terça-feira, 25 de junho de 2019

Cerimonia de entrega das cartas credenciais dos novos Embaixadores acreditados na Guiné-Bissau:

-Sr. Fahad Al-Dosary - Embaixador do Reino da Arábia Saudita;

- Sr. Ahmed Nasir Alkhajeh - Embaixador dos Emirados Árabes Unidos.







Isso foi na França ou em um país da língua francesa?













Videos: Leopold Sedar Domingos 

Fotos: José Mário Vaz - Presidente da Republica da Guiné-Bissau

O representante do secretário Geral das Nações unida na Guiné Bissau Abdel Fatau Musah reunisse com o coordenador do Mandem G 15 para análise da situação politica da actual situação política na Guiné-Bissau








Mandem Bassamar 

Relatório da ONU. Desigualdade e austeridade fomentam doenças mentais

Um relator especial das Nações Unidas afirma que, desde a crise financeira de 2008, as medidas de austeridade, que acentuaram a desigualdade e a exclusão social, foram prejudiciais à saúde mental. E a prescrição de medicamentos pode afigurar-se inadequada, se as doenças forem sobretudo causadas por fatores psicossociais.

Pūras concluiu que a austeridade, a desigualdade e a precariedade laboral são fatores chave para a saúde mental, ou a falta dela | Darren Staples - Reuters

A austeridade afetou milhões de pessoas na Europa. No caso de Portugal, a taxa de desemprego subiu a um nível sem precedentes – 10,9 por cento em 2010 -, os rendimentos das famílias desceram cerca de sete por cento entre 2009 e 2013 e o risco de pobreza aumentou até 2015. 


Mas como pode a desigualdade afetar o corpo e, em concreto, a mente?

Dainius Pūras, relator especial das Nações Unidas para o direito à saúde física e mental, escreveu um novo relatório, no qual explora a relação entre a saúde mental e a desigualdade. Numa entrevista exclusiva ao diário britânico The Guardian, o autor explica os resultados a que chegou. 

Pūras concluiu que a austeridade, a desigualdade e a precariedade laboral são fatores chave para a saúde mental, ou a falta dela. 

A crise financeira de 2008 e as políticas de austeridade que se seguiram contribuíram negativamente para a saúde mental. "As medidas de austeridade não contribuíram de forma positiva para a saúde mental. As pessoas sentem-se inseguras, sentem-se ansiosas, não têm um bem-estar emocional devido a esta situação de insegurança", disse. 

"A desigualdade é um obstáculo chave na saúde mental a nível global. Muitos fatores de risco para uma má saúde mental estão associados a desigualdades nas condições de vida. Muitos fatores de risco estão também relacionados com o impacto corrosivo de ver a vida como algo injusto", escreve no relatório. 

Assim, não serão apenas fatores biológicos ou neurológicos que contribuem para as doenças mentais, mas também fatores psicossociais como a pobreza, a desigualdade, a exclusão social e medidas governamentais.

Uso excessivo de medicação?

"As pessoas vão aos seus médicos para que lhes prescrevam medicação, o que é uma resposta inadequada”. Ao invés, Pūras acredita que os governos deveriam encarregar-se de tratar da pobreza e da desigualdade e que tal "melhoraria a saúde mental". 

De facto, a prescrição de medicamentos para as doenças mentais tem aumentado nas últimas décadas, sobretudo antidepressivos. Pūras argumenta que a justiça social e medidas de combate à desigualdade seriam mais eficazes. "Esta seria a melhor "vacina" contra as doenças mentais e seria muito melhor do que o uso excessivo de medicação psicotrópica", disse.   

Nas últimas décadas, o número de pessoas que sofrem de doenças mentais tem aumentado, designadamente a depressão e a ansiedade, que cresceram 40 por cento nos últimos 30 anos. Atualmente, estima-se que 970 milhões de pessoas sofram de alguma doença mental, um número preocupante.

O relator alerta ainda para a influência da indústria farmacêutica, que diz "disseminar informação tendenciosa acerca da saúde mental". 

Por último, encoraja os governos a adotarem medidas de combate à desigualdade e à exclusão social, assim como uma melhor segurança social e sindicatos mais fortes.

RTP.PT

E-Global - Guiné-Bissau: Cipriano Cassamá na próxima Cimeira da CEDEAO em substituição do ex-Presidente José Mário Vaz ?


Cipriano Cassamá, Presidente da Assembleia Nacional Popular, será convidado pela CEDEAO para representar a Guiné-Bissau na próxima Cimeira de Chefes de Estado da organização, a realizar em Abudja, Nigéria, no próximo fim de semana, soube a e-Global junto de fontes partidárias.

Considerando o vazio constitucional criado pela estratégia presidencial, Cipriano tem agora legitimidade para marcar presença na capital nigeriana na qualidade de Presidente da República interino, depois do mandato de José Mário Vaz ter expirado a 23 de Junho último.

O atual estatuto do Presidente da Assembleia Nacional Popular contribui para adensar o imbróglio político guineense, levando a uma situação de ilegal Presidência bicéfala e a um status quo em que o Presidente da República cessante, José Mário Vaz, continuará a lutar, na ribalta e nos bastidores, pela sua perpetuação no poder. JOMAV tenta presentemente comprometer de forma clara os atores políticos internos com a sua estratégia e ao mesmo tempo enredar a comunidade regional num apoio à violação da Constituição guineense e relativamente aos prazos legais dos mandatos de titulares de órgãos políticos.

