segunda-feira, 9 de novembro de 2020

O Presidente da Republica Umaro Sissoco Embalo reuniu-se com a comunidade em Mauritania

SISSOCO EMBALO IGNORA REELEIÇÃO DE ALFA CONDÉ

Por Radiosolmansi.net

O presidente da Republica, Umaro Sissoco Embalo, garantiu, hoje (9) que nunca vai felicitar o presidente da Guiné-Conacri, Alfa Condé, pela sua reeleição a presidente de República.

“Eu não vou o felicitar. Este é minha posição pessoal, não vou felicitar, porque não estou de acordo com a forma como decorreu a eleição”, afirmou o chefe de Estado, no aeroporto Osvaldo Vieira, após chegar de Nouakchott, capital da Mauritânia, depois de uma visita do trabalho de mais de 48 horas.

Embaló considerou de “inquietante” a situação pós-eleitoral no país vizinho, afirmando que a organização sub-regional CEDEAO está a seguir o desenrolar da situação e assim que houver necessidade, “haverá uma cimeira para analisar a situação”, prometeu.

Em relação à visita a Mauritânia, da qual estava acompanha pela ministra dos Negócios Estrangeiros Suzi Barbosa, Sissoco Embalo diz que durante o encontro estava em cima da mesa a cooperação entre os dois povos.

“Passamos em revista a nossa cooperação e não só, discutimos também sobre a situação política sub-regional. Também, pedi a Mauritânia para nos ajudar com os especialistas no domínio da pesca. Falámos das nossas comunidades, como sabem, a Guiné-Bissau tem uma comunidade muito importante em Mauritânia e como eles também têm aqui em Bissau. A nossa comunidade como nos outros países, têm problema de passaporte e outros querem ingressar na universidade pública da” explicou.

A deslocação à Mauritânia serviu para os dois presidentes debaterem o reforço da cooperação bilateral e vários assuntos do centro de interesse, sendo que na Guiné-Bissau existem números significativos de Mauritanos que intervêm no comércio.

Recentemente, o presidente Mauritano estava na Guiné-Bissau e assistiu a festa da independência nacional.

Por: Braima Sigá

UNTG está em conferência de imprensa e, fala em 70% da adesão primeiro da greve na Função Pública.

Declaração do ex Ministro de Presidência de Conselho dos Ministros e de Assuntos Parlamentares


Declaração do ex Ministro de Presidência de Conselho dos Ministros e de Assuntos Parlamentares MAMADU SERIFO JAQUITE depois da cerimônia de passação do novo vice-primeiro ministro Eng. Soares Sambu que acumula funções do Ministro de Presidência de Conselho dos Ministros dos Assuntos Parlamentares e Coordenador para Área Económica.

Tafarel Jr

Radio Bantaba

UNTG EXIGE DO ACTUAL GOVERNO A REVOGAÇÃO DE TODAS AS NOMEAÇÕES ILEGAIS


Por CGB

Também, a União reclama a aplicação de todos os decretos que constam do memorando de entendimento e da adenda assinado entre as partes em Março de 2019.

A posição do central sindical foi anunciada pelo João Domingos da Silva, hoje 09-11-2020 em conferência de imprensa, do primeiro dos cinco dias da greve geral na Função Pública com uma aderência que ronda a setenta porcentos.

Ainda, o sindicalista, acusou o Governo de estar a recrutar alguns funcionários sem concursos públicos, sustentando que, as pessoas são nomeadas em cumprimento dos compromissos partidários, enquanto outros integram a administração pública por serem parentes dos ministros etc.., considerando de inaceitável estas nomeações e recrutamento que estão a ser desencadeado a nível dos ministérios que compõem o executivo guineense, apontando a revogação destes decretos de nomeações como uma das soluções para por fim as crises vigentes no aparelho administrativo.

Segundo Domingos da Silva, a central sindical esta determinado na luta para dignificação dos funcionários públicos.

Por seu torno, Júlio António Mendonça Secretário-geral da UNTG mostrou-se desapontado com a posição do actual Diretor-geral da Rádio Difusão Nacional (RDN) Mama Saliu Sané, em suspender o habitual programa que a instituição (UNTG) apresentava naquela estação emissora, na altura Sané diretor da radio, Mendonça ainda explicou que havia um acordo entre as duas instituições,acordo esse que o direto unilateralmente deixou de respeitar, antes da suspensão do programa, afirmando que a sua organização presta serviços público em prol do bem estar dos funcionários guineenses.

Questionado sobre, a demarcação da Confederação do Sindicato Independente da greve, António Mendonça limita-se a dizer que cada um é livre de fazer a sua escolha e posicionar-se como quiser.

Entretanto, Presidente da CONAEGUIB afirmou que o greve decretada pela UNTG não afecta o sector de ensino.

Para o efeito, a organização apela aos pais e encarregados da educação para deixarem os educandos a marcarem presença nas salas de aulas.

Anuncio feito hoje pelo presidente da organização Bacar Daramé, numa entrevista telefónica a Cap-GB.

Por outro lado, o responsável mostrou-se preocupado com o número reduzido dos alunos nas diferentes turmas das escolas públicas.

Instalado assim um braço de ferro entre a UNTG que convocou para greve geral de 5 dias, e o governo lançou um apelo aos funcionarios de irem trabalhar.


Ex-Ministro da Presidência do Conselho de Ministros declara disponibilidade de continuar a servir o país


Bissau, 09 Nov 20 (ANG) – O ex-ministro da Presidência  do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, porta-voz do Governo,  Mamadu Serifo Jaquité declarou hoje a sua disponibilidade de continuar a servir o país, caso for solicitado.

Em declarações à imprensa esta segunda-feira após a transferência de pasta para o seu sucessor Soares Sambú,  Jaquité disse que, ele é uma pessoa disponível à servir e que neste momento está à disposição do Primeiro-ministro e Presidente da República.

“Sou um cidadão e ainda tenho muita energia. Sou um servo da República e uma pessoa servil disponível. Neste momento estou à disposição da República, do Primeiro-ministro e do Presidente da República. Quem quiser pode me contratar para fazer algum trabalho e se achar que estou capacitado para apoiar, estou disponível", disse.

