martins;
2 – Logo de seguida, o senhor Eng. Cassamá, sem planificação, começou a sua Presidência Aberta para interior do país, distância para lá dos limites permitidos por lei. Nessas missões o senhor Eng. Cassamá conseguiu obter apoios políticos de representantes locais, e em contrapartida garantia apoios aos jovens. Foi daí que começou também a adotar a política de “job for the boys”, dando emprego aos filhos dos seus apoiantes, inclusive na própria Assembleia, sem ter que passar por concurso público. A Presidência da República, entretanto, terá mandado abortar a campanha do senhor Eng. Cassamá, fato que poderá ter contribuído para resfriamento das relações entre ANP e PR, até os dias de hoje;
3 – Quanto à gestão administrativa da ANP, o Presidente Cassamá, boicotou com a sua equipa a abertura do parlamento, durante os sucessivos governos de iniciativa presidencial. Por alguma razão, no governo de Umaru Cissoko Embaló, negociou a abertura da ANP com o então PM, tendo depois violado o contrato. Essa situação terá levado o Primeiro-ministro Cissoko a dirigir-se ao gabinete do Presidente de Assembleia para tirar satisfação de não cumprimento do acordado. Por um triz não chegavam à vias de facto;
4 – O senhor Eng. Cassamá tem sido o único a viajar para as conferências no estrangeiro. Chega a saltitar de um país para o outro, sem voltar para casa (país de origem). Os egoísmos do senhor Eng. Teve suas implicações. No caso, por exemplo, do vice-presidente da ANP, falecido Inácio Tchim? Este faleceu com muita mágoa no coração. Enquanto o senhor Eng. Cassamá contava com frota de carros, o falecido Inácio Tchim andava de boleia. O senhor Eng. Cassamá tinha e tem vivenda em zona 7 , hotel em Coqueiro, etc., Tchim morava com a família em casa da sua mãe;
5 - A polícia judiciária tem acompanhado o caso do passaporte diplomático guineense entregue ao barão de droga brasileiro, onde o senhor Eng. Cassamá é um dos indiciado na sua venda;
6 – O senhor Eng. Cassamá é cobiçoso pelo poder a todos os títulos. A única pessoa capaz de lhe pôr em sentido, tem sido o seu conselheiro, senhor Coronel João Monteiro. Politicamente falando, depois do último Congresso do PAIGC, ascendeu ao lugar de primeiro Vice-Presidente daquele grande partido. Agora, com as eleições legislativas à vista, aspira reeleição para deputado da nação. De acordo com as “previsões meteorológicas”, a dificuldade maior reside neste facto. Não tem sido nada fácil tendo em conta à forte implantação dos dissidentes de MADEM-G15 na região (circulo) de Biombo onde costuma eleger-se como cabeça de lista. O senhor Eng. Cassamá não é parvo. Apercebeu-se da gravidade da situação, desde logo, providenciou de círculos mais suaves onde possa vir a ser eleito. Nessa procura, então, encontrou o El Dourado, o bastião da deputada Dan Na Lana, no Sul. Mas, perante este impasse, apenas as “negociações” poderão salvá-lo.
O Presidente da República da Guiné-Bissau ratificou hoje para efeitos de notificações o tratado sobre o Comercio e o Acordo de Paris sobre o Clima.
A informação vem expressa em decretos Presidências produzidos para o efeito e tornados públicos esta terça-feira em Bissau.
O Chefe de Estado ainda validou para o efeito de notificação ao Depositário a Emenda Adicional ao Protocolo de Kyoto e a Convenção de Minamata sobre o Mercúrio aprovados pela Resolução número 5/PL/IX/2018 de 10 de agosto da Assembleia Nacional Popular.
José Mário Vaz ratificou igualmente para o efeito de notificação ao Deposito a Emenda de Kigali Adicional ao Protocolo de Montereal sobre as Substâncias que empobrecem a Camada de Ozono, também aprovados pela resolução número 7/PL/IX/2018 de 10 de agosto da Parlamento.
Notabanca; 24.09.2018
O Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) denunciou algumas “irregularidades” no processo de recenseamento eleitoral em curso na Guiné-Bissau, nomeadamente a não entrega “imediata do cartão de eleitor” aos cidadãos recenseados em Quinhamel, região de Biombo, e no sector autónomo de Bissau, assim como os cartões a serem entregues aos eleitores não são biométricos.
Em comunicado, MADEM G15 disse ter constatado ainda, em virtude do início do recenseamento eleitoral, a “inadequada publicidade e educação cívica, a exclusão e falta de comunicação aos partidos políticos legalizados sobre o início do recenseamento eleitoral e a não distribuição de credenciais para fiscais conforme a lei”.