José Mário Vaz nomeou Aristides Gomes nos últimos dias do seu mandato, mas não aprovou a lista governamental apresentada pelo Primeiro-Ministro. De acordo com a Constituição Guineense, o Governo só pode ser empossado por um presidente da República em funções,? situação que já não abrange a actual situação de José Mário Vaz.

Ainda que esta situação seja de facto um absurdo legal e político, JOMAV está uma vez mais ciente da incapacidade da comunidade internacional para adotar uma posição comum de força suscitável de por um fim ao desnorte político que se continua a viver na Guiné-Bissau.

© e-Global Notícias em Português

Cinco sinais de que está num relacionamento com a pessoa errada

E foram felizes para sempre... não na maioria dos casos, nem por isso.


Sente que você e o seu companheiro estão sempre a discutir? Já reparou que o relacionamento passou de amor e paixão para desinteresse e competição? Não consegue imaginar ter um futuro com essa pessoa?

Um relacionamento é construído em bases sólidas principalmente quando se trata de confiança e cumplicidade, e sobretudo de compromisso.

Não sente nada disso? Pois, provavelmente trata-se do início do fim...

Cinco sinais de que pode estar num relacionamento com a pessoa errada:

1 – Têm valores fundamentais diferentes

Estamos a falar de questões sérias, que fazem parte de si, e que não podem ser mudadas. Nesse caso, a vontade de casar, de ter filhos ou de ir morar para outro país após a conclusão da faculdade, por exemplo, são questões que interferem bastante no relacionamento do casal.

Quando nenhum dos dois pensa em negociar esses valores, tudo se torna mais complicado e até impossível – se um dos envolvidos sonha em morar na Austrália enquanto o outro não consegue nem cogitar a ideia de ficar longe da família, já sabe: as chances da relação dar certo são realmente pequenas.

2 – Sente que só faz o que ele quer

Se tudo o que dois fazem juntos é escolhido por apenas uma das partes, está na altura de abrir os olhos. Percebe que só vê os filmes que a outra pessoa escolhe, que só come o que ela gosta e que só as opiniões dela importam. Se, além disso tudo, a outra pessoa não vê nada de errado com o faCto da sua submissão, eis mais um grande alerta vermelho.

3 – Não há respeito entre os dois

Falta de respeito é algo que se manifesta de diversas maneiras. Quando há abuso verbal, emocional e comportamento agressivo, a solução é dizer adeus a um relacionamento que é verdadeiramente tóxico. É normal que um casal discuta de vez em quando, mas não é normal quando existem ofensas e muito menos quando há chantagem e agressão física.

4 – O seu parceiro não se preocupa com as suas necessidades emocionais e/ou sexuais

Relacionamentos saudáveis são construídos com base na reciprocidade, e quando sente que a pessoa com quem está simplesmente não se importa com o que sente, é deve sem dúvida alguma repensar a relação. O mesmo vale na hora do sexo: é fundamental que, entre quatro paredes, todos os envolvidos sintam prazer. Nesse sentido, é importante que haja respeito, consentimento, carinho e interesse um no outro.

5 – Não sente que a atenção que tem com o seu parceiro é retribuída

Preocupa-se com ele, com o que ele sente, com o que quer conquistar na vida, com os problemas de família, mas ele não partilha a mesma preocupação com a sua vida? Quando apenas um dos lados está envolvido, tudo se torna mais complicado, e não é difícil que uma das pessoas acabe por adotar a postura de cuidadora da outra – não é difícil, mas também não é o ideal. Novamente, não se esqueça da reciprocidade.

NAOM

Medicamentos tomados por milhões "aumentam risco de demência em 50%"

Os fármacos – conhecidos como anticolinérgicos e vendidos em Portugal – são utilizados para tratar problemas de bexiga, depressão e doença de Parkinson.


Esses medicamentos já foram associados a sintomas de confusão, problemas de memória e a quedas nos idosos.

E agora um estudo da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, revela que indivíduos com mais de 65 anos e que tomam doses elevadas dessas drogas pelo menos durante três anos apresentam uma probabilidade 50% maior de desenvolverem demência.

A sublinhar, que esta associação entre os anticolinérgicos e o aparecimento de doenças degenerativas da mente já havia sido detetada pela Ordem dos Farmacêuticos em Portugal.

Risco de 50%

A líder do estudo, a professora Carol Coupland, afirmou em declarações ao jornal britânico The Independent que os indivíduos de meia idade e com mais anos devem considerar optar por fármacos alternativos sempre que possível.

Acrescentando: “O nosso estudo traz consigo novas provas dos potenciais riscos associados à toma de drogas anticolinérgicas fortes, particularmente anti-depressivos, fármacos antimuscarínicos para a bexiga, drogas para o tratamento de Parkinson e para a epilepsia". 

Um em cada 10 casos de demência são causados por medicação

O estudo publicado no periódico científico JAMA Internal Medicine, analisou os dados médicos de 59 mil pacientes diagnosticados com demência e de 226 mil que não padeciam da condição.

