O Governo da Guiné-Bissau exonorou o diretor nacional de Interpol, Melancio Correia. Para o seu lugar irá o antigo procurador-geral da República Bacari Biai, sugundo as informações avançadas pelas fontes do executivo e judiciais disseram à agência Lusa.
A exoneração de Melancio Correia acontece horas depois de o coletivo de advogados do ex-primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira criticar a sua atuação pelo seu envolvimento na tentativa de execução de um mandado de captura internacional emitido contra o político pelo Procurador-Geral da República, Fernando Gomes.
O coletivo de advogados de Domingos Simões Pereira acusou o diretor nacional da Interpol de ter tido "um comportamento que entristece o país" quando aceitou solicitar a emissão do mandado de captura internacional "mesmo sabendo que a medida não obedece às formalidades legais".
Na resposta da Interpol ao Ministério Público guineense e à qual o coletivo de advogados de Domingos Simões Pereira teve acesso, é referido que o artigo 3.º dos estatutos daquela organização determina que é "estritamente proibido à organização realizar qualquer intervenção ou atividade de caráter político, militar, religioso ou racial".
Segundo fontes concordantes do Governo e judiciais, o novo diretor nacional da Interpol passa a ser Bacari Biai, que deixou as funções de Procurador-Geral da República em julho de 2019. Bacari Biai, magistrado jubilado do Ministério Público, foi também diretor da Polícia Judiciária (PJ).
Melancio Correia é quadro sénior da PJ guineense e esteve sempre ligado ao gabinete nacional da Interpol na Guiné-Bissau desde a sua criação, em 2006, até ser nomeado diretor nacional pelo atual ministro da Justiça, Fernando Mendonça, em junho de 2020.
Ministro de Justiça suspende o diretor Nacional de Interpol e, em seu lugar nomeia o antigo Procurador-geral da República Bacar Biai.
Sem comentários:
Enviar um comentário