Perguntado se a sua demissão se deve a falta de confiança do primeiro-ministro à sua pessoa, Serifo Jaquité respondeu que é um simples cumprimento de uma missão porque antes dele assumir aquele cargo existem pessoas que passaram pela  mesma função.

Acrescentou que nunca pediu para  ocupar a referida pasta, justificando que, como religioso acredita que o poder é dado e tirado por Deus.   

Ao responder a questão se existe conflito interno no seu partido, o Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), Jaquité disse que não existe nenhum conflito no seio da partido, salientando que MADEM G-15 é um partido que respira saúde e que fez percurso histórico.

“São poucos os exemplos iguais àqueles que o MADEM fez no seu percurso. Criámos o partido num quadro adverso, participamos nas eleições legislativas com todas as contrariedades existentes, reivindicamos sobre o processo de recenseamento  não fomos ouvidos, mas mesmos assim fomos às eleições e ficamos  segunda força política na Assembleia Nacional Popular (ANP). Fomos às presidenciais e ganhamos, para mim, não vejo onde está o conflito”, frisou.

Serifo Jaquie admite que possa existir  pontos de vistas diferentes mas que devem ser considerados  conflitos internos.

Falando do seu desempenho, disse  que fez o seu máximo tendo o governo conseguido  em tempo recorde aprovar o seu programa de governação respeitando as normas constitucionais, sustentando que o executivo conseguiu entregar o Orçamento Geral do Estado 2019/2020 na ANP e foi aprovado.

“Todos os instrumentos legais que eram obrigatório os seus cumprimentos nos prazos normativos foram cumpridos pelo  governo. Agora em termos de avaliação, compete aos meus superiores hierárquicos fazê-la. Só quero vos garantir que dei o meu máximo e empenhei-me com as minhas deficiências fui rodeado de um gabinete de pessoas capazes e competentes que me permitirem atingir esses objetivos”, informou.

O ex-governante disse que as perspetivas para o futuro eram excelentes e estava a tentar modernizar a instituição que dirigia tendo em conta que é o coração e o cérebro da funcionalidade do governo. 

Mamadu Serifo Jaquité foi recentemente demitido das funções de ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares por um decreto presidencial, sob proposta do Primeiro-ministro, Nuno Nabian.

ANG/DMG/ÂC//SG

Guiné-Bissau regista cinco novos casos e mais uma morte

Por LUSA   

A Guiné-Bissau registrou na última semana mais cinco casos positivos para o novo coronavírus e uma morte, segundos os dados hoje divulgados pelo Alto-Comissariado para a Covid-19.

Segundo os dados, entre 02 e 08 de novembro, Guiné-Bissau realizou 1.359 novos testes, dos quais "cinco casos revelaram-se positivos para a covid-19".

Com os cinco novos casos, a Guiné-Bissau eleva o total acumulado de casos positivos para covid-19 desde o início da pandemia para 2.419.

"Casos positivos reportados, três são provenientes da região do Setor Autónomo de Bissau, um da região de Chacheu e um de Biombo, os casos investigados atualmente em isolamento domiciliar. Neste momento, decorre o processo de mapeamento dos contactos dos casos" , refer-se no relatório divulgado à imprensa.

Segundo o documento, não há, de momento, pacientes internados por covid-19 na Guiné-Bissau, mas 115 casos permanecem ativos no país.

"Lamentamos informar que o país registou mais um óbito por covid-19 na região de Bafatá", referência o relatório, elevada o total acumulado para 43 morta mortais.

Em relação ao número de recuperados, o país registou mais 393, elevando o total de pessoas que recuperaram da covid-19 para 2.255.

Por regiões, o Setor Autónomo de Bissau continua a ser uma zona do país com mais casos para covid-19, seguido das regiões de Biombo e Bafatá.

O arquipélago dos Bijagós permanece sem registo de qualquer caso.

Os primeiros casos de covid-19 na Guiné-Bissau foram registrados em março.

Depois de vários meses em estado de emergência, em setembro, as autoridades guineenses decidiram declarar situação de calamidade e emergência de saúde até 08 de dezembro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Em África, há 45.282 mortos confirmados em mais de 1,8 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia específica continente.

Angola regista 307 óbitos e 12.433 casos, seguindo-se Cabo Verde (100 mortos e 9.369 casos), Moçambique (99 mortos e 13.768 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.092 casos), Guiné-Bissau (43 mortos e 2.419 casos) e São Tomé e Príncipe (16 mortos e 960 casos).

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o número de mortos (mais de 5,6 milhões de casos e 162.397 óbitos), depois dos Estados Unidos.

PR da Guiné-Bissau diz que funcionários públicos “têm todo o direito de fazer greve”

@presidentesissoco

Por LUSA 

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que os funcionários públicos "têm todo o direito de fazer greve" se "as coisas não estão a correr bem", referindo-se à paralisação convocada pela principal central sindical do país

“É um direito que está consagrado na Constituição. Têm o direito de reivindicar. Os sindicatos são um grupo de pressão e se as coisas não estão a correr bem, têm todo o direito de fazer greve”, disse o Presidente guineense.

Umaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas no aeroporto Osvaldo Vieira, momento depois de ter regressado de uma visita de trabalho à Mauritânia.

Os funcionários públicos guineenses iniciaram hoje uma greve, convocada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau e que vai prolongar-se até sexta-feira, para exigir o cumprimento de uma série de reivindicações, que visam melhorar as condições de vida dos funcionários públicos guineenses.

A central sindical disse hoje que a greve está a ter uma adesão de 70%, mas alguns sindicatos, como os dos professores, não aderiram à paralisação.

O Governo apelou no domingo, ao final do dia, aos funcionários públicos para não fazerem greve, lembrando que o país se encontra em situação de calamidade e de emergência na saúde devido à covid-19 e que a greve está proibida.

O regulamento da situação de calamidade e de emergência na saúde, declarado até 08 de dezembro, proíbe a realização de greves, bem como despedimentos.

MSE // VM

Tombali: Populares da secção de Gadamael queixam -se de aumento dos preços de produtos da primeira necessidade


Amá condição das estradas motivam o aumento dos produtos da primeira necessidade na secção de Gadamael, sector de Cacine Região de Tombali

Os populares de secção de Gadamael sector de Cacine Região de Tombali queixam a falta de quase tudo desde água potável, Escola saúde, Estrada e Redes de telecomunicações.

