sábado, 2 de dezembro de 2017

Doenças cardiovasculares na Guiné-Bissau estão a ganhar "proporções alarmantes" - Governo

O Ministro da Saúde da Guiné-Bissau, Carlitos Barai, alertou hoje que as doenças cardiovasculares no país estão a ganhar uma "proporção alarmante" e que as pessoas devem de ter uma alimentação mais saudável.


"Este problema está a ganhar uma proporção alarmante no nosso país e há necessidade de o Ministério da Saúde fazer campanhas de sensibilização junto das populações quanto ao uso do sal e comer menos produtos que possam causar problemas cardiovasculares", afirmou.

O ministro falava no I Congresso Luso-Guineense sobre Doenças Cardiovasculares, que decorreu em Bissau, organizado pelo Hospital Principal Militar e a empresa portuguesa Jaba Recordati.

O ministro da Defesa guineense, Eduardo Sanhá, que participou no congresso em substituição do Presidente guineense, José Mário Vaz, explicou que 64% das pessoas com casos de AVC que deram entrada no Hospital Principal Militar em 2016 morreram.

"Este indicador alarmante deve constituir uma preocupação para ser reduzido a curto e médio prazo", disse.

Sublinhando que na Guiné-Bissau se assiste anualmente a uma subida drástica daquelas doenças, o ministro da Defesa alertou para o facto de no país a "capacidade de resposta" ser limitada e os "meios de diagnóstico permanecerem deficitários o que se traduz na crescente perda de vidas humanas".

No final do congresso, a Jaba Recordati apresentou uma bolsa para incentivar a investigação de médicos guineenses a trabalhar na Guiné-Bissau.

"A data de candidatura à bolsa vai ser feita na página da Internet da Jaba Recordati a partir de 15 de janeiro de 2018", disse José Querido, da empresa portuguesa da área da indústria farmacêutica.

Segundo José Querido, trata-se de uma bolsa de investigação na área cardiovascular e apenas para "médicos a trabalhar na Guiné-Bissau".

"Queremos incentivar os jovens médicos que existem, excelentes médicos e a precisarem de apoio e vamos incentivá-los a investigarem nesta área que é preocupante", disse.

MSE // MCL
Lusa/Fim

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