quinta-feira, 23 de junho de 2022

Impedido de viajar: LÍDER DO PAIGC DEFENDE TESE DE DOUTORAMENTO VIRTUALMENTE

 JORNAL ODEMOCRATA  23/06/2022

O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, defendeu esta quinta-feira, 23 de junho de 2022, no Centro Cultural Português, a sua tese de doutoramento de forma virtual por estar impedido de sair do país. 

“Antes demais dar aqui os meus agradecimentos a todos os que me acompanharam, à embaixada de Portugal, ao embaixador que se disponibilizou e que assim permitiu superar uma situação que era confrangedora, ou seja, tinha a marcação da defesa para o dia de hoje e não tive autorização para deixar o país e corria o risco de não poder defender a minha tese”, afirmou Domingos Simões Pereira. 

O líder do PAIGC falava aos jornalistas no Centro Cultural Português, em Bissau, no final da defesa da tese, na qual obteve 19 valores, “dedicada à questão da democracia liberal nos contextos da África subsaariana e especificamente da Guiné-Bissau”, explicou. 

“Levei para a tese todas as minhas interrogações, que eu penso que são interrogações de todos os guineenses. Todos queremos perceber porquê que este ciclo de crises impede o crescimento e por via desse não crescimento não atingimos a via da democracia”, afirmou Domingos Simões Pereira.  

O líder do PAIGC explicou que encontrou “várias asserções que indicavam que África não é propensa a regimes do tipo democrático e democrático liberal”. 

“Foi muito interessante visitar vários politólogos, antropólogos e filósofos que demonstraram claramente que isso não correspondia à verdade e que era uma questão de escolhas, quem faz más escolhas não pode ter bons resultados”, salientou. 

O Ministério Público da Guiné-Bissau impôs a obrigação de permanência no país ao deputado e líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), apesar de a Assembleia Nacional Popular se ter recusado a levantar a sua imunidade parlamentar. 

Em 2021, na sequência do pedido, a comissão de ética do parlamento decidiu unanimemente não levantar a imunidade do líder do PAIGC por falta de existência de elementos suficientes.

In lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário