terça-feira, 13 de agosto de 2024

Londres insta o Irão a "abster-se de atacar" Israel

Por sicnoticias.pt
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer,~disse ao Presidente iraniano que a guerra não beneficia ninguém e que existe um "grave risco de erro de cálculo", pelo que "é tempo de uma reflexão calma e cuidada".

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, instou esta segunda-feira o Irão a "abster-se de atacar Israel", durante uma conversa telefónica com o Presidente iraniano Massoud Pezeshkian sobre a situação no Médio Oriente.

    "O primeiro-ministro disse estar profundamente preocupado com a situação na região e apelou a todas as partes para acalmarem a escalada e evitarem novos confrontos regionais", referiu o gabinete do primeiro-ministro, em comunicado.

O líder trabalhista sublinhou a Pezeshkian que a guerra não beneficia ninguém e que existe um "grave risco de erro de cálculo", pelo que "é tempo de uma reflexão calma e cuidada".

Durante a conversa telefónica, o líder britânico sublinhou o seu compromisso com um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, a libertação de todos os reféns e o aumento da ajuda humanitária no enclave palestiniano.

Starmer acrescentou que o foco deve estar nas negociações diplomáticas para alcançar resultados.

    "Os líderes concordaram que um diálogo construtivo entre o Reino Unido e o Irão é do interesse de ambos os países. O primeiro-ministro acrescentou que isto só poderia avançar se o Irão cessasse as suas ações desestabilizadoras, incluindo ameaças contra indivíduos no Reino Unido, e não ajudasse mais a Rússia na invasão da Ucrânia", pode ler-se ainda no comunicado de Downing Steet.

Pouco antes, Starmer tinha-se juntado à França e à Alemanha no apelo ao Irão e aos seus aliados para se absterem de realizar ataques que "poderão aumentar ainda mais as tensões" no Médio Oriente.

Num comunicado conjunto, Starmer, o Presidente francês Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, saudaram "o trabalho incansável" do Qatar, do Egito e dos Estados Unidos para chegar a um acordo que conduza a uma trégua e à libertação de reféns na Faixa de Gaza.

A tensão na região aumentou após o bombardeamento israelita contra a escola Al Tabaííín, na cidade de Gaza, no sábado, que causou pelo menos 93 mortos.

A este incidente acresce a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, num ataque em Teerão o qual Israel não reivindicou, nem negou a sua responsabilidade.

O Irão e os seus aliados regionais no Líbano, no Iraque e no Iémen ameaçaram Israel de represálias armadas após o assassínio em 31 de julho na capital iraniana do líder político do Hamas.

Em Teerão, o Presidente iraniano afirmou que o seu país tem o "direito de responder" a qualquer agressão de que seja alvo.

    "Embora enfatize a resolução de questões através da negociação, o Irão nunca cederá à pressão, às sanções e à coerção, mas considera que tem o direito de responder aos agressores de acordo com os padrões internacionais", disse, segundo comunicado publicado pela agência oficial Irna após uma conversa telefónica de Pezeshkian com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Nos últimos dias, os Estados Unidos reforçaram a sua presença militar no Médio Oriente, ao deslocarem aviões de caça furtivos e diversos navios de guerra.


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