“O Movimento para Alternância Democrática – MADEM-G15 chama atenção a opinião pública nacional e internacional sobretudo a CEDEAO sobre as violações flagrantes e abusiva desse direito que assiste aos partidos políticos ou coligação de Partidos Políticos, conforme o que consta na lei nº 11/ 2013, de 20 de Setembro, (Lei do Recenseamento Eleitoral), no seu Artigo 17º (nº 1 e 2)” lê-se no Comunicado que a e- Global consultou, esta terça-feira, 25 de Setembro.
Por outro lado, o MADEM-G15 denunciou também aquilo que considera “violação da lei eleitoral e usurpação de competências” os despachos do primeiro-ministro, Aristides Gomes, que instituiu a Comissão Interministerial de Coordenação do Recenseamento Eleitoral e a Comissão Técnica Multissectorial de Apoio ao Recenseamento Eleitoral.
Para MADEM G15, a instituição dessas comissões que “usurpam” as competências do GTAPE e da CNE constituem “práticas e manobras” que se enquadram, no âmbito de uma vasta “operação de fraude eleitoral, o que faz correr o risco de um conflito pré eleitoral que não é desejável para os guineenses e para a Guiné-Bissau”.
Tiago Seide
© e-Global Notícias em Português
O Partido da Renovação Social (PRS) sugere a elaboração de um novo cronograma para registo eleitoral para se evitar eventuais problemas, devido as alegadas irregularidades constatadas por esta formação no processo de recenseamento no círculo eleitoral 29, em Bissau.
Sugestão foi tornada pública por Orlando Mendes Viegas, vice-presidente do PRS, em declarações à imprensa após um encontro com Presidente da República, que serviu não só para transmitir ao José Mário Vaz as alegadas irregularidades que aquela formação política disse ter detectado no círculo eleitoral 29,mas também pedir a intervenção do chefe de Estado para pôr cobro a situação, o mais rápido possível.
As irregularidades detectadas, segundo Orlando Viegas têm a ver com as falhas técnicas relativamente à nomes dos eleitores, fraca sensibilização, e ao facto de o eleitorado não saber onde se recensear.
Para ilustrar as falhas técnicas, Orlando exibiu dois cartões com dois nomes diferentes em que o proprietário pediu a correcção do erro mas que foi lhe dito que a correcção só seria feita no Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAP).
Um outro problema, conforme o responsável político, tem a ver com o conjunto dos eleitores que se recensearam há alguns dias atrás mas que não conseguiram assinar os seus respectivos cartões.
Orlando Viegas, citando as palavras do ex-ministro do Interior, Botche Candé, disse igual houver tentativas de fazer recenseamento à noite, no mesmo círculo, 29.
Viegas disse que o seu partido não concorda com “essas irregularidades” e queixou-se de ter pedido a lista de brigadas de agentes de recenseamento mas que não obteve resposta sobre o pedido.
Disse que sabem que a lista sai da sede do PAIGC.
Na ocasião, os elementos do colectivo dos partidos políticos sem assento parlamentar também manifestaram os seus desagrados ao Presidente da República “por não terem sido abordados pelo governo na busca de solução para o recenseamento eleitoral”.
Em nome do colectivo, Braima Camará critica a inexistência de uma data quer para o início quer para o fim do processo do registo eleitoral.
Por isso, Camará considerou de ilegal o processo em curso, alegando ausência de fiscais dos partidos políticos junto das brigadas de recenseamento.
Notabanca; 25.09.2018
Não há condições para recenseamento eleitoral, diz o mandatário do Madem G- 15 no GETAP, Adílson Lopes da Costa
Fonte: dokainternacionaldenunciante
O primeiro vice-presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) afirmou hoje que, em 45 anos de independência da Guiné-Bissau, os políticos do país só conseguiram dar liberdade aos guineenses.
“Fazendo uma rápida retrospetiva daquilo que foram os 45 anos de independência, é possível vislumbrar que a classe política pouco mais do que liberdade conseguiu proporcionar ao povo guineense”, afirmou Cipriano Cassamá, que também é presidente do parlamento guineense.
Cipriano Cassamá falava na sede do PAIGC em Bissau, durante a cerimónia que serviu para assinalar os 45 anos de independência e para apresentar o programa eleitoral do partido para as eleições legislativas, marcadas para 18 de novembro, aos militantes.
“O nosso país é hoje sinónimo de corrupção, de má gestão dos recursos públicos, de intriga, de maquiavelismo, de tráfico de estupefacientes, de enriquecimento ilícito, subnutrição, falta de ensino de qualidade, péssimo sistema de saúde, da ausência quase total de infraestruturas, entre muitas outras debilidades que não dignificam o país e os seus cidadãos”, afirmou Cipriano Cassamá.
