quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A Rada suprema (parlamento) da Ucrânia aprovou hoje uma moção que pede aos governos e parlamentos de países estrangeiros para não reconhecerem as eleições que as autoridades russas pretendem organizar nas regiões separatistas parcialmente ocupadas.

© Reuters

POR LUSA   09/08/23 

 Parlamento ucraniano pede rejeição de eleições em regiões ocupadas

A Rada suprema (parlamento) da Ucrânia aprovou hoje uma moção que pede aos governos e parlamentos de países estrangeiros para não reconhecerem as eleições que as autoridades russas pretendem organizar nas regiões separatistas parcialmente ocupadas.

A Rússia converteu o seu sistema eleitoral "numa ferramenta para justificar a agressão armada contra o país vizinho e a legalização da anexação ilegal dos territórios ocupados de forma temporária e para esmorecer a confiança nas instituições democráticas", indica a moção e numa referência às províncias de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

O texto solicita aos Estados e organizações internacionais que não reconheçam a legitimidade das eleições, previstas para 10 de setembro, nem de qualquer organismo público com representantes eleitos neste processo.

A Rada também pretende que sejam ignoradas as possíveis petições para o envio de observadores aos territórios do leste e sul da Ucrânia sob controlo russo.

A moção foi aprovada com os votos a favor de 287 deputados (num total de 403), informou através do canal Telegram o deputado Yaroslav Zheleznyak, do partido Voz.

A Rússia tem agendadas para 10 de setembro eleições legislativas, regionais e municipais e que abrangem as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, controladas pelas autoridades locais separatistas russófonas e que em setembro passado foram anexadas à Rússia após referendos contestados internacionalmente.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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