terça-feira, 9 de março de 2021

Sociedade - Populares do Ilhêu do Rei sem água potável nem assistência sanitária

Bissau, 09 Mar 21(ANG) – Os populares do ilhêu do Rei, situada à pouco mais de uma milha da capital Bissau, se deparam com problemas de falta de água e de assistência médica, disse a ANG uma cidadã que habita no Ilhêu.

Em declarações ao repórter da ANG,  Isanefa Máximo Vieira, uma das cerca de 500 pessoas que habitam  aquele ilheu, disse que deslocam diariamente à Bissau à procura de água para o consumo e outros afazeres.

Disse  que o centro de saúde do Ilhêu foi reablitado há cerca de um ano, pelo deputado Hussein Farat mas que não está a funcionar devido a falta de pessoal sanitário, nomeadamente médicos, enfermeiros e parteiras.

“O hospital está fechado e se porventura tivemos  doentes, somos obrigados a evacuá-los para Bissau e as vezes recorremos aos remédios tradicionais”, explicou.

Perguntada sobre as principais actividades económicas da Ilha, Isanefa Máximo Vieira afirmou que é a pesca, e relata que as mulheres adquirem pescados, principalmente, bagres  que depois de serem fumados são levados para vender em diferentes mercados de Bissau.

Para a Ivilita Mendonça, é um  pesadelo  para um jovem viver no Ilhêu do Rei. Disse  que o nível do ensino é somente até a quarta classe e se concluir esse nível a pessoa obrigatoriamente  tem que passar a estudar em Bissau.

Ivilita Mendonça sublinhou que todos os professores que leccionam no Ilhêu do Rei residem em Bissau e que deslocam-se diariamente para dar aulas e no final do dia regressam para as suas casas.

Adiantou que, caso não houver a disponibilidade de pirogas para os transportar,  automaticamente os alunos ficam sem aulas.

Salientou que, o Ilhêu do Rei não tem nenhum mercado, acrescentando que, todas as suas compras para o consumo e igualmente as vendas dos seus produtos são feitas em Bissau.  

Na sua intervenção no acto da entrega da escola primária por ela reabilitada, a ex-candidata à deputado, Catarina Taborda afirmou que a infraestrutura faz parte do leque de promessas aos populares da Ilha durante as legislativas de 2019, embora não fora eleita no Circulo 24 ,de que a localidade faz parte.

“Em todas as dificuldades enumeradas pelos populares da Ilha do Rei, escolhemos a reabilitação da escola, tendo em conta que é o foco do Partido da Convergência Democrática(PCD)”, explicou, acrescentando que a educação é a solução para a Guiné-Bissau.

Catarina Taborda disse que ter-se abdicado do projecto da reabilitação da referida escola porque não foi escolhída como deputada, mas diz que não a fez  porque a sua intenção não era  apenas  ser deputada, mas sim ajudar a população carenciada da Ilha.

Catarina Taborda promete igualmente fazer diligências para fazer furos de água potável, colocação de uma piroga e construção de um mercado para comércio interno, para minimizar as dificuldades dos populares da Ilha de Rei.

ANG/ÂC//SG

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