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POR LUSA 01/09/23
As autoridades ucranianas receberam hoje ameaças de bombas em escolas de Kyiv, no primeiro dia do novo ano letivo na Ucrânia, com aulas presenciais, à distância ou em formato híbrido para quase quatro milhões de alunos.
"Recebemos informações sobre a presença de bombas em escolas de Kyiv (...) Todos os estabelecimentos de ensino são controlados pelas forças policiais" na capital ucraniana, disse a polícia nas redes sociais, citada pela agência francesa AFP.
Trata-se do segundo ano letivo em que as aulas decorrem num ambiente de guerra, iniciada com a invasão do país pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Apesar de os combates ocorrerem no leste e no sul da Ucrânia, as principais cidades longe da linha da frente são também regularmente atingidas por mísseis russos ou ataques de 'drones' (aparelhos sem tripulação).
"A nação preservou a possibilidade de as crianças frequentarem as escolas ucranianas", congratulou-se hoje o chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Iermak, numa mensagem nas redes sociais.
Segundo Iermak, 3.750 escolas foram destruídas "por mísseis e bombas russas" desde o início do conflito.
Nalgumas grandes idades, foram construídos abrigos subterrâneos para permitir que os professores continuem as aulas em caso de alertas aéreos de possíveis bombardeamentos.
"As crianças em idade escolar e os professores são obrigados a adaptar-se a estas realidades. Mas o mais importante é que as nossas crianças estudem", declarou o comandante-chefe do exército ucraniano, Valery Zaloujny, também nas redes sociais.
"O conhecimento e a cultura são o que nos distingue do inimigo. São estes os pilares sobre os quais assenta a frente atual e sobre os quais será construído o futuro do nosso país", acrescentou.
Desde o início de junho, o exército ucraniano tem vindo a conduzir uma contraofensiva no sul e no leste da Ucrânia, numa tentativa de retomar os territórios ocupados pelas forças de Moscovo.
A Ucrânia tem contado com apoio financeiro e em armamento dos aliados ocidentais, que também decretaram sanções contra Moscovo para tentar diminuir a capacidade russa financiar o esforço de guerra.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.