As preocupações dos populares foram registradas hoje 09/ 11/ 2020 numa entrevista exclusiva a Cap-gb, Midana siga Bitchelé disse que as más condições das estradas está na origem do aumento dos preços de produtos da primeira necessidade.

” Há duas semanas já, somos obrigados deslocar a pé por mais de 37 quilômetros (km) para Centro de Cacine afim de obtermos esses bens essenciais para a sobrivivencia humana” lamentou. estado da estrada Gadamael

Populares da secção de Gadamael queixam -se o aumento de preços dos produtos da primeira necessidade.

Por outro lado Siga Bitchelé afirma que provavelmente em breve a Escola de Gadamael correrá risco de ficar sem professor /a porque nesse momento só tem dois professores um que está prestes a ir reforma e a outra que está grávida e terá que ir a Bissau para fazer parto e praticamente a Escola tem que fechar.

No que diz respeito a saúde, o Centro de saúde que construíram desde 2005 nunca se abriu as portas para os populares nessa zona rural sul do país.

Com:CGB

NÔ NDIANTA!

Por: yanick Aerton

Na qualidade de um dos jovens que muito cedo abraçou causa dos 15, que viria a transformar-se no grande partido, o Movimento Para a Alternância Democrática (MADEM G15), que, em menos de 8 meses da sua existência, escreveu uma das mais brilhantes páginas da história politica da Guiné-Bissau, desde a abertura politica no ano de 1992, com a abolição do art.º 4 da Constituição da Republica da República, não posso ficar indiferente à evolução politica no país, e sobretudo a situações internas, reais ou imaginárias, susceptíveis de provocar algum mal-estar. 

Não tenho dúvidas nenhumas de que o partido, MADEM G15, sta san, i firma tchan suma pé di bissilon, porque tem uma liderança esclarecida e comprometida com o povo, de cujos sacrossantos interesses jurou defender, mesmo que seja a custa do sacrifício supremo.

Mas também não deixo de manifestar a minha preocupação por aquilo que considero de “rumores” que os adversários do MADEM G15 procuram sempre espalhar como NÔ NDIANTA! CONSELHO DO NOSSO HERÓI VIVO, COMANDANTE MANUEL SATURNINO DA COSTA, 40/40 BULLS, o intuito de criar a desconfiança entre os dirigentes, a apreensão entre os militantes e simpatizantes, por forma a ensombrar as grandes conquistas que este partido vem alcançando. 

Falando de nomeações, é bom que todos se consciencializem de que os cargos não são cativos, e os que são chamados a ocupá-los não devem considerar-se donos ou insubstituíveis. 

A nomeação para o desempenho dos cargos no Governo é feita com base em critérios variados, mas o que mais conta, além da formação académica que o nomeado ou o sujeito deve ter, é a confiança política, ou confiança tout court.

Em relação a equipa governamental, o Chefe do Executivo, se assim entender, pode a qualquer momento fazer a avaliação dos membros do governo e após uma profunda reflexão, propor ao Presidente da República, mudanças ou exonerações, por uma questão estratégica. Isso e factível em toda a parte e a Guiné-Bissau não deve ser uma exceção a essa elementaríssima regra.

E no nosso contexto em que, à luz da CR, o Presidente da República dispõe de amplos poderes executivos, ele pode tomar, em concertação com o Chefe do Executivo, as medidas cirúrgicas, ou globais (no caso de remodelações mais profundas), sempre na procura de melhores resultados.

A esperança depositada pelo povo Guineense neste regime é tão grande que não se vai tolerar nenhum erro. O Governo não pode de forma alguma defraudar as expectativas. 

Daí a razão porque todos os Guineenses devem estar mobilizados atrás daquele que foi eleito, em sufrágio universal, direto e secreto, o jovem General Umaro Sissoco Embaló, nos seus esforços que está a levar a cabo para projectar outra imagem da Guiné-Bissau, junto da comunidade internacional.

Temos que nos preparar para as medidas, algumas rigorosas, e outras até radicais, no combate à corrupção, ao laisser faire laisser aller, a diskarna de apropriar-se daquilo que a todos pertence para se enriquecer ilicitamente e a tudo quanto tem impedido a descolagem deste país. 

É no prosseguimento desse esforço que se fez esta operação cirúrgica, com a nomeação de um quadro dirigente de referência, aquele que em Francês se poderia adjectivar de “ irreprochable”, o Eng Tio Soares Sambu, para coadjuvar o Eng Nuno Nabian, Primeiro-ministro.

Com o background deste eminente quadro dirigente, o Eng Nuno Gomes Nabian, pode dormir tranquilamente, porque terá uma colaboração sincera de alguém que conhece ISTO de côr e salteado, aquele que conhece os “ins e outs”, como diria em Inglês, aquele que nunca se obcecou pelo poder, caso contrário, teria tudo ao seu dispôr no seu PAIGC, partido de que foi corrido.

Lanço um vibrante apelo a todos, para que cada um, na sua crença, continue rezando para que reine a paz, a estabilidade e a concórdia, na pátria de Cabral. 

Que cada um esteja vigilante e participe no controlo do Governo, porque afinal, nós, o povo é que somos os detentores do poder verdadeiro, através dos nossos cartões de voto.

A melhor forma de pagar o nosso “kinhon” é de nos envolvermos, de nos interessarmos e apoiar o Governo nas suas acções, elogiando o elogiável, e criticando o criticável, de forma positiva, pá djunda oredja. 

Mas que os membros do Governo, sobretudo os que estão no sector económico pensem que o exercício do cargo tem meramente como finalidade sirbi bu cabeça em vez di sirbi púbis. Kila caba dja, 

Não se trata aqui de ameaça nenhuma, pois cada governante é responsável pelo seu pelouro, mas tudo será monitorizado à lupa.

Somos todos Guineenses, por isso temos por obrigação de prestar a máxima colaboração a este Governo, para no fim prestar-nos as contas. 

Deus abençoe a Guiné-Bissau!

Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social - COMUNICADO



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Guiné-Bissau: Iniciou hoje na função pública Greve geral

Por  Agência de Notícias da Guiné-Bissau

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), maior central sindical do país, iniciou hoje, 09 de Novembro de 2020, uma greve geral da função pública para o período entre segunda à sexta-feira da próxima semana para reivindicar melhores condições de trabalho.

A Federação dos Transportes Públicos da Guiné-Bissau anunciou também uma paralisação para o período entre 16 e 20 deste mês e o Sindicato Nacional de Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins iniciou no início de novembro uma greve de 30 dias para reivindicar pagamentos em atraso.

No comunicado, a ministra salienta que tentou negociar com a UNTG durante o fim de semana, mas que os “telefones encontravam-se simplesmente desligados”.

 Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

A Ministra dos Negócios Estrangeiros,  Cooperação Internacional e Comunidades, Suzi Barbosa, integrou a delegação de Sua Excelência o Presidente Umaro Sissoco Embaló à Mauritânia para uma visita de amizade e trabalho a convite do seu homólogo, o Presidente Gazhouani. A delegação esteve reunida com a Comunidade guineense residente na Mauritânia,  que quis cumprimentar Sua Excelência o Presidente e apresentar as suas dificuldades de integração nesse país irmão.






IMAGENS PROIBIDAS DA CORÉIA DO NORTE - PARTE 2

OPINIÃO PÚBLICA 08/11/2020

Governo promove conf Imp sobre a greve da UNTG amanhã

OMVG/BISSAU: encerramento da 46a Sessão Ordinária do Conselho de Ministros


OMVG/BISSAU: encerramento da 46a Sessão Ordinária do Conselho de Ministros da Organização de Aproveitamento e Valorização da Bacia do Rio Gâmbia-OMVG.

Radio Bantaba

Conselho de Ministros da OMVG em Bissau

Guiné-Conacri: Cellou Dalein não desiste e convoca manifestação de rua

Por Africaguinee  Novembro 9, 2020

O candidato derrotado, Cellou Dalein Diallo, que rejeita os resultados da eleição presidencial de 18 de outubro, na Guiné-Conacri, não tem intenção de recuar.

Neste domingo, 8 de novembro de 2020, Diallo convocou à observação de uma “cidade morta”, segunda-feira, (09.11), na Grande Conacri.

O objetivo desta manifestação é protestar contra o “bloqueio eleitoral e exigir o respeito pela verdade das urnas”.

“A União das Forças Democráticas da Guiné e a Aliança Nacional pela Alternância e Democracia convidam você a observar uma cidade morta nesta segunda-feira, 09 de novembro de 2020, para protestar contra o assalto eleitoral e exigir respeito pela verdade de urnas ”, disse Cellou Dalein Diallo na noite de domingo.

Em atualização…

“Operação Madeira” da PJ mexe com interesses

Por CNEWS Novembro 8, 2020

A Polícia Judiciária guineense (PJ) terminou sábado (07.11) a operação de recuperação das madeiras apreendidas nas instalações da STENACKS, em Bissau, alegadamente, propriedade do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

Os trabalhos, que foram assistidos pelo repórter do Capital News, culminaram com a recolha de troncos, ainda não transformados, e outros que já tinham sido transformados em madeira. Na Direção Geral da Floresta, os técnicos florestais foram confrontados com as queixas de que as madeiras de alguns empresários tinham sido retocadas das suas serrações sem os seus consentimentos, pela Guarda Nacional (GN), através da Brigada de Proteção da Natureza e Ambiente.

Uma fonte da Polícia Judiciária confirmou ao CNEWS, que os materiais de uma empresa chinesa, ativada na transformação local das madeiras, chegaram ao porto de Bissau, em nome da empresa “MALAIKA”, cujo valor de desalfandegamento seriam de pouco mais de três milhões de francos CFA, num total de seis contentores necessários para montagem da serração. Em relação ao destino das madeiras agora na posse da Direção Geral da Floresta, a fonte da PJ disse ainda desconhecer o destino das mesmas, depois da operação.

Na manhã de sábado (07.11), a diretora Nacional da PJ esteve na Direção Geral da Floresta, ao lado do responsável daquela instituição, Braima Mané (Braima Cubano), para se informar do andamento dos trabalhos. Mas já na STENACKS, uma fonte da PJ confirmou que a esposa do primeiro-ministro Nuno Nabiam esteve no local para assistir à operação da Polícia Judiciária, “contra madeiras” que seriam de Nabiam e Braima Camará, este último líder do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), partido no governo.

GOVERNO ANUNCIA ABERTURA DA ÉPOCA DESPORTIVA 2020/2021 PARA DIA 10 DE NOVEMBRO


O governo vai realizar a abertura da época desportiva 2020/2021 no próximo dia 10 de novembro, anunciou o Diretor-geral do Desporto.

Falando em exclusivo à O Golo GB, Alberto Dias, disse que o executivo vai abrir oficialmente, a época desportiva 2020/2021, na próxima terça-feira, através de uma comunicação, com uma série de medidas que serão adoptadas com as autoridades sanitárias. 

"Já dia 10 vamos realizar a abertura da época desportiva 2020/2021", assinalou.

Beto, como também é conhecido, disse que será lançado em simultâneo, o projeto denominado "Desporto para todos", que incluí "Desporto escolar", que será lançado em janeiro do próximo ano.

Dias, disse que Desporto Escolar vai permitir às federações fazer captação de talentos nas diferentes modalidades nas escolas, e desenvolver um projeto de desporto de base.

Por outro lado, o Diretor-geral informou que, no quadro da celebração do dia das Forças Armadas, que será celebrado dia 16 de novembro, vai ser lançado o programa de Desporto Militar.

Segundo o governante, a Secretaria do Estado da Juventude e Desporto em colaboração com Estado Maior General das Forças Armadas, vai organizar uma prova de corrida de estafeta, no dia 15 de novembro, num circuito de 15 km, que vai iniciar de praça dos heróis nacionais até a Assembleia Nacional Popular.

O Golo GB

Serviço de Assistência Aeroportuária não paga salários aos funcionários há sete meses

Por CNEWS  Novembro 8, 2020

Os funcionários do Serviço de Assistência Aeroportuária da Guiné-Bissau (SAA) estão há sete e alguns há seis meses sem receber os salários e correm o risco de ver a empresa privatizada, perante o silêncio da Administração presidida por Alberto Sanhá.

