terça-feira, 13 de agosto de 2024

O Exército israelita voltou a ordenar hoje nova retirada dos civis palestinianos da localidade de Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, após o lançamento pelo Hamas de foguetes em direção a Israel que não provocaram vítimas.

© Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  13/08/24 
 Exército israelita ordena nova retirada dos civis de Khan Yunis
O Exército israelita voltou a ordenar hoje nova retirada dos civis palestinianos da localidade de Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, após o lançamento pelo Hamas de foguetes em direção a Israel que não provocaram vítimas.


O porta-voz em árabe das forças israelitas, Avichay Adraee, precisou quais as novas zonas abrangidas pelas ordens de retirada e pediu aos residentes a deslocarem-se para a cada vez mais reduzida "zona humanitária" no norte da localidade.

Israel já ordenou a retirada da população de grandes zonas de Khan Yunis, uma importante região do sul que foi historicamente bastião das milícias palestinianas, e onde mantém uma nova ofensiva desde a passada sexta-feira.

Em cerca de 84% da Faixa de Gaza, aproximadamente 305 quilómetros quadrados, foram dadas ordens de evacuação por parte de Israel, denunciou hoje a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA).

A população deslocada é forçada a remeter-se em escassas "zonas humanitárias" distribuídas pelo enclave, repletas de tendas de campanha e onde não há acesso a água potável, eletricidade ou serviços básicos de higiene.

Estas zonas também têm sido alvo frequente de bombardeamentos do Exército israelita, apesar serem designadas áreas "humanitárias" pelo próprio Governo judaico.

Perto de 40.000 pessoas foram mortas e 92.240 feridas no enclave palestiniano desde o início do atual conflito, segundo o último balanço do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Calcula-se que pelo menos 10.000 palestinianos estão sob os escombros dos edifícios arrasados pelos bombardeamentos.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

De acordo com o exército israelita, entre as 251 pessoas sequestradas, 111 permanecem retidas em Gaza, das quais 39 já morreram.


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