A análise estimou que os medicamentos anticolinérgicos são responsáveis por um em cada dez casos da doença – ou seja por cerca de 20 mil casos por ano apenas no Reino Unido.

Somente ultrapassado pelo consumo de tabaco (fator de risco modificável) relativamente ao risco de desenvolvimento de demência.

As drogas anticolinérgicas ajudam a contrair e a relaxar os músculos. Funcionam ao bloquear um químico de nome acetilcolina, que transmite mensagens e informação para o sistema nervoso.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que milhões de pessoas em todo o mundo tomem a dado momento das suas vidas esse tipo de fármacos.

NAOM

OPINIÃO: POR CARLOS VAMAIN - A propósito da manutenção do Presidente da República em funções

Nos termos do disposto no Artigo 60°, da Constituição da República e da lei complementar Lei nº 10/2013, no seu Artº 3º , n.° 2, e relativo à eleição para Presidente da República e Assembleia Nacional Popular, que fundamentou o Decreto Presidencial relativo à marcação da data das eleições presidenciais, no seu parágrafo 2, dispõe que: " No caso das eleições legislativas e presidenciais não decorrerem da dissolução da ANP e da vacatura de cargo de Presidente da República, as eleições realizam-se entre os 
dias 23 de Outubro a 28 de Novembro do ano correspondente ao termo da legislatura e de mandato presidencial."

E, uma vez marcada a data das presidenciais, nos termos da lei, o Presidente da República, enquanto instituição da República, mantém-se em funções até à realização das eleições e consequente investidura do novo Presidente da República eleito pela Assembleia Nacional Popular.

A única limitação do poder presidencial é a impossibilidade de dissolução da Assembleia Nacional Popular, nos termos do disposto no Artigo 94°, da Constituição da República. Como ele não exerce as funções governativas, não se vislumbra na nossa Lei Fundamental nenhuma outra limitação dos poderes constitucionais do Presidente da República. Pois, caso houvesse estaríamos a limitar igualmente a acção do Governo, caso fosse nomeado antes das eleições presidenciais. Não sendo um Presidente da República interino, deve poder exercer a plenitude dos poderes constitucionais, salvo a limitação do poder de dissolução.

Este é meu contributo para o meu país, com transparência, não podendo tapar o céu com as minhas mãos, pelo simples facto de ter fundamentado esta breve dissertação e partilha de opinião na Constituição e lei da Guiné-Bissau.

Fonte: Alberto Pinto Pereira

CAN 2019 - Grupo F (em Ismaila ) - Chegou o dia: Camarões - Guiné-Bissau, 17:00



Fonte: Braima Darame


PAIGC 2019 - Surgem os primeiros focos de repúdio aos desmandos do Regime JOMAV.


Tendência é de exigência de um presidente interino e pedido de punição do ditador que não cumpriu com as suas obrigações constitucionais.

JOMAV feriu de morte a Constituição e deixou de cumprir acordos internacionais dos quais o nosso país é signatário.

A Soberania Popular irá vencer!

Fonte: PAIGC 2019


Mito ou verdade: O arroz consegue salvar um telemóvel de “afogamento”?

A especialista iFixit explica como o arroz é ótimo para uma refeição, mas ainda agrava mais quando misturado com um dispositivo que “caiu na sanita”…


É praticamente “conhecimento” geral de que quando um smartphone sofre um acidente e cai na água deve correr à dispensa e mergulhá-lo em arroz (cru) para que absorva a humidade do equipamento. É como a ideia popular de que barrar um dedo com manteiga depois de queimadura acidental na cozinha alivia. O facto é que este mito do arroz não só é falso, como o seu efeito é completamente inverso ao pretendido: ainda agrava mais o dispositivo, segundo a especialista em reparações iFixit.

A corrosão é instantânea, mal o telemóvel é molhado e tudo depende dos componentes atingidos, se são importantes ou não para manter o equipamento a trabalhar. Obviamente que manter o telemóvel desligado até se considerar que está totalmente seco é muito importante. E se este ligar, depois de ter sido mergulhado em arroz, é fácil apontar os pequenos grãos como milagrosos, mas acredite que é sorte, e ao que parece, uma sorte temporária, porque a corrosão expande-se por todo o equipamento. Mesmo a trabalhar, as suas juntas soldadas começam a oxidar e a espalhar-se no seu interior.

Mas a iFixit e a especialista em reparações de equipamentos danificados devido a água, Jessa Jones, deixam alguns conselhos vitais para tentar realmente salvar o seu equipamento, com um pouco mais de trabalho do que enterrá-lo no arroz: desligar de imediato o equipamento; sacudir e drenar o máximo de água que conseguir e no caso de equipamentos com bateria amovível retirá-la. Se a bateria tiver sido exposta à água deverá substituí-la.

E caso “não tenha nada a perder”, tente desmontá-lo, removendo a motherboard e outros componentes que pareçam corroídos, exceto a câmara e o ecrã, e mergulhá-los em álcool isopropílico. Por fim, esfregue essas partes, seque o álcool e volte a montar.

