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Por LUSA 23/06/22
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, anunciou hoje a chegada de lança-foguetes norte-americanos Himars à Ucrânia, armas poderosas que foram pedidas a Washington e aliados para enfrentar a invasão russa.
"Os Himars chegaram à Ucrânia. Obrigado ao meu colega e amigo Lloyd Austin [o homólogo norte-americano] por estes poderosos instrumentos", congratulou-se Reznikov na rede social Twitter, acompanhando a sua mensagem com uma foto deste sistema de lança-foguetes móvel montado em blindados ligeiros.
"O verão será quente para os ocupantes russos. E para alguns deles, certamente o último", disse, sem precisar quantos Himars foram entregues pelos norte-americanos.
No início de junho, os Estados Unidos tinham anunciado que iam fornecer à Ucrânia os sistemas Himars (High Mobility Artillery Rocket System) com um alcance de 80 quilómetros.
Apesar de não serem sistemas de longo alcance, de várias centenas de quilómetros, que também integram o arsenal do exército dos EUA, são armas poderosas e de alta precisão, consideradas mais eficazes face às que possui o exército russo.
Joe Biden indicou na ocasião que estes sistemas de míssil "permitem atingir com mais precisão objetivos chave no campo de batalha na Ucrânia", adiantando que tinha garantias de Kiev de que não seriam utilizados "para atingir território russo".
Desde o início do conflito, o Presidente norte-americano demonstrou alguma contenção sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, para não fornecer argumentos que permitissem acusar os Estados Unidos de serem co-beligerantes.
Kiev, que já recebeu morteiros norte-americanos, tem exigido "armas poderosas" e "pesadas" para repelir a ofensiva russa no Donbass (leste).
Na terça-feira, Reznikov anunciou a chegada de canhões automotores alemães Panzerhaubitze 2000, após o envio nas últimas semanas de 12 Caesar (camiões com um sistema de artilharia) franceses e quando se aguardam outros seis prometidos por Emmanuel Macron durante a sua visita à capital ucraniana em 16 de junho.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia já matou 4.662 civis, de acordo com dados da ONU, que sublinha que os números reais poderão ser muito superiores. O conflito levou ainda à fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas, 7,7 milhões das quais para os países vizinhos.
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