sábado, 25 de outubro de 2025

Cerca de 8,7 milhões de eleitores escolhem hoje Presidente da Costa do Marfim... Cerca de 8,7 milhões de eleitores da Costa do Marfim vão às urnas hoje para escolherem o próximo Presidente, num clima de tensão marcado por manifestações.

Por  LUSA 25/10/2025

Na corrida presidencial concorrem cinco candidatos, incluindo o atual Presidente, Alassane Ouattara, apesar do Conselho Constitucional ter recibo cerca de 60 candidaturas.

Alassane Ouattara, do partido União dos Houphouëtistas pela Democracia e a Paz (RHDP), que assumiu o cargo em 2010, enfrentará os ex-ministros Jean-Louis Billon, da coligação Congresso Democrático, e Ahoua Don Mello, independente, bem como a ex-primeira-dama Simone Gbagbo, do Movimento das Gerações Capazes (MGC), e Henriette Lagou, do partido Renovação para a Paz e a Concórdia (RPC-PAIX), que também foi candidata em 2015.

Os principais opositores, Lairent Gbagbo e Tidjane Thiam, foram excluídos da corrida presidencial, sendo as suas candidaturas rejeitadas pelo Conselho Constitucional. O primeiro devido a uma condenação judicial ocorrida em 2018 e o segundo por questões de nacionalidade.

Esta exclusão reforça a probabilidade de Alassane Ouattara ganhar as eleições, sendo que se vencer vai para um quarto mandato, contestado e declarado como inconstitucional pela oposição.

A campanha eleitoral, que começou a 10 de outubro, foi marcada por manifestações convocadas pelos partidos da oposição, que exigiam diálogo político.

Segundo as autoridades, uma pessoa morreu e cerca de 700 outras foram detidas nos protestos, sendo que a oposição contesta que são três vítimas mortais.

O país da África Ocidental, com uma população de 32 milhões de habitantes, nunca teve nenhuma eleição presidencial desde 1995 que resultasse numa mudança pacífica de poder.

Entre 2002 e 2007, a Costa do Marfim mergulhou numa guerra civil, sendo o conflito alimentado por divisões étnicas que opuseram o sul do país ao norte.

A Costa do Marfim é o maior produtor global de cacau, representando 40% da produção mundial. O setor agrícola é o que mais impulsiona a sua economia, apesar do país possuir recursos minerais e hidrocarbonetos.

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