Num teste feito pela Gazelle a dispositivos molhados, foram utilizados sete materiais para tentar absorver a água dos componentes, além de simplesmente deixá-lo secar ao ar. O arroz foi o menos eficaz a absorver a água em 24 horas, entre outros como gel de sílica, areia para gatos e flocos de aveia. Nesse teste, os componentes que foram deixados ao ar secaram eficazmente.

E de onde vem então o mito de secar em arroz? Segundo o iFixit, o The Verge investigou a origem e encontrou resposta datada de 1946 quando o arroz, chá ou papel castanho eram sugeridos para manter os componentes das câmaras secas, quando não havia dessecante de sílica à mão. Mas chegou à “cultura popular” quando em 2007, um repórter do The Washington Post escreveu sobre como “salvou” o seu BlackBerry de um mergulho na sanita depois de o colocar em arroz…

noticias.sapo.cv

RUI JORGE SEMEDO: “PAIGC CORRE RISCO DE TER UMA NOVA CRISE INTERNA COM A NOMEAÇAO DE ARISTIDES GOMES”


O analista e sociólogo guineense, Rui Jorge Semedo, disse esta segunda-feira, 24 de junho de 2019, que a escolha de Aristides Gomes para assumir a liderança do executivo da Guiné-Bissau nos próximos quatro anos, pode criar uma nova crise interna no Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

“O PAIGC corre risco logo após este período de nomeação de Aristides Gomes começar a ter roturas, outras fricções que conduzam novamente a guerra desnecessária, porque sabendo como agem os militantes do partido, eu acho que esta estratégia pode constituir um risco para aquilo que o PAIGC quer neste momento que é elevar a coesão interna no partido”, explicou Rui Jorge Semedo.

Jorge Semedo entende que a indicação de Aristides Gomes não se baseou nos pressupostos estatutários da formação política liderado por Domingos Simões Pereira, vencedor das últimas eleições legislativas no país.

O partido referiu no sábado que indiciou o nome de Aristides Gomes para o cargo de primeiro-ministro em “nome da paz” e da estabilidade do país, depois de ver recusado o nome do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, para liderar o Governo.

Numa entrevista concedida á Rádio Jovem e Bombolom FM, Rui Jorge Semedo antevê um período difícil de governação do novo primeiro-ministro devido a um mau relacionamento com dois grandes centrais sindicais, neste caso a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes.

“Aristides Gomes é uma pessoa com enormes problemas, porque não conseguiu dar resposta às greves para salvar ano lectivo nas escolas publicas do país, nesta ótica, o atual primeiro-ministro terá enormes problemas de poder apaziguar a situação e permitir que haja um desempenho que possa resultar numa correção desta situação instável que o país viveu nos últimos tempos”, referiu Jorge Semedo.

O analista e sociólogo guineense sublinhou que Gomes vai ter um desafio enorme nos próximos tempos para resolver os problemas sociais que afetou a franja social guineense nos últimos anos, mas tudo vai depender da nova abordagem que quer assumir após a sua recondução como primeiro-ministro.

O sociólogo formado em França, membro do comité central do PAIGC, já é primeiro-ministro desde Abril de 2018.

O PAIGC venceu as eleições de 10 de março sem conseguir maioria absoluta, elegendo 47 dos 102 deputados do parlamento, mas formou, entretanto, uma coligação com três pequenos partidos, capazes de garantir a estabilidade política do Governo, com um apoio de 54 deputados.

Durante esta entrevista, Jorge Semedo abordou também os cinco anos de mandato de José Mario Vaz, enquanto Chefe de Estado guineense, que terminou este domingo, 23 de junho. Semedo afirmou que durante os cinco anos Jomav nunca esteve á altura de corresponder às expectativas do povo guineense.

Após abertura democrática no país, Mario Vaz foi o primeiro Chefe de Estado a concluir o seu mandato, neste processo de consolidação e estabilização do regime democrático na Guiné-Bissau.


Por: AC

radiojovem.info

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Diz-se que o Presidente da República quer condicionar a nomeação do governo, com a prorrogação do seu mandato... Cabe na cabeça de alguém, no seu perfeito juízo?

Por Fernando Casimiro 

Penso que a Comunicação Social (nacional e internacional) deveria agir com mais profissionalismo, mais rigor, isenção, transparência e imparcialidade, sobre as publicações relativas ao envio ou não da carta/proposta de nomeação do Governo, pelo Primeiro-ministro, ao Presidente da República.

Se oficialmente, o Primeiro-ministro empossado por estes dias não deu a conhecer o teor de nenhuma correspondência trocada com o Presidente da República, a respeito da formação/nomeação e empossamento do novo Governo, e da Presidência da República também não houve nenhum comunicado a esse respeito, por que razão a Comunicação Social (nacional e internacional) não solicita entrevistas aos departamentos de comunicação e informação, quer do Primeiro-ministro, quer do Presidente da República, para esclarecimento da situação, com dados concretos?

Diz-se que o Presidente da República quer condicionar a nomeação do governo, com a prorrogação do seu mandato... Cabe na cabeça de alguém, no seu perfeito juízo?

Diz-se que o Presidente da República teria exigido algumas pastas governamentais para nomear pessoas da sua confiança. Há algum documento oficioso sobre essa exigência, que possa ser partilhada para que todos fiquemos a saber que assim foi?