Curvando-se perante todos aqueles que combateram para acabar com o colonialismo no país, Cipriano Cassamá disse que os antigos combatentes deveriam servir de “inspiração para sucessivas gerações” na busca “incessante do progresso”.
“Pelo contrário, hoje, contrariamente àquilo que foram os desígnios que presidiram à nossa independência, encontramos um país em contradição consigo próprio, numa contínua busca do rumo certo que conduza à sua estabilização política e social”, salientou o primeiro vice-presidente do PAIGC.
Para Cipriano Cassamá, a Guiné-Bissau não conseguiu “superar as dificuldades” e acabou por “mergulhar nas suas contradições internas” e os “órgãos do aparelho de Estado não conseguiram servir as aspirações do povo, limitando-se apenas a ser usados como um meio para a resolução de problemas pessoais e familiares dos respetivos titulares”.
No discurso, Cipriano Cassamá pediu também aos eleitores guineenses para darem a vitória ao PAIGC nas próximas eleições com “uma maioria qualificada” para que o país possa avançar e o partido governar com estabilidade.
“É esta a responsabilidade histórica do PAIGC: devolver o orgulho aos guineenses, transformando o sonho de Amílcar Cabral em realidade e fazendo este chão dos combatentes da liberdade da pátria num local onde as pessoas possam viver com dignidade”, salientou.
O programa eleitoral do PAIGC hoje apresentado é dividido em seis eixos, nomeadamente consolidação do Estado de Direito, crescimento económico, desenvolvimento do setor produtivo, saúde e educação, organização da política externa e diversificação do capital natural.
interlusofona.info
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Braima Mané |
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Inácio Semedo |
Em 44 anos de “independência”, o Estado não foi capaz de cumprir com as suas funções essenciais para o bem comum.
1. Hoje, 24 de Setembro, dia apelidado de “vitorioso” por alguns, vão-se multiplicar cerimónias oficiais com declarações solenes e festas para celebrar a independência da Guiné-Bissau – que é neste momento o país mais atrasado de África e, consequentemente, do mundo.
Temos a palmilhar o nosso chão pátrio um milhão e quinhentas mil almas, divididas entre pobres e miseráveis. São excepção uns duzentos ou trezentos iluminados que nos têm mantido na mais completa servidão, numa nova forma de colonização bastante peculiar e cínica, porque é levada a cabo por quem deveria estar na primeira linha de defesa do povo.
Em 44 anos de “independência”, o Estado não foi capaz de cumprir com as suas funções essenciais para o bem comum: prover educação, saúde, assegurar segurança e justiça. Na educação, há toda uma geração que concluiu o ensino liceal que não sabe escrever nem falar correctamente o português, em resultado de greves sistemáticas desde os anos noventa e da falta de formação adequada dos próprios professores. Na saúde, a situação é de tal ordem dramática que muitos recorrem a curandeiros por receio das condições dos hospitais!
Não há justiça nos tribunais porque os juízes ou são corruptos ou são condicionados. Os crimes de sangue não são julgados nem condenados. Os de lesa pátria não são sequer considerados crimes e a impunidade reina solitária!
As contas públicas não têm controlo orçamental efectivo, e ocorre, com regularidade, o insólito de desvios de somas avultadas (que podem atingir milhões de euros!), sem que haja uma instituição idónea para investigar. Sem referir, ainda, que alguns senhores recebem de pensão de reforma até cerca de dez vezes o seu salário na vida activa! Um caso único no mundo e financiado, em certa medida, pela denominada “ajuda ao desenvolvimento” a um país que prefere ser um eterno mendigo.
A corrupção está institucionalizada, a droga chegou e não tem vontade de partir, a pedofilia está quase normalizada, a gravidez na adolescência é frequente. Os valores de referência na sociedade estão subvertidos e criminosos e bandidos tomaram o lugar de heróis – o crime passou a compensar. Os valores da família e identidade enquanto povo estão a ser aniquilados.
Com a sua agenda de iliteracia e pobreza, os senhores de Bissau forçam grande parte do povo a acreditar que a sua pobreza é destino de Deus, que o guineense está condenado a nascer, viver e morrer pobre!
Além disso, somos, provavelmente, o único país a ter dirigentes analfabetos, constituindo um enorme obstáculo ao progresso. Como se tem visto, a mediocridade e a incompetência têm lugar cativo no topo da hierarquia daquilo a que chamam Estado e que, sem surpresas, se tem limitado a exercer uma gestão corrente letárgica, sem visão nem estratégia, durante estes 44 anos.
2. Nós temos recursos mais do que suficientes para vivermos desafogadamente e não continuarmos nesta indignidade de Estado pedinte.
