Bissau, 09 Nov 20 (ANG) – O ex-ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, porta-voz do Governo, Mamadu Serifo Jaquité declarou hoje a sua disponibilidade de continuar a servir o país, caso for solicitado.
Em declarações à imprensa esta segunda-feira após a transferência de pasta para o seu sucessor Soares Sambú, Jaquité disse que, ele é uma pessoa disponível à servir e que neste momento está à disposição do Primeiro-ministro e Presidente da República.
“Sou um cidadão e ainda tenho muita energia. Sou um servo da República e uma pessoa servil disponível. Neste momento estou à disposição da República, do Primeiro-ministro e do Presidente da República. Quem quiser pode me contratar para fazer algum trabalho e se achar que estou capacitado para apoiar, estou disponível", disse.
Perguntado se a sua demissão se deve a falta de confiança do primeiro-ministro à sua pessoa, Serifo Jaquité respondeu que é um simples cumprimento de uma missão porque antes dele assumir aquele cargo existem pessoas que passaram pela mesma função.
Acrescentou que nunca pediu para ocupar a referida pasta, justificando que, como religioso acredita que o poder é dado e tirado por Deus.
Ao responder a questão se existe conflito interno no seu partido, o Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), Jaquité disse que não existe nenhum conflito no seio da partido, salientando que MADEM G-15 é um partido que respira saúde e que fez percurso histórico.
“São poucos os exemplos iguais àqueles que o MADEM fez no seu percurso. Criámos o partido num quadro adverso, participamos nas eleições legislativas com todas as contrariedades existentes, reivindicamos sobre o processo de recenseamento não fomos ouvidos, mas mesmos assim fomos às eleições e ficamos segunda força política na Assembleia Nacional Popular (ANP). Fomos às presidenciais e ganhamos, para mim, não vejo onde está o conflito”, frisou.
Serifo Jaquie admite que possa existir pontos de vistas diferentes mas que devem ser considerados conflitos internos.
Falando do seu desempenho, disse que fez o seu máximo tendo o governo conseguido em tempo recorde aprovar o seu programa de governação respeitando as normas constitucionais, sustentando que o executivo conseguiu entregar o Orçamento Geral do Estado 2019/2020 na ANP e foi aprovado.
“Todos os instrumentos legais que eram obrigatório os seus cumprimentos nos prazos normativos foram cumpridos pelo governo. Agora em termos de avaliação, compete aos meus superiores hierárquicos fazê-la. Só quero vos garantir que dei o meu máximo e empenhei-me com as minhas deficiências fui rodeado de um gabinete de pessoas capazes e competentes que me permitirem atingir esses objetivos”, informou.
O ex-governante disse que as perspetivas para o futuro eram excelentes e estava a tentar modernizar a instituição que dirigia tendo em conta que é o coração e o cérebro da funcionalidade do governo.
Mamadu Serifo Jaquité foi recentemente demitido das funções de ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares por um decreto presidencial, sob proposta do Primeiro-ministro, Nuno Nabian.
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