A Imprensa (quiçá, os órgãos de Comunicação Social), tem a responsabilidade de ajudar a sustentar/cimentar a Paz política e social num País frágil e volátil como a Guiné-Bissau!

Tem a responsabilidade de informar/esclarecer as populações, de forma honesta, transparente, imparcial.

Vamos ser todos um pouco que seja, mais responsáveis e evitar de "pôr mais lenha na fogueira"...?

Positiva e construtivamente.

Didinho 24.06.2019


Geólogos norte-americanos descobrem reservatório de água doce escondido no Atlântico

Os investigadores acreditam que esta reserva pode ser um recurso para as áreas mais secas e que este estudo indica a possibilidade da existência destas formações em outras partes do mundo.


Se estivesse na superfície, criava um lago que cobriria cerca de 40 mil quilómetros quadrados. Um grupo de geólogos da Universidade de Columbia descobriu um reservatório de água doce escondido sob as águas do Oceano Atlântico, que se estende desde a costa de Massachusetts até New Jersey, nos Estados Unidos. O estudo, publicado na Scientific Reports, sugere que esta pode ser a maior maior formação deste tipo já encontrada e indica também a possibilidade de que formações semelhantes possam existir em outras partes do mundo.

Os investigadores acreditam ainda que este reservatório pode ser um recurso para as áreas mais secas que precisam de água, mas avisam: “A utilização destas águas subterrâneas exige a dessalinização e os seus efeitos devem ser considerados antes da extração”, lê-se no artigo publicado. Até porque a água não é completamente doce e, por isso, contém algumas concentrações de sal que teriam de ser retiradas.

Foi através de “medidas inovadoras de ondas eletromagnéticas” para mapear a água no subsolo marinho que os investigadores conseguiram chegar a este resultado, em zonas que muitas vezes permaneceram invisíveis a outras tecnologias, lê-se no comunicado de imprensa enviado pela Universidade de Columbia. Segundo o geólogo Chloe Gustafson, os investigadores “sabiam que existia água doce por baixo de locais isolados”, mas não sabiam “a sua extensão ou geometria”.

Os investigadores acreditam ainda que este reservatório pode ser um recurso para as áreas mais secas que precisam de água (Imagem: Gustafson et al)

As primeiras pistas deste aquífero, contam os investigadores, surgiram em 1970, quando algumas empresas que exploravam petróleo no litoral encontraram vestígios de água doce. Os cientistas debatiam se era apenas um caso isolado ou algo maior. Por isso, durante 10 dias, atiraram recetores para o fundo do mar com o objetivo de medir os campos eletromagnéticos que se encontravam por baixo e a que grau é que fenómenos naturais como os ventos solares e os raios ressoavam através deles. Ao mesmo tempo, um aparelho emitia também pulsos eletromagnéticos para registar o mesmo tipo de reações no subsolo.

Ambos os métodos, refere o comunicado, funcionam de uma forma simples: a água salgada é um melhor condutor de ondas eletromagnéticas do que água doce e, por isso, a água doce destacou-se como uma banda de baixa conduta. Os resultados mostram que estes depósitos não estavam divididos e que são mais ou menos contínuos, começando na costa e estendendo-se para dentro da plataforma continental. Os investigadores falam num “aquífero contínuo de mais de 350 quilómetros na costa atlântica dos Estados Unidos e com cerca de 2,8 mil quilómetros cúbicos de baixa salinidade”.

observador.pt

PAIGC 2019 - Domingos Simões Pereira encontra o representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau.

A crise política no País foi aprofundada após o irresponsável JOMAV ter concluído o mandato sem que cumprisse a obrigação do cargo de nomear o novo Governo.

Agora é a hora do resgate da Soberania Popular.
Povo cansa!





PAIGC 2019

Guiné-Bissau: Presidente-cessante? condiciona formação do Governo à prorrogação do seu mandato

José Mário Vaz

O Presidente-cessante da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pode estar a condicionar a formação do novo Governo à prorrogação do seu mandato até as eleições presidenciais.

A notícia é publicada pela e-Global, que cita uma fonte partidária, segundo a qual “José Mário Vaz quer ter plenos poderes até ao fim”.

As eleições estão agendadas para 24 de Novembro deste ano. ​

Esta posição surge após um longo impasse que terminou com a indicação de Aristides Gomes para o cargo de Primeiro-ministro, na semana passada.

Nomeado a 22 de junho, através e um decreto presidencial, Aristides Gomes, entregou ao Presidente, José Mário Vaz, a lista completa do seu elenco governamental, mas, este, não procedeu as respectivas nomeações.

O mandato de José Mário Vaz terminou este domingo, 23. Em função disso, os seus poderes são limitados, conforme determina a Constituição da República.

Por Lassana Cassamá  

VOA

PAIGC ADVERTE QUE NÃO RECEBEU AVISO DA CEDEAO PARA VIABILIZAR NOME DE SATU CAMARA

Na sessão de hoje o PAIGC adverte que não irá votar Satu Camara, deputada escolhida por Madem-G15 para ocupar lugar de segundo vice-presidente. 

Também não vão devolver lugar de primeiro-secretário para PRS, porque não foram recomendados pela CEDEAO.

Fonte: O PAÍS

DENÚNCIA CONTRA UM DEPUTADO DA NAÇÃO.

