Bissau, 17 Nov 17 (ANG) – As autoridades guineenses inauguraram recentemente um laboratório nacional de pescado, o que permitirá ao pais voltar a poder exportar o pescado, a partir de Bissau, para o mercado Europeu, refere o jornal Nô Pintcha na sua edição de quinta-feira.
A Guiné-Bissau, por decisão da Comissão Europeia, foi excluída desde dezembro de 2000 da lista de países que podem exportar diretamente para o mercado Europeu, por falta de controlo sanitário do pescado.
Segundo Jorge Malu, ministro dos Negócios Estrangeiros, quem presidiu a cerimônia de inauguração em representação do Primeiro-ministro, após essa exclusão, o pescado guineense passou a ser exportado através de países vizinhos, principalmente, o Senegal.
“Desde então, os esforços do governo para remover os obstáculos à exportação vem sendo desenvolvidos no sentido de satisfazer as condições e procedimentos exigidos pelas normas do Conselho Europeu, em matéria de exportação de produtos provenientes do sector das pescas”, disse.
A infraestrutura construída desde 2014 com apoio financeiro da União Europeia tem uma área sensorial, outra de análise de pescado fresco, uma de Físico-química, outra de microbiológica e de serviço de inspeção do mesmo.
Malu exortou ao ministro das Pescas a assumir em pleno o papel de autoridade competente de controlo sanitário do pescado, tendo em conta as potencialidades em recursos pesqueiros do pais.
Por sua vez, o ministro das pescas Orlando Mendes Viegas salientou que o laboratório inaugurado reflete a tendência nacional e internacional de os países se adaptarem as exigências dos consumidores sobre o controle da qualidade dos gêneros alimentícios.
Acrescentou que em matéria de higiosanitária e controlo de qualidade de pescado e produtos de pesca, o laboratório dispõe de 14 técnicos entre os quais médicos veterinários, engenheiros químicos e tecnológicos de pescado, que receberam formação ao nível nacional e internacional para utilização dos equipamentos modernos com que vão trabalhar.
“O Laboratório Nacional do Pescado foi selecionado a nível nacional pelo programa de sistema de qualidade da África Ocidental como entidade que reúne as melhores condições para ser acreditado pela norma ISSO 17025”, condição fundamental para ser internacionalmente reconhecido”, explicou o governante.
ANG/Nô Pintcha
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