terça-feira, 16 de abril de 2024

Caso 6 bilhões: Famíliares dos ex-governantes consideram de “sequestro”, as suas detenções

Bissau 16 Abr 24 (ANG) – Os familiares do antigo ministro das Finanças e do ex-Secretário de Estado do Tesouro, consideram hoje de “sequestro” a detenção dos dois deste 30 de Novembro de 2023, frisando que estão sendo feitos reféns do regime num contexto de total indiferença pelas leis dos direitos fundamentais.

O grito do socorro foi feito em nome das duas familias pela Tia do ex-Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro durante um encontro com a Liga Guineense dos Direitos Humanos para entre outros solicitar o maior empenho desta organização no caso.

Liga Guineense dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau e familiares dos antigos governantes detidos no caso de seis Bilhiões de francos CFA, exigem a justiça transparente e a libertação dos dois Suleimane Seide, Ministro da Economia e Finanças e o António Monteiro Secretário de Estado do Tesouro @Radio TV Bantaba

Raquel Pereira Borja disse que alguém deve fazer alguma coisa para os libertar uma vez que não fizeram nada de anormal se não pagar um dívida que o Estado contraiu ou seja uma prática recorrente com diferentes ministros das Finanças.

“Por isso responsabilizamos civil e criminalmente o poder político e judicial pelos eventuais danos que os dois possam ter, devido a privação arbitrária das suas liberdades e por isso pedimos aos juízes e magistrados deste país que cumpram com as leis e que libertem Suleimane Seide e António Monteiro  porque sabemos que estão injustamente detidos “, frisou Raquel Borja em nome das duas famílias.

Por seu turno, o vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Edimar Nhaga  disse que a sua organização sempre pugnou pela defesa dos direitos humanos e da legalidade democrática na Guiné-Bissau  e face essa situação dos ex-ministro das Finanças e Secretário de Estado do Tesouro a Liga tem acompanhado com muita preocupação o processo desde início.

Segundo ele, a organização efectuou várias deligências no sentido de poder inteirar realmente do que está a passar, salientando que neste particular, todos os prazos já foram largamente ultrapassados no que concerne a detenção destas duas figuras.

“Ou seja nunca existiu os requisitos que podiam levar a prisão preventiva destes dois governantes, digo isso porque os requisitos da prisão preventiva, acontecem em caso de perigo de fuga e da perturbação da investigação que está a deccorrer o que não se verificar no caso dos dois”, afirmou.

Edimar Nhaga   sublinhou que, aliás o ex-Secretário de Tesouro estava fora do país quando iniciou este processo, mas voltou para enfrentar a justiça.

Aquele responsável disse que enquanto defensores dos direitos humanos o que pedem nesta declaração conjunta é que se efectue a libertação dessas duas figuras ainda que seja condicionada para que possam aguardar o julgamento em liberdade, tendo exigido que a justiça seja célere e justa para ajudar na credibilização do próprio sistema judicial guineense face ao descredito total em que se encontra.

ANG/MSC/ÂC /@Radio TV Bantaba

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