O Advogado de defesa do presidente da Federação de Futebol do país, Manuel Irénio Lopes, afirmou esta quarta-feira (01 de Novembro de 2017) que a detenção do seu cliente é um abuso do poder por parte do Tribunal Regional de Bissau.
De acordo com Basílio Sanca, a informação posta a circular no país, segundo a qual o seu cliente faltou sete vezes consecutivas a um julgamento no tribunal, onde é acusado de alegada agressão física, não corresponde minimamente a verdade.
Para Basílio Sanca, o dirigente desportivo só foi notificado três vezes para comparecer no tribunal e uma das sessões de julgamento não aconteceu devido à falta da comparência da juíza do processo.
“Nós dois fomos notificados somente três vezes pelo tribunal. Uma vez julgamento não aconteceu porque a juíza não compareceu na sessão e os restantes dois julgamentos nós (eu e o líder da federação) não comparecermos ao julgamento devido a agenda profissionais”, declarou Sanca.
O Advogado do presidente da Federação de Futebol falava esta quinta-feira numa conferência de imprensa, com objetivo de esclarecer aos guineenses sobre o processo que levou a detenção do seu cliente, mas também para criticar alguns órgãos de comunicação social pela forma como o processo foi abordado nos diferentes programas radiofónicos.
Na ocasião, Basílio Sanca, instou aos jornalistas a tratarem o processo com rigor e objetividade, embora garanta que o seu cliente está disponível a enfrentar a justiça.
“Estamos à espera do julgamento e estamos serenos para responder perante o tribunal porque o meu cliente não é um simples cidadão guineense, já foi deputado da nação, por isso tem a responsabilidade perante os órgãos da soberania do país de comparecer a justiça”, argumentou o Advogado.
“Manelinho”, como é conhecido o dirigente desportivo, foi aplicado no passado dia 24 de Outubro do ano em curso o termo de identidade de residência e retirado o passaporte pelo Tribunal Regional de Bissau, durante a primeira sessão de julgamento em que é suspeito pela agressão.
A Juíza detentora do processo, marcou a continuidade do Julgamento do líder federativo para o próximo dia 03 de Novembro, depois de mais de três horas de julgamento no tribunal, em que foi aplicado medidas de coação, como, termo de identidade de residência, apresentação periódica e obrigação de permanência.
Manuel Irénio Nascimento Lopes é suspeito de agressão física ao cidadão Francisco Silva Monteiro, desde 2006 na sequência de um desentendimento entre os dois, já há onze anos.
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