Aqui temos mais uma prova que a cúpula do PAIGC e a coligação que têm com o ninho de cobras "APU". 

Veja-mos bem, o cidadão Umaro Conte em 2017 fez uma dívida no valor de 150 milhões de fcf, para com um sr. Rui Silva empresário, de nacionalidade portuguesa residente em Bissau a mais de 8 anos. 

Até a data presente não liquidou a dívida dele, a ponto de terem chegado a vias judiciais, onde o tribunal deu ao Sr.Rui um arresto no passado dia 13, de junho que fosse recuperar sacas de caju no armazém do deputado Umaro Conte. Isso mesmo, já deputado da nação, o deputado pura e simplesmente se recusou a deixá-lo entrar, alegando de que é deputado e tem imunidade. Vejam bem até que ponto alguns deputados da nação tentam abusar do poder... 

Um deputado têm imunidades é verdade mas não pode ser irresponsável, é uma dívida comercial que uma vêz assumida pelo deputado Umaro Conte so lhe resta pagar,é um dever cívico cobrar, como tbm é um dever cívico pagar sr.deputado. Também tivemos informações que o ministério de interior se tentou envolver no caso, so queríamos vos informar que não compete ao ministério do interior,então deixem o comissário da polícia fazer o seu trabalho. 

Um deputado da nação ao em vêz de tirar partido no bom sentido de defender e fazer cumprir as leis, não, os cidadãos é que viram alvos a abater. Esses comportamentos burlistas têm de ser derrotados. Voltaremos com mais informações sobre este caso e a coligação viciada do PAIGC e APU. Um bem haja a nossa Guiné.🇬🇼




Fonte: R Kelly R Kelly Sané

Comunidade Económica da África Ocidental quer moeda única em 2020

Os 15 países da CEDEAO reafirmaram esta segunda-feira, em Abidjan, o objetivo de lançar uma moeda única em 2020, apesar dos “desafios” deste projeto pensado há 30 anos.


Os 15 países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reafirmaram esta segunda-feira, em Abidjan, o objetivo de lançar uma moeda única em 2020, apesar dos “desafios” deste projeto pensado há 30 anos.

A moeda única da CEDEAO, pensada há 30 anos, substituirá o franco CFA e outras sete moedas nacionais dos países-membros da CEDEAO, uma multiplicidade que dificulta as trocas comerciais.

A reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais dos 15 países da CEDEAO, na capital da Costa do Marfim, “marca um importante ponto de viragem no estabelecimento da moeda única”, disse hoje na abertura da reunião o presidente da Comissão da CEDEAO, Jean-Claude Brou.

Citado pela agência France Presse (AFP), Jean-Claude Brou acrescentou que este é um “projeto lançado pelos pais fundadores da CEDEAO” e que tem “o objetivo final da integração”.

Os governantes da CEDEAO pediram para acelerar este projeto de alcançar em 2020 a moeda única,frisou.

O ministro da Economia e Finanças da Costa do Marfim, Adama Kone, disse que há uma vontade política para o lançamento da moeda comum, afirmando que “a moeda única não é mais uma utopia tecnocrática”, mas alertou que “a estrada à frente está repleta de muitos desafios”.

“Resta eliminar os obstáculos à livre circulação de bens, capital e pessoas”, acrescentou.

O presidente da Comissão de CEDEAO, Jean-Claude Brou, disse que o nome e o símbolo da futura moeda única devem ser confirmados esta terça-feira e que os especialistas também devem discutir a “escolha do regime cambial” e o “modelo do banco central”.

A ideia será transmitida aos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO na próxima reunião em Abuja, Nigéria, no dia 29 de junho.

O franco CFA é objeto de uma controvérsia recorrente entre os seus defensores, que enfatizam a sua estabilidade, e os seus detratores, que dizem que é uma moeda “neocolonialista”.

Fundada em 1975, a CEDEAO conta hoje com 15 países – incluindo os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau -, com uma população total de 300 milhões, dos quais 180 são da Nigéria.

Em declarações à France Presse, um especialista financeiro da África Ocidental disse que uma moeda única não é alcançável a curto prazo, mas considerou que o estabelecimento de uma “moeda comum para empresas e instituições é concebível”, se for seguido o modelo da ‘ecu’, a unidade de conta europeia que precedeu o euro.

“Nós não fazemos uma moeda única com base na vizinhança simples, precisamos de uma convergência mínima de economias, mesmo uma complementaridade, que não existe hoje”, salientou.

jornaleconomico.sapo.pt

Greve Função Publica - Secretário-geral da UNTG pede aos trabalhadores para acompanhar Centrais Sindicais na 8ª ronda de paralisações.

Bissau, 24 Jun 19 (ANG) - O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG), pediu hoje aos funcionários públicos para acompanharem as duas Centrais Sindicais na oitava vaga de greve  a observar entre 25 e 27 de junho, uma vez que a luta é para defender os interesses da classe.

Júlio Mendonça em entrevista à ANG disse que independentemente dos “teatros políticos” dos últimos dias, os sindicatos vão fazer o seu papel, tendo salientado que não depende deles a escolha de quem vai governar, mas que contudo vão se relacionar com qualquer um que esteja a exercer as funções governativas.

