Bissau, 12 Mar 21 (ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde disse que voltou de espirito aberto, pretendendo contribuir para, em conjunto, se construir um espaço de entendimento para relançar o país.
O avião que transportou o líder do PAIGC e a sua esposa aterrou no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, às 13h 13 minutos, hora local.
Na sua primeira declaração à imprensa, algumas horas após a sua chegada ao país e na sede do PAIGC, disse estar profundamente chocado e que é importante dizer aos guineenses, que não são as forças policiais que regulam a vida dos guineenses mas sim as normas, e que as forças policiais ao exigir o cumprimento da lei têm que dizer de que lei se trata.
Criticou que há uso indiscriminado e completamente desproporcional de força policial que diz ser “absolutamente gratuita”.
“Nos estamos num país, numa sociedade em que todos nós, enquanto cidadãos, temos direitos e esses direitos têm que ser observados e respeitados”, disse.
Domingos Simões Pereira disse que está profundamente atingido, porque testemunhou, de forma directa, a agressão de um jornalista, um cidadão, um irmão deste país, como se trata-se de um animal, situação que diz não poder tolerar.
“Se o povo guineense aceitar isso, é porque está-se a escrever uma página negra da historia guineense”, referiu e diz que não vai fazer parte dessa história, enquanto líder de um partido histórico.
Simões pereira regressa depois de estar ausente no estrangeiro durante um ano.
Explicou que atrasou o seu regresso por três razões: “a primeira tem a ver com a questão da pandemia, entendi que não era necessário regressar e se submeter às mesmas restrições, o segundo, entendo que era preciso trabalhar e o terceiro é porque naquela altura, o meu regresso podia não contribuir para a estabilidade e paz no país”.
“Por não querer se interferir no trabalho do Supremo Tribunal de Justiça que estava a dirimir um contencioso eleitoral, quis aguardar que esta instância decida em liberdade e isso deu a oportunidade de testemunhar, à distância, as interferências que houve para se decidir a favor de um candidato” ,acrescentou.
O líder do PAIGC disse que, considerado que todas essas questões estão ultrapassadas, voltou ao país de carne , osso e alma, para aquilo que a Nação guineense entende que pode ser a sua missão.
.Simões Pereira anunciou para os próximos dias reuniões de estruturas do partido para ter informações sobre a situação politica do país.
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