O Ministro das Finanças guineense, João Fadiá, lamentou hoje a decisão da União Nacional de Trabalhos da Guiné-Bissau (UNTG) de fazer uma greve geral de três dias para reivindicar um reajuste salarial.
"Lamentavelmente, chegámos a este ponto. Houve uma reunião da concertação social e a central sindical, UNTG, foi informada de que há uma comissão formada pelos ministérios das Finanças e da Função Pública que está a trabalhar nas tabelas salariais existentes com vista ao reajuste", explicou o ministro das Finanças.
A UNTG, central sindical guineense, convocou três dias de greve na Função Pública, que terminam quinta-feira, para reivindicar um reajuste salarial dos funcionários públicos.
Segundo o ministro, a comissão está a trabalhar desde maio e o trabalho que estão a fazer tem de ter sustentabilidade e não se faz de "um dia para o outro".
"Eu lamento de facto que está situação esteja a ocorrer. A adesão da greve no meu Ministério é quase nula e isto também mostra a credibilidade do próprio sindicato", afirmou João Fadiá.
O ministro considerou também que todos querem melhores salários, mas que todos sabem a "situação caótica em que se encontra a função pública" do país.
"Há pessoal a mais, é bom que se diga, e hoje a fatura salarial da Guiné-Bissau está perto de quatro mil milhões de francos cfa (cerca de seis milhões de euros). É insustentável", disse, sublinhando que o Governo está a fazer esforços e aberto para dialogar.
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