“Se esta pessoa quer ou não, deve nos ouvir e se não o fizer a Lei nos reserva os mecanismos para que sejamos ouvidos e segundo ele, o propósito divino não falha uma vez que o Primeiro-ministro Aristides Gomes foi reconduzido, e que tinha todo tempo deste mundo para se sentar com os sindicatos para discutirem seriamente sobre os 47 pontos que constam no Caderno Reivindicativo dos sindicatos”, disse.

Mendonça frisou que as paralisações, que podiam ser evitadas,ocorrem devido ao comportamento de Aristides Gomes, como Chefe de Governo  virou costas  ao diálogo com as Centrais Sindicais fazendo com que o ano lectivo 2018/19 esteja comprometido ou quase nulo.

O Secretario-geral da UNTG disse que a luta da sua organização e da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-G-B), é para ajudar a organizar o Estado, cumprindo o que a Lei diz e mais nada.

“Já falamos em várias ocasiões que esta luta não vai parar enquanto os objectivos preconizados não forem atingidos. Por isso, pedimos que o comportamento do Primeiro-ministro, seja outra em relação aos Centrais Sindicais e trabalhadores guineenses em geral porque a sua missão desta vez é de governar o país e não apenas de realizar  eleições como outrora justificava”, frisou.

Questionado se esperam uma mudança de atitude do Chefe do Governo, Mendonça disse que como diz um ditado popular, de que “só o burro é que não muda de posição”, salientando que um ser humano como ser racional que pensa, analisa e realiza, julga-se que deve mudar a sua postura no relacionamento com os parceiros sociais, se quiser continuar a governar para atingir os objectivos traçados no programa do PAIGC denominada “Terra Ranka”.

Sobre o benefício de dúvida ao primeiro-ministro empossado, uma vez que ainda não formou o elenco governamental, frisou que no país as pessoas que devem fazer isso são os próprios governantes ou seja já passaram 45 anos em que os trabalhadores guineenses deram benefício de incerteza aos sucessivos governos, e aos políticos, salientando que chegou a hora de mudar o paradigma das coisas.

“As paralisações que iniciaram desde o mês de Maio, não vão parar porque felizmente o Chefe de Governo continua nas funções. Temos mais razões de continuar a nossa luta uma vez que conhece muito bem o dossier das reivindicações e se nada mudar estamos prontos para fazer greve até acabar a décima legislatura ora iniciada“, vincou. 

ANG/MSC/ÂC//SG

A melhor escolta presidencial da África | República do Congo, África central



Informados exigem o Presidente cessante para abandonar o Palácio da República


Os marchantes querem que o Presidente do Parlamento assuma interinamente a Presidência até a realização das eleições em Novembro.

José Mário Vaz terminou ontem, domingo (23) o seu mandato de cinco anos.

Mario Vaz, sob a pressão da CEDEAO, já empossou o Primeiro-ministro resultante das eleições legislativas, mas não oficializou o elenco governamental propostado pelo Chefe do Governo, Aristides Gomes.

Aliu Cande

Jorge Herbert - A fuga em frente do PAIGC, por ter se apercebido da fragilidade da sua maioria parlamentar... DSP não parará enquanto não provocar a intervenção militar na Guiné-Bissau...

Aos militares e civis guineenses, se tiver de haver guerra, que haja contra quem seja (Ecomib ou qualquer outra força militar externa), porque também outros tombaram para a nossa soberania e não podemos agora hipotecá-lo por interesses externos e de determinados Honórios Barretos.

Está cada vez mais a ficar claro a razão da diabolização da figura de José Mário Vaz, um patriota que não aceita hipotecar a soberania do seu país aos interesses externos...


Por Jorge Herbert

Mulheres de varios circulos solidarizam-se com o Coordenador Nacional de MADEM-G15



Fonte: Sarathou Nabian 

URGENTE! - GUINEENSES, depois de muitas inquietações, imbróglio em todo país, GUINÉ-BISSAU já tem um novo PRIMEIRO MINISTRO que vai liderar um executivo brevemente.

Por Bidam Sulé Sumba Sumba 

Ora bem, nosso país é um país muito rico em toda área, mas poucos sabem de isso, porque alguns GUINEENSES ainda não conseguem enxergar essa realidade.

Então, pergunto que tipos de homens teremos nesse executivo!?

GUINÉ-BISSAU é um país sem noção de justiça, é um país que muitos crimes continuam impune, é um país que um homem de estado rouba milhões no cofre de estado é deixado impune, é um país que homens da justiça são comprados por apenas uma bolha de moedas...

GUINEENSES, nossa missão de vencer o mal na GUINÉ-BISSAU ainda não terminou, é porque a impasse na nossa economia ainda não terminou, vamos todos fiscalizar nossa economia para que possamos saborear nossa TERRA.

Cidadãos da pátria do Líder Imortal Amílcar Lopes Cabral, estou muito preocupado e bem duvidoso com destino da GUINÉ-BISSAU!

Por esta razão vim lançar algumas perguntas por aqui.

1- Porquê quando um MINISTRO surrupiar (roubar...) dinheiro do estado não é demitido da sua função e colocado na Justiça e posteriormente para prisão perpetua?

2- Na GUINÉ-BISSAU, porquê antes do um simples cidadão tomar posse para representar povo em qualquer função do estado da GUINÉ-BISSAU não é confiscado seus bens antes de assumir essa função?

