"Esta avaliação irá permitir ao senhor Presidente ter uma ideia exata da situação no que concerne aos preparativos para o escrutínio e em função dessa ideia tomar-se-ão decisões para que possamos chegar a bom porto, organizando eleições transparentes, livres e justas no nosso país", afirmou, no final do encontro, aos jornalistas, Aristides Gomes.
Questionado sobre o comunicado conjunto das Nações Unidas, da União Africana e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que pede todos os esforços para realizar eleições legislativas a 18 de novembro, mesmo já se sabendo que o recenseamento se vai prolongar para além daquela data, o primeiro-ministro disse tratar-se de um comunicado de "apoio ao processo eleitoral".
"Penso que é um comunicado de apoio ao processo eleitoral. Quer dizer que nós nos devemos compenetrar em permanência nessa necessidade de esforços para que possamos sair disto o mais rapidamente possível", disse Aristides Gomes.
O primeiro-ministro guineense afirmou também que estão a ser feitos esforços conjuntos com toda a comunidade internacional, destacando o apoio da Nigéria e de Timor-Leste.
"Toda a gente está a fazer esforço, nós, Governo, o Presidente da República, e pensamos que os partidos também devem fazer esforços para compreender que a situação é de exceção, difícil, mas que a Guiné-Bissau vai sair disto. Temos de encontrar o caminho para uma estabilização política definitiva", sublinhou.
O processo eleitoral para as legislativas, marcadas para 18 de novembro na Guiné-Bissau, tem sido bastante criticado pelos partidos políticos e pela sociedade civil, principalmente o recenseamento, que começou atrasado, a 20 de setembro.
Recentemente, o Governo anunciou o que o recenseamento eleitoral se deveria prolongar até 20 de novembro e terminar dois dias depois da data marcada para a realização das legislativas, que deverão ter de ser adiadas.
A nova data das eleições legislativas ainda não foi confirmada, mas fontes ligadas ao processo admitem dois cenários, nomeadamente eleições em meados de dezembro ou em finais de janeiro de 2019.
Lusa
Braima Darame
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