Segundo uma fonte contactada pelo Capital News, “há uma intenção do governo de Nuno Nabiam, de privatizar o SAA, que poderá passar para a gestão de uma empresa senegalesa, sem ouvir os funcionários”, revelou.

Perante a realidade, os funcionários ameaçam iniciar uma greve esta semana, para exigir o fim da situação e o pagamento dos salários em atraso. “É lamentável um dono da família ficar seis e sete meses sem salário”, lamentou um funcionário do SAA, ouvido pelo CNEWS.

O Serviço de Assistência Aeroportuária, que tem a autonomia administrativa e financeira, embora o seu administrador seja nomeado pelo governo, é responsável pelo asseguramento de check-in, aos passageiros, embarque e desembarque de cargas e pessoas, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.

O Capital News sabe que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do SAA, Biem M’baná, vive à margem do “sofrimento” dos funcionários, encontrando-se há muito tempo em Portugal, sem poderes para influenciar a mudança da situação na empresa.

Eto’o sofre grave acidente de carro em Camarões

Samuel Eto’o sofreu um grave acidente de carro em Nkongsamba, cidade do Camarões. Conforme relatado à “BBC” por fontes familiares, o ex-atacante envolveu em uma colisão com outro veículo enquanto dirigia. O ex-jogador não teve lesões graves, mas ainda não há informações sobre o seu estado de saúde.

As imagens do veículo de Eto’o mostram que o acidente foi grave. De acordo com a mídia camaronesa, uma ambulância apareceu rapidamente no local e resgatou o jogador. No entanto, as autoridades não se pronunciaram sobre o ocorrido.




Foto: Reprodução/Twitter

Com: News365Scores

Governo da Guiné-Bissau reage ao pré-aviso de greve anunciada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné- UNTG.

CONFIRA O COMUNICADO⬇️

 Agência de Notícias da Guiné-Bissau


Analistas Senegal: Macky vai “agarrar-se” ao poder para “garantir a sua segurança”

O antigo Ministro da Energia, Thierno Alassane Sall, diz estar convencido de que o Presidente da República, Macky Sall, se candidatará a um terceiro mandato. Segundo ele, este último agarrar-se-á ao poder para evitar possíveis procedimentos legais.

Além disso, recusa-se categoricamente a acreditar que Idy é o golfinho Macky, como algumas pessoas pensam.

“Recuso-me a fazer ficção política. Mas conhecendo Macky Sall, tenho estado inclinado a dizer por uma vez que não sou. Esta análise não me parece credível”, disse Thierno Alassane Sall durante uma entrevista televisiva.

O ex-ministro para justificar a sua posição. “Ao mesmo tempo que ele (Macky Sall) reforça no seu campo aqueles que são os mais servil entre os seus homens, e livra-se daqueles que até sonham com isso, porque nenhum deles admitiu ter ambições, ele prova obviamente que ainda está nos seus cálculos para continuar a ser presidente”.

Continuando as suas explicações, Thierno Alassane Sall afirma que “Macky Sall conhece melhor do que ninguém as investigações que abrandou aqui sobre os Timis e outros ficheiros, estão a ter lugar noutros locais. De momento, ele sabe mais do que ninguém, desde que não tenha encontrado fórmulas e arranjos, a sua única garantia é permanecer à frente do Estado. Pois não é a justiça senegalesa que pode ser manipulada, mas sim a justiça de outros poderes”.

com/IGFM

PRESIDENCIAIS NOS EUA - "Ladrões", "corruptos", "fraude". Trump de novo no Twitter (com citações)

© REUTERS/Tom Brenner

Por Notícias ao Minuto  08/11/20 

Presidente cessante volta a manifestar-se através das redes sociais para fazer alegações não substanciadas de fraude eleitoral.

Donald Trump ainda não fez nenhuma declaração ao país desde que Joe Biden foi declarado o presidente eleito dos Estados Unidos, anúncio feito este sábado, após confirmada vitória no estado da Pensilvânia. Porém, já recorreu duas vezes ao Twitter, onde continua a recusar a ideia de ter sido derrotado, bradando acusações de fraude eleitoral, ainda que sem qualquer prova.

Este domingo, o líder republicano publicou uma sucessão de citações de Newt Gingrich, antigo presidente republicano da Câmara dos Representantes, e de Jonathan Turley, um advogado com ligações a Trump, sendo que ambos alinham com a teoria de fraude. Todos os 'tweets' foram sinalizados pela rede social.

"Acreditamos que estas pessoas são ladras", terá dito Newt Gingrich, falando numa "eleição roubada", segundo o "melhor investigador da Grã-Bretanha". "Onde importavam, roubaram o que tinham a roubar", pode ler-se.


Já as palavras atribuídas a Jonathan Turley apelam que se "olhe para o votos". "Estamos apenas a começar a fase certificação. Devíamos olhar para estas alegações. Estamos a ver vários depoimentos de fraude eleitoral. Temos um historial neste país de problemas nas eleições", indicou. Nos últimos 20 anos, indica a plataforma Axios, foram registadas 31 recontagens - em mais de 5.700 eleições estaduais. Três dessas recontagens mudaram os resultados, mas alterando a margem de diferença entre candidatos por apenas 239 a 440 votos.

O causídico cita o caso da Pensilvânia, onde um juiz ordenou que se separassem o votos por correspondência dos restantes, embora esta ação não tenha qualquer impacto na contagem final.

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"Se há um problema no sistema com a autenticação, isso iria afetar seriamente toda a eleição", acrescentou, levantando suspeitas sobre problemas nos sistemas de autenticação de boletins de voto que não foram provados. Uma responsável da Comissão Federal de Eleições (FEC, em inglês) assegurou que "não há evidência de fraude" nas eleições presidenciais.

O democrata Joe Biden derrotou ontem o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais e deverá tornar-se o 46.º presidente dos Estados Unidos. Com 74,5 milhões de votos contabilizados até ao momento, o democrata Joe Biden é o candidato presidencial mais votado da história dos Estados Unidos. O presidente incumbente, Donald Trump, recebeu 70,3 milhões de votos.

