segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Almoço com chefias militares: PR SISSOCO ELEGE 2024 COMO ANO DE DISCIPLINA, RIGOR E DE LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO

Por: Assana Sambú  O DEMOCRATA  01/01/2024  

O Presidente da República, General Umaro SissocoEmbaló, elegeu 2024 como o ano da disciplina, de rigor e de luta contra a corrupção, acrescentando, neste particular, que não se pode impedir “as tentativas”, mas voltou a avisar que nenhuma tentativa de golpe de Estado vai consumar-se, enquanto estiver como chefe de Estado da Guiné-Bissau.

“Apesar dos esforços feitos na formação de militares nos últimos tempos, infelizmente as forças armadas são rotuladas com a cultura de golpes de Estado neste país, através da manipulação de alguns políticos falhados. Quero garantir-vos que eu, enquanto Presidente da República, não posso impedir que as pessoas tentem, mas garanto-vos que nenhuma tentativa de golpe vai consumar-se”, disse o chefe de Estado, elegendo o 2024 como o ano da disciplina, rigor e de combate à corrupção.

Embaló fez estas afirmações na sua mensagem endereçada às forças de defesa e segurança, durante um almoço de confraternização com as chefias militares, oficiais generais e superiores do exército guineense e com a presença dos responsáveis das forças de segurança (POP e Guarda Nacional), realizado no pátio do Estado-Maior (Fortaleza de São José da AMURA).

“As forças armadas não podem permitir que um dos seus elementos esteja a destabilizar o país sistematicamente. A Guiné-Bissau é um país de gente séria e de homens e mulheres bons. A Guiné é o único país do mundo em que, quando uma pessoa é presa por ter cometido um erro, levantam-se as vozes para dizerem que o fulano não pode ser detido. Mas porquê?” Questionou.

Umaro Sissoco Embaló afirmou que qualquer pessoa que tomar o dinheiro do Estado vai para o calabouço. 

Avisou aos militares na ocasião, que quem quer fazer a política deve desmobilizar-se, a começar pelo próprio Chefe de Estado-Maior General das Forças, para depois ir fazer a política.

“É uma pena o que aconteceu recentemente. Como é possível que as pessoas tenham sido detidas por terem cometido algum erro pareçam uns marginais que foram libertá-las? Digo assim porque essas pessoas não são militares, são sim marginais que costumam ter este tipo de comportamento de ir violar as celas para retirarem os presos”, criticou.

Assegurou que este ano as pessoas saberão que existe um Estado e desafiou quem quiser que saia a rua para manifestar. 

“Que saiam para se manifestarem, qualquer número de pessoas e mesmo 50 mil pessoas, haverá uma resposta adequada, porque a indisciplina não pode continuar neste país”, advertiu, assegurando que “até ao fim deste mês, todos os bandidos vão parar nas celas e mesmo que seja ele, porque ninguém tem o direito de tomar o bem público”.

“Nenhum tropa aqui é mercenário. As pessoas tomam os recursos do Estado para mobilizarem alguns marginais para fazerem o golpes de Estado. Não haverá golpe nunca mais nesta terra”, assegurou, enfatizando que “haverá golpes só na urna. Mas quem quiser desafiar que venha”.

“Não temos o direito de destabilizar este país e colocá-lo toda a hora na situação da instabilidade. É uma vergonha esta situação que acontece neste país, mas a população precisa da paz e estabilidade”, disse.

Embaló lembrou que várias vezes mandou as forças de defesa e segurança para retirar o lixo das ruas, mas depois de algumas horas via-se novamente lixo aglomerando nas ruas o que, no seu entender, é uma indisciplina que deve acabar.

Apelou às chefias militares e paramilitares para ajudarem no trabalho da reconstrução da Guiné-Bissau. 

O Brigadeiro general, Samuel Fernandes, apresentou a mensagem do final de ano do chefe do Gabinete do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, endereçada aos militares, na qual lembrou que 2023 foi ano de grandes realizações nas forças armadas.

“A nível da formação conseguimos enviar estudantes militares para o Reino de Marrocos em diferentes especialidades, para a República Popular da China, depois de um interregno de quase três anos, devido a pandemia de Covid-19, enviamos estudantes para Senegal, Portugal e em janeiro, um número significativo de estudantes militares vai para a Federação da Rússia, onde neste momento temos mais de uma centena dos nossos camaradas a estudarem nos diferentes estabelecimentos de ensino militares”, contou.

Realçou o trabalho feito para melhorar o sistema de saúde militar que agora tem maior e melhor assistência médica e medicamentosa para os militares e a população em geral que procura aquele serviço.

@CANAL FALADEPAPAGAIO

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