O Presidente da República considerou que "é isso que está decidido e é isso que deve ser consagrado nesta cimeira", recusando uma alteração das regras da presidência da CPLP.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou no sábado que deve ser a Guiné-Bissau a assumir a próxima presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) por um mandato de dois anos.
"É muito simples. O que estava definido desde a cimeira de Luanda era que a Guiné-Bissau fosse o país escolhido e votado nesta cimeira", afirmou o chefe de Estado português à chegada a São Tomé e Príncipe, onde vai participar na cimeira da CPLP, este domingo.
Questionado pelos jornalistas sobre o apoio manifestado pelo primeiro-ministro, António Costa, à presidência da Guiné-Bissau da CPLP, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que "foi isso que foi objeto de consenso".
"Não vejo razão para deixar de ser, deve ser na Guiné-Bissau e por dois anos", defendeu.
O Presidente da República considerou que "é isso que está decidido e é isso que deve ser consagrado nesta cimeira", recusando uma alteração das regras da presidência da CPLP.
Marcelo Rebelo de Sousa viajou para São Tomé e Príncipe num avião da TAP e aterrou poucos minutos antes das 18:00 hora local (menos uma hora do que em Lisboa).
O chefe de Estado considerou que a realização desta cimeira em São Tomé e Príncipe constitui "uma grande vitória do povo e das autoridades" daquele país e disse esperar "uma grande reunião, cheia de sucesso".
"As conclusões são muito boas sobre o tema da juventude, o tema do desenvolvimento sustentável, sobre a importância que tem o clima, a redução da pobreza e das desigualdades, o aumento do emprego, a mobilidade, a transição na energia, a aproximação entre povos da CPLP, dentro da comunidade, e da comunidade em relação ao exterior", elencou, apontando que esta organização está "presente em todos os continentes".
Marcelo Rebelo de Sousa destacou também que existem "quatro chefes de Estado que foram entretanto eleitos entre a cimeira de Luanda e esta cimeira", nomeadamente do Brasil (Lula da Silva), Cabo Verde (José Maria Neves), São Tomé (Carlos Vila Nova) e Timor-Leste (José Ramos-Horta).
O Presidente da República realçou ainda o caso do Brasil que, "regressa em cheio a uma presença nas cimeiras da CPLP", depois de terem existido reuniões "em que a representação não esteve ao mais alto nível".
Sobre a juventude, o Presidente português apontou que em Portugal a sociedade está "muito envelhecida", ao contrário do que acontece noutros dos países da organização, mas apontou que muitos dos problemas com que todos estes jovens se veem confrontados "são os mesmos", sendo necessário encontrar em conjunto, nesta cimeira, uma "forma de corresponder aos seus anseios".
O primeiro-ministro, António Costa, expressou o apoio de Lisboa à presidência da Guiné-Bissau da CPLP, admitida pelo homólogo guineense, Geraldo Martins.
O chefe de Governo português, que chegou a São Tomé poucos minutos depois do Presidente da República, viajou no Falcon e fez uma escala técnica naquele país para cumprimentar o novo primeiro-ministro guineense.
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