quinta-feira, 21 de maio de 2020

Guiné-Bissau: Falta de entendimento para Governo de base alargada

Assembleia Nacional Popular
Texto por: Mussá Baldé

Está a chegar a data limite imposta pela CEDEAO para que a Guiné-Bissau tenha um novo Governo. Na qualidade de vencedor das eleições legislativas, o PAIGC chamou os partidos com assento parlamentar para a busca de consensos. Mas, não houve entendimento.

O PAIGC queria que as reuniões decorressem na sua sede, em Bissau, mas os partidos com assento parlamentar sugeriram um lugar neutro e os encontros acabaram por acontecer no parlamento.

Odete Semedo, a segunda vice-presidente do PAIGC disse aos jornalistas que o partido pretendeu com a iniciativa forjar consensos, criar um Governo de base alargada, mas dirigido pelo PAIGC, enquanto vencedor das últimas legislativas.

Os partidos União para a Mudança, Partido da Nova Democracia e quatro deputados do partido APU-PDGB continuam do lado do PAIGC a quem reconhecem o direito de formar o executivo.

Odete Semedo afirmou que caberá agora ao Presidente Umaro Sissoco Embaló tirar as suas ilações.

A questão é que os partidos Madem G-15, PRS e o líder da APU-PDGB, reafirmaram a sua determinação em liderar o Governo, por serem a nova maioria no parlamento.

À luz das recomendações da CEDEAO, o Presidente Embalo tem até sexta-feira, dia 22 de Maio, amanhã, para formar um novo Governo de acordo com os resultados das últimas legislativas.

O problema reside justamente em saber de que lado está a maioria de deputados no parlamento, se do lado do PAIGC e os seus aliados ou se do lado do Madem-G15 e seus parceiros.

A palavra está agora do lado do Presidente Umaro Sissoco Embaló que já avisou que em caso de dificuldades no entendimento entre os partidos, dissolve o parlamento.

RFI / Faladepapagaio

7 comentários:

  1. Não, não, não, não, não Sr. Mussá Baldé. Porque ouvindo bem nesta série de vídeos cá em baixo neste espaço, primeiramente o Sr. Batista Té e depois o Sr. Nuno Gomes Nabiam, qualquer observador intelectualmente honesta tem de constatar a seguinte realidade dos factos:

    (1) a APU-PDGB está divido neste momento em duas alas. Uma representada nos últimos dois encontros pelo Sr. Lamba no Palácio da República e hoje, pelo Sr. Batista Té no Palácio “Colinas de Boé”; a outra representada nos dois encontros pelo Sr. Nuno Gomes Nabiam.

    (2) na sua representatividade Parlamentar, a primeira ala é sustida por 4 Deputados e a segunda por 1 Deputado apenas.

    (3) baseando-se nesta constatação e tendo em conta que as Bancadas Parlamentares são os Partidos Políticos no Parlamento, o Sr. Nuno Gomes Nabiam faz, neste momento, a figura de um “General” seguido por um só soldado; e como este soldado é ele mesmo, é um “General sem Tropas”, ao passo que o conjunto dos Srs. Lamba/Batista Té, é seguido por 4 soldados.

    (5) tendo em conta tudo isso, a maioria absoluta na realidade e de facto, neste momento, na ANP, se encontra balançada no campo do Acordo de Incidência Parlamentar liderado pelo PAIGC com um total de 53 assentos dos Deputados da Nação (= 47 da Bancada do PAIGC + 4 [5-1] da Bancada de APU-PDGB + 1 da do PND e, + 1 do UM).

    (6) enquanto que o outro campo do outro também Acordo de Incidência Parlamentar liderado pelo MADEM-G.15(?) possui 49 assentos dos restantes Deputados da Nação (= 27 da Bancada do MADEM-G.15 + 21 da do PRS + 1 [1-5] da do APU-PDGB.

    Eis a toda verdade político-matemática da realidade da maioria absoluta existente neste momento na ANP bissau-guineense.

    Obrigado.
    Que reine o bom senso.
    Amizade.
    A. Keita

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A. Keita, as suas previsões não são e nunca serão acertadas, nunca na minha vida vi alguém que só sabe escrever asneiras.

      Eliminar
    2. Desabafar não ajuda, Sr. Unknown. Traga os factos.

      Isso aí realizado no meu "post" acima não é uma previsão. É descrição de factos ligados a dois atos políticos decorridos nesta semana na nossa capital. É constatação, ok?

      Depois muito fácil a entender para quem queira entender. Porque argumentada apoiando-se em, também, realidade matemática.

      Bom, em todo o caso não se trata de uma análise prospectiva. OK? Obrigado.

      Eliminar
    3. PS.: E Sr. Unknown, pela causa de um debate democrático sério, faça-me aqui agora, na base das declarações dos responsáveis das duas alas Apuanas, a demonstração matemática do lado que tem a maioria absoluta na ANP hoje, na altura destas entrevistas; uma maioria absoluta devendo existir concretamente na ANP no nível das Bancadas Parlamentares e de Deputados Únicos representantes de um Partido; a maioria absoluta reclamada neste por um ou outro lado. Faça-me matematicamente esta demonstração. Obrigado.

      Eliminar
    4. A. Keita, o Senhor nunca me convence, uma coisa posso te garantir, maioria é só com a abertura da ANP, mas o PAIGC, partido intriguista, nunca vai querer isso. Uma coisa muito simples, na legislatura anterior o PAIGC, pediu a substituição dos 15 Deputados na ANP, os 15 Deputados que quase ganharam as eleições legislativas se não fosse por causa do roubo em conluio com o STJ, esses mesmos 15 Deputados ganharam e convenceram os ditos djintons di Praça. Para voltar ao assunto, na altura como era o PAIGC, disseram que não havia ou não tínhamos figuras de deputados independentes nas nossas leis e agora? O feitiço virou contra o feiticeiro.

      Eliminar
    5. Senhor A.Keita, pela milésima vez peço o senhor que faça suas análises com honestidade, não existe duas alas no APU o que se verifica neste momento é simplesmente malcriaçao por parte do deputado Marciano Indi e comparsas alimentados por intriguista PAIGC, o senhor Batista Té que foi representar os deputados malcriados é quinto vice-presidente, se o PAIGC quisesse na verdade procurar consenso nao o comvidaria para o encontro estando o presidente e os 3 vices todos no país, este ato do PAIGC mostra claramente as suas intenções malignas, na verdade se o APU não fosse um partido democrata não se fazia representar o seu PAIGC sabe e bem que não se faz acordos com deputados no entanto quer enganar a opinião pública de que tem acordo com APU fazendo uso do deputado Malcriado Indi e um vice-presidente que nao representa o partido.

      Abrem a ANP e vejam se a maioria existe ou não.

      Eliminar
  2. Só os verdadeiros esclarecidos e que têm dignidade são os que ainda honra a sua palavras uma vez estabelecidades com a verdade. Pena que ainda existe doutores e pessoas falsas e hipócrita neste país vendendo a sua dignidade. O acordo é 4 anos não 4 meses.

    ResponderEliminar