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Por LUSA 18/10/22
As autoridades pró-russas da autoproclamada República Popular de Lugansk, anexada à Rússia após um referendo de adesão, informaram que, desde há uma semana, foram eliminados os controlos fronteiriços com o resto do território russo.
Conforme noticiado pelo governador da República, Leonid Pasechnik, "todos os postos de controlo foram abolidos" e os guardas fronteiriços que permanecem no cargo limitam-se apenas a "proteger a propriedade", segundo a agência russa TASS.
O governo da região cumpriu assim as instruções do seu Comité Aduaneiro estatal, que tinha apelado à abolição dos postos fronteiriços com as regiões russas de Belgorod, Voronezh e Rostov.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, considerando-a legitimada nos resultados de uma série de referendos de adesão que, no entanto, não foram reconhecidos nem pela Ucrânia nem pela comunidade internacional.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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