INFLAÇÃO / DEFLAÇÃO AO MESMO TEMPO!

Por: yanick aerton

A situação económica é, provavelmente, inédita. Não há memória de manifestações de inflação e de deflação ao mesmo tempo. Por um lado, sobem os preços do petróleo e dos alimentos, mesmo sem considerar a desvalorização acelerada do dólar americano. Por outro, verifica-se uma queda nos valores dos bens imóveis, de muitas empresas industriais, se fossem vendidas hoje já não valeriam o mesmo que há um ano atrás, a situação do covid-19, e obviamente das bolhas nos mercados de acções e outros títulos. Mais: o fenómeno tem um carácter mais ou menos generalizado entre os países da OCDE.

Lembra que em 2017, os países membros da OCDE representavam colectivamente 62,2% do PIB nominal global (49,6 trilhoes de dólares) um montante muito alto para apoiar, empresas mais afectados economicamente.

O capitalismo pode conviver muito bem com a inflação. As advertências frequentem que os banqueiros fazem contra a inflação não passa de conversa destinada ao grande público. Mas daquilo que realmente os preocupa eles nunca falam: é a deflação. A deflação introduz um risco sistémico. Empréstimos efectuados tendo como base uma garantia colateral de um determinado valor tornam-se menos seguros. Se o montante em dívida ultrapassar o valor depreciado da garantia, o tomador será tentado a abandonar a sua obrigação contratual. 

Tudo isso indica que o mundo está a entrar em águas ignotas. Há um grande trabalho de investigação a fazer, na área da investigação científica, eu lê numa passagem no livro A BANCA; do mestre, Aliu Soares Cassama, economista guineense.

Situação económica cada vez mais débil, para devedores dos bancos, ou os que tem bens penhorados.

COVID-19 - Portugal entra às 00h00 em estado de emergência com recolher obrigatório

© Lusa

Notícias ao Minuto  08/11/20  

Portugal entra hoje à meia-noite em estado de emergência até 23 de novembro para combater a pandemia de covid-19, impondo entre outras medidas o recolher obrigatório noturno em 121 concelhos com mais casos de infeção.

Esta medida de proibição de circulação na via pública entre as 23:00 e as 05:00 em dias de semana e, nos próximos dois fins de semana, a partir das 13:00 é aplicada nos 121 concelhos considerados de risco elevado de transmissão da covid-19.

Entre estes municípios, que abrangem 70% da população residente, incluem-se todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.

A medida foi aprovada em Conselho de Ministros extraordinário realizado no sábado à noite e prevê exceções como deslocações para o trabalho, regresso ao domicílio, situações de emergência, passeio higiénico na proximidade da habitação ou passeio de animais.

O executivo aprovou ainda outras medidas que se irão aplicar a Portugal Continental, como a possibilidade da medição de temperatura corporal por meios não invasivos no acesso a local de trabalho, escolas, meios de transporte ou espaços comerciais e desportivos.

Está ainda prevista a possibilidade de se exigir testes de diagnóstico para covid-19 em escolas, lares, estabelecimentos de saúde, à entrada e saída do território nacional, prisões ou outros locais que a Direção-Geral da Saúde venha a determinar.

O novo estado de emergência prevê também a possibilidade de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social.

A mobilização de recursos humanos para aumentar a capacidade de rastreamento, como a realização de inquéritos epidemiológicos ou rastreio de contactos de trabalhadores em isolamento profilático, de professores sem componente letiva ou militares das Forças Armadas é outra medida prevista pelo estado de emergência.

Na semana passada, o Governo já tinha aprovado outras medidas para conter a pandemia no continente como grupos em restaurantes limitados a seis pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.

Segundo a Direção-Geral da Saúde, Portugal já registou 2.896 mortes e 179.324 casos de infeção.

domingo, 8 de novembro de 2020

Sua Excelência Presidente da República da Guiné-Bissau, General Umaro Sissoco Embalo felicita sua excelência Senhor Joseph Robinette Biden 46º Presidente Eleito dos Estados Unidos da América.





 Agência de Notícias da Guiné-Bissau/Com:CGB

Domingos Simões Pereira prepara o seu regresso à Guiné-Bissau

DW    08.11.2020

Líder do PAIGC está a contactar várias entidades para garantir as condições da sua volta ao país. À DW, em Lisboa, DSP fala do polémico acordo petrolífero guineense com o Senegal e a nomeação de um vice-PM pelo PR.    

Domingos Simões Pereira está a preparar as condições consideradas necessárias para o seu regresso à Guiné-Bissau, que implicitamente têm a ver com a sua segurança. O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) pede à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que "assuma alguma responsabilidade em relação ao quadro securitário" no país, "não por temer seja o que for".  

Na entrevista exclusiva concedida à DW África, em Lisboa, Simões Pereira critica várias incongruências do seu adversário político, Umaro Sissoco Embaló, incluindo a ofensiva diplomática levada a cabo pelo Presidente da República.

Simões Pereira questiona também o acordo petrolífero assinado entre a Guiné-Bissau e o Senegal, respetivamente pelo punho dos Presidentes Umaro Sissoco Embaló e Macky Sall, sem o devido conhecimento do Governo de Nuno Nabiam e da Assembleia Nacional Popular (ANP).

DW África: Há este acordo petrolífero assinado entre os presidentes da Guiné-Bissau e do Senegal, um acordo que não foi do conhecimento do Governo de Nuno Nabiam nem da Assembleia Nacional. Já foi primeiro-ministro, como é que encara esta decisão sem o conhecimento das instituições que deviam dar o aval para que se avançasse com um acordo desta natureza? 

Domingos Simões Pereira (DSP): Provavelmente a resposta mais correta seria dizer que é [um acordo] inexistente. Quer dizer, se não é do conhecimento da Assembleia Nacional Popular nem do Governo, que são as instâncias que têm competências legislativa e executiva na Guiné-Bissau, [ele] é inexistente. Aliás, é o próprio Presidente eleito que acaba lançando também essa dúvida ao contrariar o ministro senegalês, dizendo que não houve essa assinatura. O que é, no mínimo, muito paradoxal, que um ministro da Economia do Senegal saia de uma audiência com o Presidente da República eleito a afirmar que estava a explorar um quadro de cooperação que tinha sido criado com base na assinatura de um acordo e logo não existir esse acordo. 

