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POR LUSA 24/04/23
O Presidente senegalês, Macky Sall, oficializou hoje a sua rutura com um dos seus principais aliados na coligação governamental, o antigo primeiro-ministro Idrissa Seck, que anunciou recentemente a sua candidatura presidencial às eleições de 2024.
Idrissa Seck, de 63 anos, chefe de governo entre 2002 e 2004 sob a Presidência de Abdoulaye Wade, ficou em segundo lugar, atrás de Sall nas eleições presidenciais de 2019.
Em novembro de 2020 abandonou a oposição para se juntar à coligação presidencial e foi posteriormente nomeado presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental (Cese), uma instituição consultiva.
O seu partido também passou a integrar o governo, onde tinha duas pastas.
O Presidente Sall "deu por findas" as funções de Seck como chefe do Cese e as de Yankhoba Diatara, ministro dos Desportos, e Aly Saleh Diop, ministro da Pecuária, segundo um comunicado oficial enviado à agência France-Presse.
Seck foi substituído na direção do Cese por um antigo ministro das Finanças, Abdoulaye Daouda Diallo, que foi chefe de gabinete do Presidente Sall.
O primeiro-ministro Amadou Bâ irá, "cumulativamente com as suas funções", dirigir os ministérios do Desporto e da Pecuária, segundo o comunicado presidencial.
O antigo primeiro-ministro Seck tinha anunciado no sábado a sua saída do Cese, bem como a saída do seu partido da coligação presidencial e a demissão dos dois ministros do governo, depois de ter declarado em 14 de abril a sua candidatura às eleições presidenciais.
O Presidente Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, mantém o silêncio sobre as suas intenções relativamente à eleição presidencial agendada para fevereiro de 2024, para a qual já se declararam cerca de 20 candidatos.
Os seus opositores consideram que Sall está impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.
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