Quatro países africanos, entre os quais a Guiné-Bissau, comprometeram-se hoje a cooperar na gestão sustentável das suas águas subterrâneas, destacando a vontade de as tornarem numa "fundação para a estabilidade regional".
Os ministros responsáveis pela água de Guiné-Bissau, Gâmbia, Mauritânia e Senegal acordaram hoje, em Genebra, estabelecer um "quadro jurídico e institucional de cooperação transfronteiriça para a gestão sustentável" do aquífero senegalo-mauritano, uma reserva de águas subterrâneas da qual dependem 80% dos seus habitantes.
A informação foi noticiada pela agência France-Presse (AFP), que cita uma declaração da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa.
Numa declaração conjunta publicada no final de uma mesa-redonda iniciada na terça-feira, os quatro Estados decidiram lançar um processo de negociação para definir o quadro jurídico e institucional, tendo em conta os quadros existentes da Organização para o Desenvolvimento do Rio Senegal e da Organização para o Desenvolvimento do Rio Gâmbia.
De acordo com a mesma fonte, os governantes comprometeram-se a "fazer avançar as reformas, leis e regulamentos nacionais do setor da água e a reforçar a sua implementação" a nível nacional.
O aquífero senegalo-mauritano estende-se por cerca de 1.300 quilómetros desde o sudeste da Mauritânia até ao sudeste da Guiné-Bissau, atravessando Gâmbia e Senegal.
Com uma área de 331.450 quilómetros quadrados, este aquífero comporta uma população estimada de mais de 15 milhões de habitantes.
JYO // VM
Lusa/Fim
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