DW África: Estamos perante uma situação de atropelo às regras? 

DSP: Portanto, a minha única reação é que é uma situação de menosprezo pelas regras, uma situação de completo desprezo pela cidadania guineense, pela soberania guineense. Aliás, penso que vai ao encontro daquilo que ele próprio afirmou aqui. Porque para ele, ele é a lei e depois os outros vêm a seguir.  

DW África: Já agora, como é que observa a ação do Presidente no plano diplomático. Ele esteve em Portugal, tem feito uma série de contactos a nível internacional, esteve recente em Espanha com o ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Como é que avalia essa sua ação? 

DSP: Nesse aspeto eu não o posso culpar, não o posso criticar nem pretender corrigir. Penso que ele faz o que pode e provavelmente se esforça muito para conseguir. Agora, se enquanto cidadão guineense, enquanto líder político, dirigente político, me pergunta se eu me sinto bem representado por essas ofensivas diplomáticas, é difícil realmente dizer seja o que for de forma positiva, porque não vai ao encontro de nenhum plano estabelecido.  

Nós estamos a fazer esses contactos visando o quê? Houve essa visita oficial a Portugal com que propósito? O que é que se conseguiu com essa visita a Portugal? 

Por exemplo, eu vou fazer uma ligação entre esta questão e a pergunta anterior, que tem a ver com os petróleos. Então, não seria de toda a lógica, que havendo intenção de negociar com o Senegal, e sabendo que os limites territoriais dos agora Estados independentes de África resultam de acordos que tinham sido estabelecidos pelas antigas potências coloniais, aproveitar-se disso para consultar as autoridades portuguesas sobre a necessidade de disponibilizar o espólio que existe dessa altura. Teria uma lógica. E eu podia me posicionar em função do aproveitamento ou não que se está a fazer dessa informação. Não havendo nenhuma ligação eu não tenho nem por onde pegar e fazer qualquer tipo de avaliação. 

Soares Sambú, vice-primeiro-ministro nomeado por Sissoco Embaló

DW África: Há reações opositoras também à recente nomeação, pelo Presidente, do vice-primeiro-ministro, Soares Sambú, uma nomeação que não faz parte da orgânica do Governo. O que tem a dizer em relação a isso? 

DSP: Como sabe, eu andei um pouco afastado de Lisboa nos últimos dias e, quando ouvi essa informação, assumi que me teria escapado alguma alteração na orgânica do Governo, me teria escapado algum pronunciamento do Governo nesse sentido. Agora, ao ouvir algumas reações, me apercebo que não houve nem alteração da orgânica do Governo nem uma proposta do chefe do Governo. E, portanto, a minha reação mais uma vez é de dizer que é uma decisão inexistente. 

DW África: Estamos perante vários atropelos às regras? 

DSP: Sim, porque o Presidente eleito entende que não está obrigado pela lei. Ou seja, o conceito da lei ser soberana no contexto da democracia não o abrange. 

DW África: Neste cenário, a ideia de um tão propalado Governo de Unidade Nacional caiu por terra? Não tem pernas para andar? Ou ainda acredita que é possível viabilizar um Governo de Unidade Nacional? 

DSP: Eu colocaria a questão doutra forma. Para mim não é essa a questão. Nós queremos viver num quadro de normalidade e é dentro desse quadro de normalidade que nós fomos a eleições legislativas em março de 2019. Essas eleições ditaram a vitória de um partido político. Portanto, para mim, antes de se falar num Governo de Unidade Nacional é preciso explicar ao povo guineense porque é que não se respeita a vontade expressa pelo povo guineense. Alguém vai dizer, mas não. A Constituição dá-lhe o direito de quê? Numa Constituição que estabelece um sistema de Governo semi-presidencial.  

Estamos a forçar soluções que não existem. Portanto, se o Presidente eleito e outras entidades provarem que é impossível respeitar a vontade expressa pelo povo guineense em março de 2019, aí acho que fica aberta a perspetiva de discutir então que soluções nós devemos realmente preconizar. Agora, sem essa explicação é bater no vazio. Não há nenhuma referência, não entendo porque é que nós estamos à procura de uma solução, de um Governo de transição ao sair de umas eleições.  

Domingos Simões Pereira (esq.) e Umaro Sissoco Embaló

Se me vêm dizer que é porque o PAIGC perdeu a maioria e foi constituída uma nova maioria, então que essa maioria governe. O problema é que têm consciência de que não apresentaram nenhum programa verdadeiramente de governação, não conseguem atrair a confiança dos principais parceiros [internacionais], os procedimentos que estão a implementar não vão ao encontro de nenhuma visão estratégica de médio e de longo prazo e, portanto, nessas circunstâncias, parece que é muito apelativo ter a presença do PAIGC para dessa forma legitimar a utilização do programa que o PAIGC tinha apresentado eventualmente com a presença de alguns elementos mais credíveis do PAIGC poder atrair mais confiança.  

Repara que a diferença entre Domingos Simões Pereira, candidato, e Umaro Sissoco Embaló, candidato na altura, era que eu dizia que é preciso criar um quadro de estabilidade para o PAIGC poder cumprir o seu programa de governação, nomeadamente o Plano Estratégico Operacional "Terra Ranka”, enquanto que ele dizia que tinha um amigo árabe – chamou o nome do árabe – que vinha trazer um cheque de dois biliões de dólares e isso dispensava tudo aquilo que nós estávamos procurando através da Mesa Redonda [com os parceiros internacionais]. Pronto, ele está a instituir enquanto Presidente da República, então é chegado o momento de o cheque chegar e podermos começar o trabalho.  

DW África: Nós estamos perante uma situação irreversível? Ou acredita que caberá aos guineenses julgar ou decidir sobre qual será o seu futuro perante todas estas incongruências? 

