terça-feira, 2 de agosto de 2022

Rússia. "Washington está diretamente envolvido no conflito na Ucrânia"

© Reuters

Notícias ao Minuto  02/08/22 

"É o governo de Biden que é diretamente responsável por todos os ataques com foguetes aprovados por Kyiv que resultaram em mortes em massa de civis", diz o Ministério da Defesa Russo.

A Rússia informou, esta terça-feira, que os EUA, estão diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia tendo em conta que espiões norte-americanos estão a aprovar e coordenar ataques de mísseis contra as forças russas.

Esta informação surgiu de uma declaração do Ministério da Defesa russo, citada pela agência Reuters, onde referem que Vadym Skibitsky, vice-chefe de inteligência militar da Ucrânia, admitiu ao jornal The Telegraph que Washington coordena ataques com mísseis HIMARS.

"Tudo isso prova inegavelmente que Washington, ao contrário do que afirmam a Casa Branca e o Pentágono, está diretamente envolvido no conflito na Ucrânia", refere o Ministério da Defesa russo.

"É o governo Biden que é diretamente responsável por todos os ataques com foguetes aprovados por Kyiv em áreas residenciais e infraestrutura civil, em áreas povoadas de Donbass e outras regiões, que resultaram em mortes em massa de civis", adianta ainda o Ministério da Defesa.

Recorde-se que Rússia e o Ocidente enquadram o conflito na Ucrânia de forma muito diferente. Por um lado, Putin chama a este conflito "operação militar especial" destinada a impedir o que chama uma tentativa ocidental de usar a Ucrânia para ameaçar a Rússia e proteger os falantes de russo da perseguição de nacionalistas perigosos na Ucrânia.

Já Kyiv e seus apoiantes ocidentais dizem que as afirmações de Putin não têm fundamento e que não há justificação para travar uma guerra contra um Estado soberano cujas fronteiras são reconhecidas inclusivamente pela própria Rússia.


 © Dmytro Kozatskiy

Notícias ao Minuto  02/08/22 

O regimento descreve a Rússia como um “império patético”, que “todos os dias ameaça destruir o mundo civilizado com armas nucleares”.

O batalhão Azov acusou, esta terça-feira, a Rússia de "arranjar novas desculpas e explicações para os seus crimes" ao designar o "regimento Azov" como uma "organização terrorista".

"Após a execução pública dos prisioneiros de guerra do regimento ‘Azov’ em Olenivka, a Rússia procura novas desculpas e explicações para os seus crimes de guerra. O Supremo Tribunal da Rússia reconheceu o regimento ‘Azov’ como uma ‘organização terrorista’", afirmou o batalhão na plataforma Telegram.

O batalhão referia-se ao ataque à prisão de Olenivka, na região separatista de Donetsk,  no qual morreram cerca de 50 prisioneiros de guerra, detidos pelas tropas russas após a queda de Mariupol, em maio.

Na nota, o regimento descreve a Rússia como um "império patético", que "todos os dias ameaça destruir o mundo civilizado com armas nucleares" e, como tal, "deve ser punido de uma vez por todas". 

"Apelamos ao Departamento de Estado norte-americano e aos organismos autorizados de outros Estados que se consideram civilizados para reconhecerem a Federação Russa como um Estado terrorista!", pediu, acrescentando que a "Rússia tem vindo a provar este estatuto com as suas ações diárias há muitos anos". 

O Supremo Tribunal da Rússia decretou hoje "organização terrorista" o batalhão ucraniano Azov, agravando a situação dos combatentes que foram feitos prisioneiros no sul da Ucrânia.    

De acordo com a legislação russa, os líderes de uma organização terrorista podem ser condenados a penas entre 15 a 20 anos de prisão, e os elementos que integram os grupos incorrem a penas de prisão entre cinco a dez anos.


Sem comentários:

Enviar um comentário