OO Centro Nacional de Cibersegurança (NCSC, na sigla em inglês) afirma que os objetivos dos hackers eram organismos de pesquisa e desenvolvimento de vacinas do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá e que suas acusações têm o respaldo das autoridades americanas e canadenses. ASSOCIATED PRESS - Greg Baker
Texto por: RFI
A agência britânica de segurança cibernética acusou, nesta quinta-feira (16), um grupo de hackers, que "quase com toda certeza" trabalha para o serviço de inteligência da Rússia, de tentar roubar informações sobre os projetos de vacinas contra o coronavírus. Uma acusação imediatamente negada pelo Kremlin, e sustentada pelo Reino Unido, em conjunto com os Estados Unidos e o Canadá.
A acusação é feita num contexto de tensão entre Londres e Moscou, com suspeitas de interferências russas nas legislativas britânicas de dezembro passado e no referendo de 2016 do Brexit.
Considerando "totalmente inaceitável que os Serviços de Inteligência da Rússia tenham como alvo aqueles que trabalham na luta contra a pandemia de coronavírus", o ministro britânico das Relações Exteriores, Dominic Raab, alertou que os culpados serão, mais cedo ou mais tarde, "responsabilizados".
"Enquanto alguns estão perseguindo de forma imprudente seus interesses egoístas, o Reino Unido e seus aliados continuam seu trabalho duro para encontrar uma vacina e proteger a saúde global", disse ele em comunicado.
O Centro Nacional de Cibersegurança (NCSC, na sigla em inglês) afirma que os objetivos dos hackers eram organismos de pesquisa e desenvolvimento de vacinas do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá e que suas acusações têm o respaldo das autoridades americanas e canadenses.
"O NCSC avalia que (o grupo) APT29, também chamado de 'Dukes' ou 'Cozy Bear', com quase toda certeza opera como parte dos serviços de inteligência russos", afirmou o centro, segundo o qual os governos dos Estados Unidos e Canadá têm a mesma opinião.
Ataques cibernéticos
"O Reino Unido continuará a combater aqueles que executam ataques cibernéticos e trabalhará com nossos aliados para que os autores prestem contas", advertiu o chanceler britânico.
"Rejeitamos essas acusações, bem como as novas alegações sem fundamento sobre uma interferência nas eleições de 2019", reagiu Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa, citado pela agência Tass.
O governo britânico também afirmou nesta quinta-feira que era "quase certo" que a Rússia tentou atrapalhar as eleições legislativas de 12 de dezembro, divulgando documentos durante a campanha sobre um possível acordo comercial entre Londres e Washington depois do Brexit.
Foi iniciada uma investigação para tentar identificar a fonte do vazamento desses documentos, publicados na rede social Reddit.
"Com base em uma análise abrangente, o governo concluiu que é quase certo que intermediários russos procuraram interferir nas eleições parlamentares de 2019, por meio da divulgação on-line de documentos governamentais obtidos ilegalmente", denunciou Raab em uma declaração escrita ao Parlamento.
Durante a campanha, o então líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, fez referência a 450 páginas de documentos que, segundo ele, provavam que o governo queria "vender" aos americanos o serviço de saúde britânico (NHS), uma das questões-chave na votação.
Estimando que o vazamento "fazia parte de uma campanha identificada como proveniente da Rússia", a rede social Reddit fechou 61 contas suspeitas. Jeremy Corbyn, por sua vez, chamou de "teoria da conspiração" as afirmações sobre a origem russa do vazamento desses documentos.
O Reino Unido espera nos próximos dias a publicação de um relatório sobre outras possíveis interferências russas, principalmente na campanha para o referendo de 2016 que levou ao Brexit.
As relações entre Londres e Moscou estão tensas desde o envenenamento, em solo britânico, do ex-agente russo Serguei Skripal, na cidade de Salisbury (sudoeste). A Rússia negou qualquer envolvimento, mas o caso resultou em uma onda mútua de expulsões de diplomatas.
Os dois países só retomaram o diálogo 11 meses depois, em fevereiro de 2019.
(Com informações da AFP)
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A Rússia completa com sucesso ensaios de uma vacinas contra #Covid19 na Universidade Sechenov, de Moscovo.
"A Universidade Sechenov concluiu com sucesso os testes em voluntários da primeira vacina contra o coronavírus do mundo", disse Vadim Tarasov, diretor do Instituto de Medicina e Biotecnologias, à agência Sputnik.
O cientista confirmou que os membros do primeiro grupo de voluntários receberão alta no dia 15 de julho e os do segundo no dia 20 de julho.
➡️https://br.sputniknews.com/russia/2020071215823034-universidade-russa-anuncia-sucesso-em-testes-clinicos-de-vacina-contra-covid-19/
Fonte: Embaixada da Rússia na Guiné-Bissau