segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Há cada vez mais famílias na pobreza, AMI ajudou 7.000 em apenas 3 meses

 

SIC Notícias

A maioria dos pedidos de ajuda são de portugueses em idade ativa. Muitos trabalham, mas não tem rendimentos suficientes para viver. Também o número de idosos a pedir ajuda está a aumentar. Lisboa, Porto e Coimbra são as cidades onde há mais pedidos de ajuda.

O número de pessoas em situação de pobreza está a crescer e são cada vez mais os pedidos de ajuda que chegam à AMI. Só no primeiro trimestre do ano, a fundação ajudou quase 7.000 pessoas, a maioria em idade ativa.

Casas caras, salários baixos, inflação são fatores que contribuem para um dia-a-dia cada vez mais difícil para as famílias. O reflexo: mais pedidos de ajuda.

Só nos primeiros meses do ano, chegaram 6.772 pedidos à AMI. É um aumento de 5% em relação ao ano passado.

"É bastante preocupante. Estamos a falar de famílias com cada vez mais dificuldade em conseguir suprir as necessidades. O preço da habitação torna praticamente impossível a gestão do orçamento familiar (...). É absolutamente incomportável conseguirem ter uma vida razoável", afirma Paulo Pereira, diretor Centro Porta Amiga da AMI.

A maioria dos pedidos de ajuda são de portugueses em idade ativa. Muitos trabalham, mas não tem rendimentos suficientes para viver.

"Estamos a falar essencialmente de famílias, pessoas com cada vez maior escolaridade. Estamos a falar de muitas crianças que com o nosso apoio e de outras organizações vão conseguindo ter o material escolar", acrescenta Paulo Pereira.

Também o número de idosos a pedir ajuda está a aumentar.

Mais pedidos geram mais distribuição. No caso da comida, a distribuição aumentou 23% e chegou, entre janeiro e junho, a 2.692 pessoas.

Quanto à entrega de cabazes alimentares, houve um aumento de 85% em relação ao ano passado. Foram entregues 5.766.

A AMI diz que a situação vai agravar-se.

"Temos a perfeita noção de que vamos terminar o ano com a agudização destes números", refere o responsável.

A AMI ajudou ainda mais de 1.000 pessoas em situação de sem-abrigo, 269 novos casos.

Lisboa, Porto e Coimbra são as cidades onde há mais pedidos de ajuda.

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