terça-feira, 18 de outubro de 2022

Governo desvaloriza problemas no fornecimento de gás mas Galp alerta: "não é claro neste momento" o impacto em Portugal do que está a acontecer na Nigéria

Por cnnportugal.iol.pt, 18/10/22

Em causa estão as inundações no país africano, essencial no fornecimento de gás a Portugal. Galp mais prudente que o Ministério do Ambiente

A Galp disse esta terça-feira que “não é claro neste momento” se as inundações da Nigéria, principal fornecedor nacional de gás natural, poderão causar ruturas adicionais de abastecimento e garantiu estar a monitorizar a situação.

“Não é claro neste momento quando é que as operações locais serão restauradas ou se os impactos deste evento poderão resultar em ruturas adicionais de abastecimento para Galp”, disse fonte oficial da petrolífera, em resposta escrita à Lusa.

A Galp garantiu ainda que “está a monitorizar os desenvolvimentos na Nigéria”.

A Nigeria LNG Limited alertou a Galp para “uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito” devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode meter em risco o abastecimento em Portugal, segundo nota enviada pela empresa portuguesa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na noite de segunda-feira.

Naquela nota, a Galp dizia que ainda “não foi disponibilizada qualquer informação que suporte a avaliação dos potenciais impactos do evento, que poderão, no entanto, resultar em perturbações adicionais de abastecimento” à petrolífera portuguesa.

No seguimento daquele anúncio, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática desvaloriza a situação: adianta que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria”, afirmando não haver “escassez no mercado”.

“O Ministério do Ambiente e da Ação Climática informa que não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”, salientou o ministério num comunicado enviado às redações.

“Qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”, acrescentou o gabinete de Duarte Cordeiro.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.