terça-feira, 6 de junho de 2023

Casa flutua no rio Dniepre após destruição de barragem. As imagens

© Nexta / Twitter

Notícias ao Minuto    06/06/23 

De notar que, face ao desastre, a Ucrânia anunciou que vai retirar 17 mil civis das zonas inundadas em torno da barragem.

Uma residência foi vista a flutuar no rio Dniepre, na sequência das inundações provocadas pela destruição da barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, esta terça-feira.

Imagens divulgadas nas redes sociais, às quais poderá aceder na galeria acima, mostram apenas aquilo que aparenta ser o telhado da habitação, que é empurrada pela corrente.

De notar que, face ao desastre, a Ucrânia anunciou que vai retirar 17 mil civis das zonas inundadas em torno da barragem, parcialmente destruída por uma explosão, cuja autoria gerou trocas de acusações entre Kyiv e Moscovo.

Cerca de 800 pessoas, 66 das quais com mobilidade reduzida, foram retiradas pela Cruz Vermelha e pelos serviços de emergência ucranianos, que detalharam, através das redes sociais, que pelo menos 80 localidades estão em risco de inundações.

Recorde-se que a destruição parcial da barragem, numa região controlada pelas forças russas, provocou inundações em pelo menos 24 localidades, segundo anunciou o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko.

Considerada no início da invasão como um alvo prioritário para os russos, esta barragem hidroelétrica no rio Dniepre está agora na linha da frente entre as regiões controladas por Moscovo e o resto da Ucrânia.

Segundo Kyiv, "cerca de 16 mil pessoas encontram-se numa zona crítica", ameaçadas pelas inundações provocadas pela destruição parcial da barragem, dando ainda conta de que 150 toneladas de óleo de motor foram derramadas no rio Dniepre.

Moscovo disse que 14 localidades, onde vivem "mais de 22 mil pessoas", estão sob ameaça, mas considerou que a "situação está totalmente sob controlo".

A barragem situa-se a 150 quilómetros da central nuclear de Zaporíjia, mas a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) disse que as cheias provocadas pela destruição da infraestrutura não representam um perigo imediato para a central.

Construída na década de 1950, durante o período soviético, a barragem permite o envio de água para o canal da Crimeia do Norte, que parte do sul da Ucrânia e atravessa toda a península ocupada e anexada por Moscovo desde 2014.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.895 civis desde o início da guerra e 15.117 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


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