segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

GUERRA NA UCRÂNIA: Zelensky promete que "inimigo vai sofrer a devastação" no próximo ano

© Getty Images

POR LUSA 

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky prometeu hoje, no seu discurso de Ano Novo, devastar as forças russas que invadiram o seu país há quase dois anos, com recurso a armamento de produção doméstica.

"No próximo ano, o inimigo vai sofrer a devastação da nossa produção doméstica", disse Zelensky, garantindo que a Ucrânia terá em 2024 um milhão de drones no seu arsenal.

O discurso televisivo foi enquadrado por imagens de artilharia e de aviões de caça ucranianos.

A Ucrânia vai dispor de mais "um milhão" de drones adicionais no seu arsenal no próximo ano, assim como de caças F-16 fornecidos pelos seus parceiros ocidentais, disse Zelensky.

A mensagem de Ano Novo do presidente ucraniano acontece menos de 72 horas após um ataque de Moscovo com vários mísseis e drones sobre as cidades ucranianas, e que fizeram 39 mortos num dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra.

"Os nossos pilotos já dominam os F-16 e é certo que os veremos brevemente no nosso céu", declarou o chefe de Estado ucraniano que acrescentou: "Assim, os nossos inimigos conhecerão a nossa raiva".

Zelensky exortou ainda os seus aliados ocidentais a manter o seu apoio à Ucrânia, numa altura em que se multiplicam os sinais de fadiga em relação ao conflito.

"Os ucranianos são mais fortes que todas as conspirações, todas as tentativas de diminuir a solidariedade mundial, de sabotar a coligação dos nossos aliados", alertou Zelensky.

Apesar da ajuda militar ocidental, que as ascende a milhares de milhões de dólares, a Ucrânia não conseguiu um avanço significativo na sua contraofensiva do verão de 2023 contra as forças russas.

Desde então que Moscovo tem intensificado a pressão ao longo das linhas da frente, tomando a cidade de Marinka no início de dezembro e procurando controlar Kupiansk no nordeste do país.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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