domingo, 19 de abril de 2020

COREIA DO NORTE - Coreia do Norte: Navios podem figurar em lista negra por violarem sanções

A Coreia do Norte viola sistematicamente as sanções impostas pelas Nações Unidas, nomeadamente exportando ilegalmente carvão e importando petróleo, conclui um relatório de peritos, que recomenda a inclusão de 14 navios numa lista negra internacional.


No relatório de 267 páginas revelado pela agência AP, os especialistas encarregados de controlar a aplicação das sanções à Coreia do Norte impostas pelas Nações Unidas revelam uma extensa lista de infrações de Pyongyang.

Apesar das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, o regime norte-coreano continua a importar mercadorias proibidas, como veículos de luxo, álcool e ligadas à robótica, para além de promover ataques cibernéticos a instituições financeiras internacionais, especulando com criptomoedas para obter receita ilícita.

A Coreia do Norte continua ainda a testar os programas de mísseis nucleares e balísticos, tendo sido incluídas no relatório dos peritos fotografias de lançadores de mísseis balísticos, instalações nucleares e embarcações recomendadas para a lista negra.

De acordo com o documento, sete dos navios usados para violar as sanções estão registados na Serra Leoa. Dois têm bandeira norte-coreana, um é chinês, outro vietnamita, os restantes estão registados no Togo e nas Caraíbas.

A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Norte e tem sido muito crítica da aplicação das sanções da ONU.

Uma foto no relatório mostra vários navios com bandeira da Coreia do Norte, carregados de carvão, ancorados perto de Lianyungang, China.

Também o navio com bandeira do Vietname, o Phuong Linh 269, é suspeito de entregar carvão originário da Coreia do Norte no porto chinês de Qisha em várias ocasiões.

O painel de especialistas garante que as exportações de carvão da Coreia do Norte aumentaram em 2019, apesar da proibição da ONU.

Segundo estimativas de um estado-membro da ONU não identificado, a Coreia do Norte exportou 3,7 milhões de toneladas de carvão entre janeiro e agosto de 2019, com um valor estimado superior a 300 milhões de euros.

noticiasaominuto.com

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CORONAVÍRUS - Coreia do Sul começa a aliviar alguns limites no distanciamento social

O primeiro-ministro da Coreia do Sul revelou hoje que o país vai manter grande parte das normas de distanciamento social até 5 de maio, mas pretende começar a aliviar alguns dos limites impostos devido à pandemia de Covid-19.


A informação foi dada por Chung Sye-kyun poucas horas após as autoridades de saúde sul-coreanas terem reportado oito novos casos de coronavírus, tendo sido a primeira vez em que o crescimento diário baixou para um dígito no prazo de cerca de dois meses.

Chung diz que o governo vai parar de "aconselhar fortemente" as organizações religiosas, academias e bares para suspenderem as suas atividades e permitir a reabertura de instalações públicas ao ar livre com menos risco, como parques de recreação.

O primeiro-ministro disse ainda que jogos desportivos ao ar livre podem ser realizados sem espetadores.

Apesar de uma recente tendência de queda contínua, Chung diz que "definitivamente, não é hora de se sentir aliviado".

Embora diga que a Coreia do Sul precisa de encontrar formas de revitalizar a sua economia, Chung garante que o governo pretende endurecer as regras de distanciamento social se o perigo de contágio pelo vírus subir outra vez.

A Coreia do Sul registou oito novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 10.661 o número total de infetados no país, anunciaram hoje as autoridades sanitárias sul-coreanas.

De acordo com o Centro para Controlo e Prevenção de Doenças sul-coreano, o país registou, até agora, 234 mortos.

Dos 10.661 infetados desde o início da epidemia, 8.042 recuperaram, enquanto 12.243 estão a aguardar o resultado dos testes para determinar se contraíram a covid-19, indicou aquele organismo.

Nas últimas semanas, o número de infeções tem vindo a diminuir na Coreia do Sul, que entre o final de fevereiro e início de março registou centenas de novos casos diários, sobretudo em Daegu e áreas vizinhas, no sudoeste do país.

Apesar desta diminuição, os responsáveis sul-coreanos têm alertado para a possibilidade de um "contágio silencioso" alargado, com a redução das medidas de prevenção, nomeadamente o distanciamento social.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 158 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 502 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.


Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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