O Sindicato Nacional dos Funcionários Aduaneiros guineenses ameaça entregar um pré-aviso de greve e, consequentemente, paralisar o setor aduaneiro, sob condição de os colegas suspensos das suas funções serem reconduzidos sem nenhuma exigência ou condição.
Em conferência de imprensa, Agostinho Sanhá, presidente do sindicato, acusa Botche Candé de falta de seriedade e de ter permitido a sua empresa, “Cuba Limitada”, operar e executando exportações com uma documentação falsa.
Agostinho Sanhá denuncia, igualmente, que a empresa do governante guineense, teria importado produtos com uma declaração falsa e que neste momento a empresa tem um processo em 2015 nas alfandegas de Bissau.
“Os quatro camiões aprisionados em uma operação é a razão de suspensão de três dos nossos colegas de base. Os camiões, para além de não terem os estatutos de importadores e de terem produzido uma falsa declaração, não pagaram devidamente o imposto aduaneiro”, acrescenta o sindicalista.
No passado, segundo Agostinho Sanhá, Botche Candé teria acusado o sindicato de desvio de receitas provenientes de ‘locateres’, um assunto que desmente e diz não corresponder à verdade.
“É falsa essa declaração e não nos cai bem ouvir do Ministro de Estado e do Interior que as receitas provenientes dos ‘locateres’ (sete milhões de francos CFA), só quatro vão para o tesouro público e o resto para os nossos bolsos”, desmente.
Neste sentido, diz estarem determinados a não ceder até que os três agentes suspensos serem reconduzidos incondicionalmente. Sanhá disse ao Jornal O Democrata que a suspensão dos seus colegas deveu-se pelo facto de terem aprisionado veículos de um grupo de pessoas, que, supostamente, o Ministro do Interior não terá gostado, depois de algumas informações recebidas, e ordenara a sua suspensão imediata.
Por: Filomeno Sambú
OdemocrataGB
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