Por CNEWS Novembro 8, 2020
A Polícia Judiciária guineense (PJ) terminou sábado (07.11) a operação de recuperação das madeiras apreendidas nas instalações da STENACKS, em Bissau, alegadamente, propriedade do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
Os trabalhos, que foram assistidos pelo repórter do Capital News, culminaram com a recolha de troncos, ainda não transformados, e outros que já tinham sido transformados em madeira. Na Direção Geral da Floresta, os técnicos florestais foram confrontados com as queixas de que as madeiras de alguns empresários tinham sido retocadas das suas serrações sem os seus consentimentos, pela Guarda Nacional (GN), através da Brigada de Proteção da Natureza e Ambiente.
Uma fonte da Polícia Judiciária confirmou ao CNEWS, que os materiais de uma empresa chinesa, ativada na transformação local das madeiras, chegaram ao porto de Bissau, em nome da empresa “MALAIKA”, cujo valor de desalfandegamento seriam de pouco mais de três milhões de francos CFA, num total de seis contentores necessários para montagem da serração. Em relação ao destino das madeiras agora na posse da Direção Geral da Floresta, a fonte da PJ disse ainda desconhecer o destino das mesmas, depois da operação.
Na manhã de sábado (07.11), a diretora Nacional da PJ esteve na Direção Geral da Floresta, ao lado do responsável daquela instituição, Braima Mané (Braima Cubano), para se informar do andamento dos trabalhos. Mas já na STENACKS, uma fonte da PJ confirmou que a esposa do primeiro-ministro Nuno Nabiam esteve no local para assistir à operação da Polícia Judiciária, “contra madeiras” que seriam de Nabiam e Braima Camará, este último líder do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), partido no governo.
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