domingo, 9 de julho de 2023

Pelo menos 24 mortos por homens armados em aldeias no centro da Nigéria

© Getty Images

POR LUSA   09/07/23 

Pelo menos 24 pessoas morreram no sábado num ataque perpetrado por homens armados contra duas aldeias do estado de Benue, no centro da Nigéria, afirmou hoje uma organização da sociedade civil.

Ongu Anngu, presidente do Benue Youth Congress, disse hoje à agência EFE que um grande número de homens armados invadiu as aldeias de Zaki Apouma e Diom, pertencentes à área do governo local, na manhã de sábado.

"Eram cerca de 30, entraram nas duas comunidades a disparar e mataram 24 dos nossos. Recuperámos os corpos de algumas das vítimas e estamos a tentar recuperar mais corpos", disse à EFE, por telefone.

Anngu explicou que os agressores também incendiaram várias casas e destruíram plantações.

"Ultimamente, o estado tornou-se um campo de extermínio e muitas pessoas inocentes morreram prematuramente nas mãos desses agressores", acrescentou.

Catherine Anene, porta-voz da Polícia Estadual de Benue, também confirmou o incidente causado por "um bando de milicianos" na noite de sábado, mas disse que apenas oito corpos foram recuperados após o ataque e que "muitas outras pessoas feridas foram transferidas para o hospital".

"Depois de receber esta informação, as equipas policiais, em colaboração com outros órgãos de segurança, confrontaram estes bandidos, que foram finalmente repelidos", disse à imprensa, assegurando que "a operação continua".

Alguns estados nigerianos - especialmente no centro e noroeste do país - sofrem ataques incessantes de "bandidos", termo usado no país para nomear quadrilhas criminosas que cometem roubos e sequestros em massa para grandes resgates.

O estado de Benue, um dos principais produtores de alimentos da Nigéria, tem registado nos últimos anos violência entre agricultores locais, predominantemente cristãos, e pastores Fulani, muçulmanos, devido à escassez de terras e recursos.

A esta insegurança junta-se a causada desde 2009 pela atividade do grupo jihadista Boko Haram no nordeste do país e, a partir de 2016, também pelo Estado Islâmico.


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