3- Porquê Tribunal de Contas da GUINÉ-BISSAU nos últimos tempos apresenta papel negativo nas funções que a lei lhe confere, que é de fiscalizar qualquer movimentação do DINHEIRO do estado da GUINÉ-BISSAU?

POVU DI NHA TERRA NÔ YABRI UJUS!
SI NÔ DISKUDA É NA KABA NÔ DINHEIRO TUDU!

KASAS NA KUMPUDU NA TUDU PARTI DI MUNDO KU NÔ DINHEIRO.

MINJERIS NA MORANTADU NA TUDU BAIRROS DI BISSAU KU EUROPA KU NÔ DINHEIRO!

KA NÔ DISKUDA, UJUS RIBA DELES.
QUALQUER ALGUIM DI ESTADU KU FURTA NÔ DINHEIRO NO SAI NA RUA PA REVINDIKA PA JUSTIÇA PUL NA KALABUS.

CRUPTOS SE LUGAR I NA KALABUS!.


Na Suíça, deputado não tem benefícios e ganha menos do que professor

No Brasil, o salário de um deputado estadual chega a R$ 25.300 (CFA 3.813.236.82) por mês em São Paulo, por exemplo


GENEBRA, NA SUÍÇA. A REGIÃO É UMA DAS MAIS RICAS DO MUNDO (FOTO: SHUTTERSTOCK)

Guy Mettan, deputado e ex-presidente do Parlamento de Genebra, chega à sede do Poder Legislativo do cantão suíço em sua scooter. Não tem carro oficial. Tampouco tem uma vaga reservada apenas para ele diante do prédio histórico no centro da cidade.

Por vezes, Mettan confessa que vai ao trabalho com um motorista - o que conduz o ônibus público da cidade. Deputado já por 18 anos consecutivos, Mettan levou a reportagem aos corredores do Grand Conseil, o nome dado ao Parlamento do Cantão.

A região é uma das mais ricas do mundo, tem uma taxa de desemprego de 5,3% e é um dos pilares de um sistema financeiro que guarda em seus cofres trilhões de dólares. Genebra, de forma insistente, entra em todas as listas das cidades mais caras do mundo há anos. Mas, para não atrapalhar o emprego dos cem representantes do povo, as sessões do Parlamento são todas organizadas no final da tarde, quando o expediente já terminou.

Não apenas o deputado ordinário não conta com um carro oficial, mas tampouco é beneficiado por qualquer tipo de transporte. Uma exceção é feita ao presidente do Parlamento que, caso esteja indo a um evento oficial, tem o direito de usar um veículo oficial. Mas apenas se ele for à reunião na condição de presidente da Câmara e não a título pessoal.

O auxílio-moradia não faz parte dos benefícios. Ao final de quatro anos de mandato, os deputados não ganham uma aposentadoria. Durante anos no "poder", não podem contratar parentes e ganham um voucher para fazer duas refeições por mês. Cada uma delas de 40 francos suíços (R$ 137,00). "Dá para uma pizza e um copo de vinho", brinca Mettan.

Na melhor das hipóteses, um deputado em Genebra vai somar um salário anual de 50 mil francos suíços (o equivalente a R$ 172 mil), cerca de 4,1 mil francos por mês. Isso se ele for o presidente do Parlamento e comparecer a todas às sessões. O cálculo de quanto Mettan e todos os demais recebem a cada mês é feito por hora. "Se você vem, você recebe. Se não, não recebe", disse o deputado, que conta que precisa assinar com seu próprio punho uma lista de presença a cada reunião.

Transformado em reais, o valor pode ate parecer elevado. Mas, hoje, o pagamento ao presidente do Parlamento de Genebra é inferior à média de um salário de um fabricante de queijo, menor que a renda de um mecânico de carros na Suíça, de uma secretária, de um policial, de um carpinteiro, de uma professora de jardim de infância, de um metalúrgico e de um motorista de caminhão. Ele, porém, é equivalente ao salário médio de um açougueiro da cidade alpina.

Para um deputado "ordinário", o salário é muito inferior ao do presidente do Parlamento. Por ano, eles chegam a receber cerca de 30 mil francos suíços, o equivalente ao pagamento médio atribuído a um artista de circo ou a um ajudante de cozinha, postos ocupados em grande parte por imigrantes.

No Brasil, o salário de um deputado estadual chega a R$ 25.300 por mês em São Paulo, por exemplo. Além disso, os parlamentares brasileiros têm direito a uma verba mensal (o chamado "cotão"), que pode superar R$ 30 mil, para custeio de gastos de alimentação, transporte, passagens aéreas e despesas de escritório.

Empregos originais

Mettan explica que a função de deputado consome apenas 25% do seu tempo de trabalho e que, por conta do salário baixo, todos são orientados a manter seus empregos originais, mesmo depois de eleitos. "Na Suíça, a política é considerada como um envolvimento popular", explicou. "É um sistema de milícia. Ou seja, não é um sistema profissional. Somos obrigados a ter um emprego paralelo, de ter uma profissão paralela. Não se pode viver com essa indenização", admitiu o deputado suíço. "Não existe deputado profissional", completou ele.