Temos recursos naturais e marinhos, fauna e flora diversas, além de muita chuva, sol e solo fértil. Mas continuamos a importar grandes quantidades de arroz que, muitas vezes, é impróprio para consumo! A manga é abundante, mas não é exportada, nem processada, apodrecendo no pico do amadurecimento! A castanha de caju é exportada como matéria-prima, mas não há indústria transformadora, geradora de emprego e de mais valor acrescentado para a economia nacional.
Circulam nas nossas estradas esburacadas e pantanosas carros topo de gama, nascem vivendas de luxo como cogumelos em torno da capital, quase todos os governantes possuem bens no estrangeiro, enquanto a população vive na miséria absoluta.
Bissau de 2018 é um inferno comparado com 1974!
3. Como foi possível chegarmos a esta situação?
A luta armada contra o colonialismo estava no auge quando o líder e pai fundador, Amílcar Cabral, foi cobardemente assassinado, às mãos dos seus irmãos guineenses. Escrevia-se, assim, o primeiro capítulo do grande Manual de Ódio e Vingança que tem caracterizado o arco de governação da nossa Guiné.
O partido que reclama os louros da libertação nunca conseguiu fazer a devida separação entre um partido de guerrilha e um partido democrático. E alberga no seu seio gente sem competências, vingativa, e sem visão.
A alternativa tanto sonhada nada renovou, pois não passa da emanação do cancro político, em forma de dissidência e, muitas vezes, com pendor tribalista. Limita-se, em nome de interesses inconfessos, a deambular ao sabor de conveniências, sempre que o sistema se fragmenta, desvirtuando a vontade popular expressa nas urnas. Isto explica porque em 24 anos do que chamam democracia nenhum governo eleito conseguiu terminar o seu mandato!
A carta magna não é respeitada! Isso, a nosso ver, porque existe uma manta de retalhos chamada Estado, moribunda e corrupta, incapaz de assumir compromissos de pessoa de bem, e de garantir a dignidade do título e da população que representa.
As próximas eleições, de novo, dependentes de ajuda internacional, são mais um exercício de baralhar e ficar na mesma. São festas em que tudo e todos entram menos o debate de ideias e projectos. Só servem para os pseudopolíticos sorverem dinheiro em nome da democracia, cujos valores renegam no rescaldo do plebiscito, com a chancela (ou indiferença?) dos parceiros de desenvolvimento e da própria ONU. E mais de quatro dezenas de partidos políticos para tão diminuto eleitorado! Por isso, a haver eleições, ganhe quem ganhar, nós vamos perder sempre!
Conforme já mencionámos, temos um país rico, a começar pelas próprias pessoas, que vivem harmoniosamente no respeito mútuo das diferenças étnicas e culturais, caso único em África e, talvez, no mundo. Além da beleza natural do continente e a singularidade do arquipélago de Bijagós, uma das 200 reservas da biosfera do mundo, somos terra de artistas, escritores e desportistas talentosos. País berço do Kora, temos riqueza cultural e histórica ímpar, com o carnaval mais autêntico do mundo. E, ainda, a diáspora, sem dúvida a franja de população melhor qualificada e preparada, pode desempenhar um papel essencial no desenvolvimento do país.
Como povo, julgamos merecer gente honrada e disposta a servir com sentido de Estado uma nação erguida à custa de muito sangue, suor e lágrimas. Gente capaz de promover a democracia e o progresso, com um ideal nobre e não oportunista.
Por isso, apresentamos uma proposta, que constitui o projecto de uma nova nação, detalhada no documento “O que a Guiné fez dos seus 40 aninhos”, acessível nas redes sociais.
A solução que propomos consiste em estabelecer um Programa de Reforma Institucional e Desenvolvimento, sob a égide da ONU, pelo período de tempo necessário para a refundação do Estado e credibilização das instituições da República, promovendo o tão adiado desenvolvimento económico e social.
No âmbito deste programa, e obedecendo a critérios rigorosos de competência, experiência e idoneidade ética e moral, dever-se-á nomear um representante, guineense, para formar e dirigir o Governo de Refundação do Estado e criar um Parlamento ad hoc, com uma representatividade expressiva da sociedade civil. Dever-se-á ainda constituir uma Comissão de Verdade e Reconciliação, inspirada por Nelson Mandela, como via para sarar feridas profundas que alimentam o ódio; acabar com vinganças recorrentes e com o reino de impunidade, unindo o povo na sua caminhada em busca de paz e progresso.
4. Acreditamos que estabelecido um quadro institucional sólido, a nova nação guineense se pode lançar na empreitada de desenvolvimento, bem delineada no referido documento, podendo alcançar, em dez anos, o patamar de um país de desenvolvimento médio. Ou seja, mais do que se fez em mais de quatro décadas.
Findo o período do programa poderá ser possível lançar as sementes da alternância democrática por via de eleições verdadeiramente livres, justas e transparentes.
Dirigentes da Associação Movimento Cantanhez
publico.pt