© MADS CLAUS RASMUSSEN/Ritzau Scanpix/AFP via Getty Images
Por Lusa 14/06/24
A primeira-ministra dinamarquesa afirmou hoje que as mulheres na política são criticadas devido ao seu género, na sua primeira aparição pública, uma semana após a agressão que sofreu.
"Temos mais problemas com as mulheres no poder do que com os homens no poder", afirmou Mette Frederiksen, 46 anos, num festival político na ilha oriental de Bornholm, que marcou o seu regresso às atividades públicas.
"Não tenho sido muito boa a falar de mim como mulher" na política, disse.
"Penso que algumas das críticas que Helle [Thorning-Schmidt, a primeira mulher a chefiar um governo na Dinamarca] e eu recebemos estão relacionadas com o nosso género", considerou Frederiksen.
Em 2019, aos 41 anos, tornou-se a mais jovem primeira-ministra do país escandinavo e manteve o cargo depois de o seu partido ter vencido as eleições gerais de 2022.
"Estive muito ocupada a cuidar de vós e do nosso país, que estava numa situação muito difícil, mas talvez não tenha sido tão boa a cuidar de mim própria", admitiu.
Na terça-feira, numa entrevista à televisão pública da RD, lamentou o endurecimento do tom das discussões políticas.
"Todos sabemos, independentemente do partido, que as fronteiras se deslocam dramaticamente, sobretudo desde o início da guerra no Médio Oriente", afirmou.
No dia 07 de junho, a chefe do Governo dinamarquês foi esmurrada enquanto caminhava no centro de Copenhaga.
O seu alegado agressor, um polaco de 39 anos, foi imediatamente detido e encontra-se desde então sob custódia. A polícia acredita que o ataque não teve motivações políticas.
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