DSP: Eu não vou comentar se é reversível ou se é irreversível. O que digo é que um sistema não pode sobreviver à vontade da sua própria cidadania e da sua própria população. Eu estava a comentar o populismo que se viveu nos Estados Unidos nos últimos quatro anos e que parece que agora enfrenta grandes dificuldades para se impor. E lembrei-me que há um ditado guineense que diz que "com a mentira até é possível levar a noiva para casa, mas só com a verdade ela vai lá ficar”. 

DW África: Falando de pandemia, estamos a viver uma conjuntura difícil a nível mundial. A Guiné-Bissau não é excepção. Como é que olha para o plano do Governo de combate à pandemia do novo coronavírus? 

DSP: Bom, plano do Governo não conheço. Eu conheço, sim, o reconhecimento de uma realidade. Há um momento em que as novas autoridades reconhecem absoluta incapacidade em relação a essa situação e vão à procura da ministra do Governo do PAIGC, a quem nomeiam como Alta Comissária para a questão da prevenção e combate da Covid-19, que tem tentado com os recursos que tem ao seu dispor fazer face a esse quadro.  

Magda Robalo, Alta Comissária para a Covid-19 na Guiné-Bissau

DW África: Estamos a falar de um país com recursos escassos… 

DSP: Escassos, muito limitados, mas o problema é que uma pandemia não se combate com ações setoriais. O problema é que uma pandemia se combate com ações estruturais globais. Começa com a segurança, com a disciplina social, com a credibilidade das próprias ações que o Governo deve implementar.

E, portanto, é difícil avaliar o desempenho deste Governo em relação à questão da pandemia, porque, primeiro, não o leva a sério; segundo, não tem uma visão de conjunto. Há ações muito singulares. E, finalmente, estabeleceram uma Alta Comissária, cuja competência ninguém questiona, porque, de facto, trata-se de alguém com conhecimentos, mas que, infelizmente, sendo a única andorinha, não pode fazer a primavera. 

DW África: A situação política na Guiné-Bissau obrigou-o a estar fora do país. Qual é a posição ou a situação de Domingos Simões Pereira no seu partido (PAIGC)? 

DSP: Domingos Simões Pereira é o presidente do PAIGC. Tenho acompanhado todas as ações do PAIGC e devo dizer-lhe que ainda estou fora porque entendo que, perante o quadro da pandemia e das restrições que existem, tenho muito mais liberdade de ação e de contactos, para aquilo que são os objetivos atuais, estando cá fora do que estar confinado lá dentro.

Contudo, também reconheço que, com as aberturas que já têm acontecido em termos de movimentação, já há mais ofertas de transporte. A Guiné-Bissau já tem aberto o circuito Bissau-Lisboa e eu anunciei na semana passada que estou a trabalhar no sentido do meu regresso a Bissau para retomar junto dos meus camaradas a minha responsabilidade política enquanto presidente do maior partido político. 

DW África: Não estamos perante um PAIGC fragilizado depois das crises que surgiram após as eleições legislativas? 

DSP: Antes pelo contrário. Não é o Domingos Simões Pereira que está a dizer isso. Outras pessoas dirão isso a partir da Guiné-Bissau, mas a realidade virá ao de cima. Porque, sabe, se o PAIGC estivesse fragilizado isso significaria que as suas opositoras estariam bastante mais fortes. Vamos ver…

DW África: Se não me engano, terá dito há algumas semanas atrás que gostaria de ter garantidas condições de segurança para regressar ao país. Mantém essa exigência?

DSP: O que eu disse é que eu estou a trabalhar na criação das condições que eu entendo necessárias para regressar o mais rapidamente possível. Eu confirmo essa determinação.  

DW África: Implicam que condições de segurança? 

DSP: Eu estou a trabalhar em várias vertentes e inclui a questão da segurança, mas não dependendo de outras entidades que não sejam próximas do partido ou próprias do próprio Domingos Simões Pereira.  

DW África: Quem é que lhe iria garantir essa segurança? 

DSP: Eu próprio, através de entidades que eu entendo que devo contactar. Posso até ser explícito em relação a isso. Penso que num primeiro momento é importante fazer os contacto que nós estamos a fazer a nível internacional. É importante que a CEDEAO assuma alguma responsabilidade em relação ao quadro securitário na Guiné-Bissau. E eu digo isso não por temer seja o que for. É por ter consciência de que eu represento uma importante franja da sociedade guineense, a maioria dos guineenses. E, portanto, qualquer veleidade que possa pôr em causa a minha integridade, poria em causa a estabilidade dentro do país. E eu não quero ser um fator de divisão, de fragmentação e de choques internos.  

Portanto, mantenho a determinação de voltar ao meu país, mantenho a determinação de o fazer, mas criando condições para que isso não seja aproveitado como uma razão desestabilizar ainda mais a situação do país. Porque, imagina, aquilo que está a acontecer neste momento, estivesse Domingos Simões Pereira em Bissau provavelmente estaria a ser acusado de ser o instigador de uma ou de outra situação. Porquê? Porque há gente que só sabe gerir problemas e quando não existem problemas têm que os criar para estarem ocupados. Não estando Domingos Simões Pereira, têm dificuldades de decidir qual é a próxima agenda.  

DW África: Faz-me questioná-lo também sobre a visita que fez recentemente ao Presidente de Angola, João Lourenço. Com que motivos? 

DSP: Os mesmos que me levarão ainda a outros países africanos e não só. Angola é um parceiro da Guiné-Bissau. O MPLA é provavelmente um dos partidos mais próximos do PAIGC e eu afirmei desde sempre que, tudo aquilo que nós fazemos, queremos contar fundamentalmente com a compreensão, o entendimento, dos nossos principais parceiros.  

Eu fui a Angola a convite das autoridades angolanas, fui recebido pelo Presidente João Lourenço, estive reunido com o MPLA, estive reunido com outras entidades e eu penso que isso ajudou a uma compreensão pelo menos da nossa perspetiva, da leitura que nós fazemos da situação política interna na Guiné-Bissau.  

Farei os possíveis para também estar reunido com outros chefes de Estado e outros responsáveis a nível de África, não só no quadro da CEDEAO, mas provavelmente também no quaro da União Africana, para que, uma vez que de volta à Guiné-Bissau haja uma compreensão não só do quadro político interno, mas também a capacidade de uma leitura sobre as implicações que a minha presença podem ter.