O Japão e os Estados Unidos foram hoje os primeiros países a repatriar centenas dos seus cidadãos que se encontravam na cidade chinesa de Wuhan, onde o novo coronavírus foi detetado em dezembro, um processo que seguem outros países.
Um avião com cerca de 206 japoneses aterrou hoje por volta das no aeroporto Haneda, em Tóquio e alguns foram hospitalizadas, sem que fosse confirmado imediatamente qualquer caso de contaminação.
Uma equipa médica estava a bordo e os passageiros foram interrogados durante o voo para detetar eventuais sintomas e, posteriormente, levados para um centro médico para exames complementares.
Cinco pessoas, que indicaram que se sentiam mal, foram hospitalizadas na sua chegada. Duas foram diagnosticadas com pneumonia, mas não foi confirmado, nesta fase, se tinham ou não o novo coronavírus, uma vez que os resultados de análises requerem tempo.
As autoridades japonesas não consideram colocar os repatriados em quarentena, pedindo que permaneçam nas suas casas durante duas semanas.
Um avião com 201 norte-americanos vindos da cidade chinesa no centro do surto de coronavírus chegou também hoje a uma base militar do sul da Califórnia depois que todos a bordo passarem por um teste de triagem de saúde em Anchorage, onde a aeronave parou para reabastecer.
O avião pousou pouco depois das 8:00 locais (16:00 em Lisboa) na Base Aérea de Março, a cerca de 96 quilómetros a leste de Los Angeles.
Vários países europeus, incluindo Portugal, França, Itália e Alemanha, mas também a Austrália têm em marcha planos para proceder ao repatriamento de alguns dos seus cidadãos em Wuhan.
A União Europeia anunciou o envio de dois aviões, entre hoje e sexta-feira, à região chinesa de Wuhan que vão repatriar, devido ao coronavírus, 250 franceses e outros 100 cidadãos europeus que o solicitem, independentemente da nacionalidade.
Itália também vai enviar um avião na quinta-feira a Wuhan, sem especificar o número de pessoas repatriadas ou se o protocolo prevê quarentena.
Também o Governo australiano anunciou hoje que vai retirar os seus cidadãos da cidade Wuhan para a Ilha Christmas, no Oceano Índico, onde permanecerão em quarentena.
Nos próximos dias, Berlim também vai proceder à retirada de cerca de 90 alemães presentes em Wuhan.
Os repatriados alemães passarão por um período de quarentena de 14 dias, em conformidade com o período de incubação do vírus, indicou o Governo alemão.
A China elevou para 132 mortos e mais de 5.900 infetados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
Hoje, foi identificado um caso de contágio pelo novo coronavírus (2019-nCoV) nos Emirados Árabes Unidos, o primeiro detetado em países do Médio Oriente.
Além do território continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França e Emirados Árabes Unidos.
NAOM
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