sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

NA GUINÉ-BISSAU, NÃO HÁ RISCO POLÍTICO, HÁ SIM POLÍTICOS QUE PISAM O RISCO, AO TRAÍREM O SEU PAÍS

VERDADEIRA POLÍTICA DA TERRA QUEIMADA (2). UMA VERDADEIRA CONSPIRAÇÃO DA IGNOMÍNIA (AFRONTA) !
ALERTA: AO  PRESIDENTE DA REPÚBLICA, PRIMEIRO MINISTRO, INSTÂNCIAS JUDICIAIS, P5 E A TODA COMUNIDADE INTERNACIONAL DE BISSAU.

No seguimento do nosso post de ontem, voltamos à carga com mais elementos elucidativos, com o objectivo de tornar compreensível a ignóbil conspiração contra um país próspero e promissor como a Guiné-Bissau, cujo Governo, apesar de algumas contrariedades, tem procurado tranquilizar a sociedade em torno de um projecto sério e sustentável de desenvolvimento.

Apesar das ferozes tentativas de desestabilização promovidas pelos mentores da política de terra queimada, para quem quanto pior / melhor, tentando assim minar a consolidação de um clima de estabilidade, paz e segurança indispensável às reformas inadiáveis. Reformas ciclicamente adiadas em prejuízo das populações, que continuam a desesperar perante a insidiosa persistência das forças de bloqueio, de quem tudo fez para se agarrar ao poder, apesar de uma governação desastrosa e fortemente lesiva do erário público.

Estes actores não hesitam em deitar a mão a todos os recursos imagináveis, sem consideração pelos danos que possam causar ao seu país, desde que sirvam os seus desígnios do momento, tentando manipular a opinião pública, nacional e internacional. Sempre que desponta no horizonte uma vaga esperança de melhoria da vida do povo, estes abutres lançam os espectros da droga, da violência, do tribalismo, do terrorismo, da insegurança política, agitando o fantasma do caos, querendo fazer acreditar serem os únicos capazes de governar, que mais ninguém o poderá ou saberá fazer.

Neste particular, tomámos conhecimento desta cabala ao analisar a tradução e publicação do índice de risco político do BMI, que excedeu todos os limites, ao colocar num mesmo saco a Guiné-Bissau com a Líbia, a República Centro-Africana, o Sudão ou a Somália. Mas como foi possível tal barbaridade, que choca e escandaliza qualquer cidadão minimamente atento, perante a incongruência destes dados: que critérios terão presidido ao cálculo deste Índice, perguntariam os mais ingénuos? O indicador no qual se baseia este ranking é composto por um conjunto de seis índices ponderados. Nos cálculos BMI, os países são classificados por agências especializadas. E quem são os responsáveis para os PALOP? África Monitor!

Confira a página na qual o BMI assume as suas ligações com África Monitor.
http://www.africamonitor-newsletter.com/west-africa
Ora desde há muito tempo que África Monitor nos acostumou às suas análises enviesadas, cuja parcialidade é notória em favor de uma das partes em conflito na crise política que tem assolado a Guiné-Bissau. Mas o presente caso é bem mais grave, pois implicou a manipulação deliberada da inevitável subjectividade dos critérios relativos aos vários índices calculados pela BMI, no intuito de distorcer a pontuação da Guiné-Bissau, de desclassificar e prejudicar a percepção do país, tanto interna como externamente, a soldo de inconfessáveis objectivos de chicana política.

Precisamente no momento em que a promoção do Turismo no país parecia tomar um rumo, e que se está a criar uma dinâmica de investimento no país, são alguns guineenses ingratos a dar um tiro no pé e a contribuírem para o reforço dos estereótipos altamente negativos. Ramos-Horta chega amanhã ao país. Este estadista timorense também chegou ao nosso país, durante a transição, enformado por essas ideias perniciosas e falsas, de a Guiné-Bissau ser um país violento. Para depois reconhecer publicamente ser afinal um dos países mais seguros de África, no relatório que elaborou à sua saída. Desde a guerra de 1998, motivada por uma invasão estrangeira, que as mortes ocorridas ocorrem apenas no meio político-militar, não afectando o povo.

Falar de «riscos políticos» e colocar tudo no mesmo saco, quando as consequências são, na Guiné Bissau, a simples queda de efémeros Governos ou alguma instabilidade governativa, e nos outros países, guerras, conflitos armados, matanças religiosas recorrentes, exílio forçado de grande parte da população associadas à fome, só pode ser considerado, no mínimo, desonestidade intelectual. Ou uma brincadeira de mau gosto. Na Guiné-Bissau, não há risco político, há é políticos que pisam o risco, ao traírem o seu país.

África Monitor quer-nos fazer acreditar, na sua página, tratar-se de um projecto autónomo, nunca referindo a colaboração com a BMI, ao contrário do que faz esta última. Resta saber se a BMI está de boa-fé e foi simplesmente abusada pela evidente má-fé da sua parceira África Monitor (pt), ou se também come da mesma gamela, leiloando as suas análises a quem pagar mais. É a própria credibilidade do seu modelo de negócios que pode ser colocada em causa pela filial portuguesa, que é um verdadeiro ninho de podridão.

Quanto aos riscos políticos, como cotar os Estados Unidos, com manifestações diárias de condenação ao recém-eleito presidente, pela sua eventual insanidade mental e crispações sociais de uma gravidade sem precedentes? Não deveria, à luz do exemplo de convivência inter-étnica guineense, ultrapassá-la na ordenação? Mas voltando ao África Monitor e aos PALOP, que dizer de Angola, pronta a rebentar pelas costuras? E Moçambique, onde se raptam e matam cidadãos portugueses dia sim dia não, país aliás em estado declarado de pré-guerra civil? Não convém aos investimentos? É mais fácil prejudicar a Guiné Bissau, que é um pequeno e pobre país, se bem que calmo, sereno e seguro? Até quando?

Ditadura do Progresso

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